quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Calendário de Advento (Desafios de autores para autores - Dezembro)

Tendo em conta que os leitores que passaram pelo blogue (e foram muitos!) não quiserem sequer deixar um "Feliz Natal!", que os habilitaria ao sorteio de prendas, decidimos não sortear um número de entre as participações dos autores - que teria sido feita com o número da sorte do Totoloto de hoje- . Em vez disso, todos eles serão premiados, independentemente do número de participações, com uma das nossas colectâneas de Natal (adequaremos a cada autor, de modo a não receberem livros que já tenham).
Parabéns a todos e muito obrigada por, mais uma, participação inspirada.
As prendas seguirão pelo correio muito em breve.
Feliz 2022!

E está fechada a colocação de textos para este Calendário. Muito obrigada a todos os participantes.
Agora esperamos pela participação dos leitores com os seu comentários, opiniões, votos de "Boas Festas!", a falta de participação fez com que se acumulassem os prémios a sortear a 10 e a 20, pelo que a 30 há 3 prémios para oferecer. Digam qualquer coisa!...
Feliz Natal!

Calendário de Advento

Muito populares, em vários formatos, com diferentes ofertas, são daquelas tradições universais e intemporais.
O que propomos de 1 de Dezembro até ao dia 23 é ter prendinhas para os leitores do blogue. Em qualquer dia podem enviar-nos um texto (poesia ou prosa); um pensamento, um desenho, uma fotografia, etc., alusiva ao Natal. Os trabalhos serão colocados à medida que chegarem e as participações são ilimitadas. A vossa criatividade e espírito natalício serão o limite: se acabaram de decorar a casa e acham que esta merece uma foto, pode ser essa a vossa contribuição do dia. Também podem fotografar os vossos doces de Natal; partilhar um pensamento, uma ideia daquele dia...
Se conseguirem fazê-lo com qualidade para partilhar também podem fazer participações em vídeo e áudio.
Podem participar quantas vezes vos apetecer.
De um modo completamente aleatório, vamos escolher uma participação para receber uma prenda. Se houver comentários, usando o mesmo método que para as participações, escolheremos também um para uma prenda, desde que o autor do comentário nos forneça um endereço de email válido.

Podem enviar os trabalhos desde já e em grupo mas, a menos que instruídos em sentido contrário, só colocaremos os trabalhos a partir do dia 1 de Dezembro.
Agora a novidade:
Os trabalhos serão colocados por ordem de chegada, independentemente do dia, do autor ou do número de participações do mesmo; ou seja, este ano não teremos a preocupação de estar a colocar algo de novo todos os dias, serão os leitores a criar essa ideia de uma prenda por dia, visitando o blogue todos os dias.

Saiba mais detalhes em: 



(8) Natal


Canta a brisa, sopra leve
Traz belas recordações!
Tempo que se fez breve
Na doçura das canções!

Da calorosa lareira
Dos aromas, a magia!
Pulsava a casa inteira
Num misto de alegria!

Circundavam as histórias
As conversas animadas
Fazem parte das memórias
Na constante, gargalhadas!

A vida num só sentir
Num coração a pulsar!
Partilhando o existir
Irmanados no amar!

Noutras eras o natal
Era terna devoção!
Um período sem igual
Guardo-o no coração!

Dulce Sousa


(7) Natal


Dezembro! Noite fria!
Mas de brilho divinal
Para o mundo neste dia
Exultação! É Natal! 

No coração a esperança 
Num sonho de si maior
Brilha a paz, a confiança
Em Jesus Nosso Senhor!

Une-se a alma da gente
Ao amor universal 
Há um palpitar diferente
Na quadra do Natal!

Dulce Sousa


(6) numa noite de brilho


esta noite é de brilho, e as estrelas

sorriem para os pinheiros e acenam

aos presépios.

com o brilho das águas marinhas,

quando o sol se põe,

no horizonte,

das sinfonias dos anjos,

cantando a paz e a justiça.

e se as luzes da estrela, de cinco pontas,

se coloca, dourada,

então os animais das serras longínquas,

soluçam rios de alegria, mais o bafo,

quente e solstício,

das redondezas, onde as luzes parecem de neve,

e riem como as crianças a jogarem futebol

de meias, sem sapatos,

e a bola de farrapos.

o menino e os pais,

esses estão interessados em esfumar 

o frio,

e apresentam as bolas coloridas,

das árvores

que o natal impõe, dando o bafejo,

às intermináveis correntes que hão de

ser quebradas.


Joaquim Armindo

 


  (5) Faça-se Natal!


Para que seja natal

Precisamos acordar

Nas nossas imperfeições!

Somos o rei dos desejos

A quem importa atender!

Gira o mundo à nossa volta

Se não gira é frustração!

O outro é um detalhe

Ganhará nossa atenção?

Fácil é apontar o erro

Sem olhar prós seus botões!

Pois nas esquinas da vida

Temos voz! Opiniões!

Esquecemos o nosso igual

Que como nós afinal,

É um “Ser” em construção!

Trava as suas batalhas

Tem também sua razão!

E com certa insensatez

Sem o devido respeito

Falamos, vociferamos,

Agredimos com despeito!

Sentimos as nossas dores,

As tristezas, desamores,

O “outro” também os tem!

Cada qual tem sua história

Suas mágoas, seu pesar!

Haja, assim, compreensão!

É natal, tempo de amor

E de mútuo perdão!


Dulce Sousa



(4) Natal!


Natal é celebração

É um doce acontecer!

Paz, amor no coração

Carinho, alegria, união

É um novo renascer!


Natal! Novo acordar!

Valores em tempos idos!

Doçura em cada olhar

Momentos a recordar

Sonhos adormecidos!


Para que seja natal

Silenciemos a razão!

E que o amor afinal

Ingrediente principal

Inunde o coração!


Como queria regressar

Ao natal da minha infância!

À simplicidade do lar

Ao carinho em abundância!


Dulce Sousa




"Apenas" porque faz todo o sentido... Do livro "Os Poemas de Natal" (Tecto de Nuvens, 2021)


(3) NATAL DE 2021


No azul do mar imenso
A cintilar estrelas ao anoitecer
Prendem nosso olhar atento
Delicados silêncios a perceber…

Para lá da opulência do dia
Em que a mente é lume e luzeiro
Nova melodia cresce mais ainda
Se o escutar, se afirma pioneiro…

Patente semeada de estrelas
E sem artificio de engenharia…
O Natal, é sol único de certezas
Mar eterno de luz e melodia…

Natal é profecia, voz e Menino
Que emerge aqui, vindo do Além
É segredo de Deus, rico e íntimo
A linguagem silenciosa de Belém

Data feliz, em que, pequeninos,
Como Jesus, em curral, nascido
Até os pais se sentem filhos
Embalam o Natal de olhar menino…

19-07-2021
Florentino Mendes Pereira


(2) Uma certa árvore de Natal de enfeite natural


Da janela olhei o céu e, ele sorriu-me solarengo. Pensei que era hoje!
Aquela árvore estava lindérrima, adornada de persimmons, sim é esse nome mesmo que estás a tentar prenunciar! Foi o primeiro que me saltou à mente, é que eu às vezes dou por mim numa encruzilhada de línguas, a pensar em português e falar inglês o que equivale a portaganhês.
Coloquei o nariz de fora da porta e senti o frio que se fazia naquele tímido sol que desde a vidraça fui traiçoeiramente atraída. Em um instante fiquei de nariz à Rudolf red nose.
O meu gato Nino ao sentir a porta entreaberta, correu, porta fora como se fora o Seeped Gonzalez*, é que ele levava o seu belo casaco preto de veludo encapuzado, por isso sem hesitação, fugiu como um foguetão. Eu até pensei que a NASA estava em movimentos experimentais na minha porta!...
Eu, sem sobretudo, nem nada peludo... somente tinha os meus olhos fisgados naquela árvore decorada no quintal… também corri.
Corri, com uma enorme vontade de comer aquele fruto da árvore de natal, de enfeite natural, plantada no jardim. De nariz vermelho, e dentes a tilintar, ala que se faz tarde, quase que igual a esse gato atiçado em direção aos caquis, persimmons ou dióspiros maçã, cheia de espirros. Estiquei o braço e como que num certo enlaço fiquei a puxar a redonda bola vermelho-laranjada de dez cm de diâmetro por mais de cinco minutos.

Ilda Pinto Almeida

*Outra brincadeira de portaganhês com Speedy Gonzalez, da autora que vive nos Estados Unidos.


(1) Natal oculto


Não estou certa do que se trata!
Falam de uma época festiva,
na qual somos invadidos
por ímpetos de altruísmo,
alegrias crescentes, inflamáveis,
uma bondade assolapada,
por tantos ocultada,
por trezentos e picos dias.
Formam-se filas e romarias
para nos deslumbrarmos com luzinhas,
contarmos os trocados
e trocarmos economias
por presentes pouco presentes,
por vezes, sem significado.
Consumismo, chamo-lhe eu!
Para muitos, qualquer coisa serve!
Importa assinalar a data.
Seguem-se jantares atrás de jantares,
sentamo-nos ao lado daquele ou daquela
que nos mete cá um fastio,
ao longo do ano...
Mas, é natal!
Enchem-se as redes sociais de gratidão,
de famílias felizes, sessões fotográficas,
mãos apertadas e beijos iluminados
que escondem corações apagados,
fechados, sem vida própria.
E as crianças podem-se portar mal
à vontadinha, todo o ano!
São ameaças constantes
de que o barbudo da coca-cola não virá!
Mas lá fundo, todas elas sabem
De que isso não passa de blá, blá, blá
dos pais atarefados, todos os dias,
sem tempo para serem pais!
E o barrigudo lá aparece,
com ou sem castigos,
compensam-se, assim, dias perdidos
e laços mal amanhados.
Para quê perder tempo com vínculos,
se os podemos ter agarrados
aos videojogos e ao youtub,
quedos, mudos, ocupados,
a adquirir um palavreado abrasileirado
que insulta o pobre do Camões!
Ai que rico Natal!
O Natal do fingimento.
Pelo menos, foi antecipado,
Começa em novembro, agora.
Temos mais dias de glória,
de comportamentos estereotipados,
Histriónicos, maníacos.
Os prazos foram alargados,
não percamos a esperança na humanidade!
Enquanto houver vaidade
E amor sem sabor,
haverá sempre deste "natal"...
Oculto, nas palhinhas deitado.
Pensando bem...
Seria bom se houvesse natal, de facto.

Ana Pão Trigo



Começamos este calendário de advento com poema que ganhou a votação do público na nossa colectânea do Natal passado, "Um cheirinho a Natal".
Esta foi a nossa prenda, agora aguardamos pelas vossas...


 Burrinho do Natal

Porque acordei hoje tão cedo, noite escura
E, passo a passo, eu caminho sem cessar
Com os meus donos, neste frio em tremura?
Aonde é, que apressados, vão chegar?

O cansaço não me invade. Quem diria?
Nem mesmo a fome, frio, sede ou calor.
Algo me diz que em meu dorso, com Maria,
Transporto o Eterno, o Divino, o Senhor.

É como um Ó seu ventre enorme, redondinho.
Se bem que burro, essa letra, eu conheço:
Com ela falo, grito e canto em tom baixinho;
Louvo o Senhor, nesse sacrário, áureo berço.

Em cada pedra já tropeça o seu esposo;
Mal o ampara forte cajado em sua mão.
Agarradinho, desfalecido, ao meu pescoço,
Sinto o bater do seu nobre coração.

À cidade de David, eis-nos chegados,
O rei famoso, cepa antiga de onde vem.
Não se encontra onde ficarem abrigados.
Está tudo cheio! Não há lugar para ninguém.

Na escuridão, a Luz Eterna está pra brilhar.
Chegou a hora, aquela hora que só Ele sabe!
Envolto em panos, na manjedoira O vão deitar.
Vejo esse Sol, esse Menino, Deus de verdade.

Sou o burrito mais ditoso de entre os povos.
Estou vaidoso, feliz, contente, mais que os meus!
Em zurros altos, sem me cansar, eu conto a todos:
Esta notícia há-de ecoar em terra e céus!

Maria Lucília Teixeira Mendes



A participação, com trabalhos e/ou comentários, está aberta a todos. Participe, divulgue, divirta-se e tenha um muito feliz Natal!

Em caso de dúvida pode enviar email para o endereço de onde recebeu este email ou, caso esteja a ver no blogue, pode contactar-nos pelo email informacoes@tecto-de-nuvens.pt











terça-feira, 23 de novembro de 2021

Desafios de autores para autores (Dezembro) - Calendário de Advento: Regulamento

 



Já com a parte da escrita do desafio de Novembro terminada, mas com a parte da leitura ainda completamente disponível em : https://tectonuvens.blogspot.com/2021/11/s-martinho-desafios-de-autores-para.html é agora o momento para tratarmos do nosso desafio de Dezembro. É outro desafio reciclado, ainda que com uma roupagem ligeiramente diferente...


Calendário de Advento

Muito populares, em vários formatos, com diferentes ofertas, são daquelas tradições universais e intemporais.
O que propomos de 1 de Dezembro até ao dia 23 é ter prendinhas para os leitores do blogue. Em qualquer dia podem enviar-nos um texto (poesia ou prosa); um pensamento, um desenho, uma fotografia, etc., alusiva ao Natal. Os trabalhos serão colocados à medida que chegarem e as participações são ilimitadas. A vossa criatividade e espírito natalício serão o limite: se acabaram de decorar a casa e acham que esta merece uma foto, pode ser essa a vossa contribuição do dia. Também podem fotografar os vossos doces de Natal; partilhar um pensamento, uma ideia daquele dia...
Se conseguirem fazê-lo com qualidade para partilhar também podem fazer participações em vídeo e áudio.
Podem participar quantas vezes vos apetecer.
De um modo completamente aleatório, vamos escolher uma participação para receber uma prenda. Se houver comentários, usando o mesmo método que para as participações, escolheremos também um para uma prenda, desde que o autor do comentário nos forneça um endereço de email válido.

Podem enviar os trabalhos desde já e em grupo mas, a menos que instruídos em sentido contrário, só colocaremos os trabalhos a partir do dia 1 de Dezembro.
Agora a novidade:
Os trabalhos serão colocados por ordem de chegada, independentemente do dia, do autor ou do número de participações do mesmo; ou seja, este ano não teremos a preocupação de estar a colocar algo de novo todos os dias, serão os leitores a criar essa ideia de uma prenda por dia, visitando o blogue todos os dias.

Agora as prendas...


Os comentários vão estar abertos, nos termos habituais (são moderados, pelo que têm que ser aprovados antes de serem visíveis, o que pode demorar algum tempo, não vale a pena repetir o comentário, aguardem por um horário mais consentâneo com o expediente para verem se está publicado - por favor, alguma pena pelos humanos que vão ter de validar comentários entre compras, cozinhados e, esperemos, comer rabanadas e afins com a família...-), podem expressar a vossa predilecção por algum dos trabalhos ou fazer um comentário que vos pareça pertinente. De 10 em 10 dias: 10, 20 e 30 sortearemos um dos comentários para receber uma prenda (só entram no sorteio os comentários entrados nesse intervalo de tempo). Por esse motivo é pertinente deixarem ficar um endereço de email para poderem ser contactados (se não desejarem que ele seja visível, basta escreverem isso no vosso comentário, guardaremos o endereço para contactar em caso de prémio, mas apagaremos o endereço na postagem do comentário) - terão depois de estar atentos ao vosso email para nos fornecerem a morada para onde enviar a prenda.
Fechamos a recepção de trabalhos no dia 23 e os comentários no dia 31 de Dezembro, 2021. Tanto os trabalhos como os comentários serão numerados e vamos usar o número da sorte do totoloto do dia 8 de Janeiro de 2022 para atribuir o prémio entre todos os participantes e um outro prémio a sortear entre todos os comentários (ao sorteio, habitualmente, irão os números iguais ao sorteado e todos aqueles que tiverem a mesma terminação).

E as prendas são:

SURPRESA!!! - (na melhor tradição dos calendários de advento).




A participação, com trabalhos e/ou comentários, está aberta a todos. Participe, divulgue, divirta-se e tenha um muito feliz Natal!

Em caso de dúvida pode enviar email para o endereço de onde recebeu este email ou, caso esteja a ver no blogue, pode contactar-nos pelo email informacoes@tecto-de-nuvens.pt

Neste Natal vamos manter os "Petizes Felizes!"

 
Neste Natal vamos manter os Petizes Felizes! porque na compra de 3 ou mais títulos lançados este ano nesta colecção, os livros vão levar prendas! Por cada encomenda será oferecido um puzzle Dani e um bloco de desenhos para colorir (com divertidos desenhos que se relacionam com os livros).
Aceitamos encomendas para mais do que um endereço, mas sempre na forma de 3 ou mais livros + ofertas. - Os livros também podem ser encomendados individualmente (consulte também o nosso folheto de Natal 2021) ou ser parte das compras do Catálogo de Livros de Natal. -
Pelo valor dos livros + portes fica com um monte de prendas para um petiz feliz ou várias prendas para vários petizes felizes! Feitas as contas, ficam todos felizes!!!
Feliz Natal!



       


+ /

Puzzle Dani + Bloco de desenhos para colorir (vista de duas páginas diferentes)


Veja mais informações sobre os livros e leia um excerto em: (basta clicar no título)







Encomendas para o email: loja@tecto-de-nuvens.pt


quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Novo livro em pré-lançamento: "Os Poemas de Natal", de Florentino Mendes Pereira

 E continuam as propostas para este Natal 2021... 

A 22 de  Novembro vamos lançar uma colectânea de poemas de autoria de Florentino Mendes Pereira, todos eles dedicados ao Natal. numa recolha feita pelos vários livro publicados a que agora se juntaram mais uns quantos.
Até esse dia pode comprar o livro com 25% de desconto e portes grátis para Portugal Continental.




Os Poemas de Natal
; Florentino Mendes Pereira

116 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2021 (Novembro). PVP 10,00€ ​7,50€​

(…) O Natal que nestes poemas começa e acaba no nascimento do Menino, o Salvador, mas que vai para muito lá disso. São as vivências, as emoções, as tradições…
No fundo, todo um presépio, não apenas o tradicional, mas o de todos, o de sempre, passado, presente e futuro. O dos gestos, das acções, das figuras, das pessoas…
Um Natal umas vezes mais alegre, outras mais melancólico, umas vezes de esperança, outras de saudade. Robusto ou mais frágil, mas sempre presente. (…)


Esta promoção é válida ao dia ​22​ de Novembro de 2021.


quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Novo livro em pré-lançamento: "Natal ao borralho"


Porque o Natal já está na nossa sala de estar, a Tecto de Nuvens apresenta a mais quentinha das prendas para o Natal: “Natal ao borralho”. Com os dias mais pequenos e com maior necessidade de se estar em casa, protegido de vírus, viroses e afins, nada é melhor do que o calor da nossa sala e a companhia de um bom livro, e talvez de uma bebida quente, servida numa das nossas canecas...
Aproveitamos, mais uma vez, o dia 17 de Novembro, Dia Mundial da Criatividade, para incentivar o desenvolvimento de todas as formas de criatividade, em particular a escrita. Será nesse dia que faremos o lançamento oficial desta nossa colectânea de contos de Natal, mas não há motivo nenhum para não se entrar já, e com toda a criatividade, no espírito do Natal.

Até dia 17 há preços especiais, a solo ou acompanhado...


Natal ao borralho- Colectânea de contos de Natal – Vários autores

104 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2021 (Novembro), PVP 10€

“É pois, caro leitor, ao borralho, confortavelmente instalados, que encontra os nossos autores e as memórias que quiseram partilhar. São memórias reais, memórias ficcionadas, histórias que, se espera, venham a ser memórias futuras… São, como devem ser, boas histórias para contar, ao quentinho da lareira, com uma bebida quente à mão, e muito boa companhia: a sua!”


Pack de 10 livros (40% de desconto) = 100€ - 60,00€
Pack de 5 livros (30% de desconto) = 50€ - 35,00€
1 livro (25% de desconto) = 10€ - 7,50€

Estes valores são válidos até ao dia 17 de Novembro, a partir daí o desconto máximo é de 10%.

Livros de Natal


 Para uma prenda ou para um miminho especial que oferece a si próprio para ir entrando no espírito da época. Poesia, Contos e Contos Infantis, para todos os gostos, para todas as idades.

Veja o nosso catálogo , entre na loja online para fazer as suas compras, envie um email para loja@tecto-de-nuvens.pt ou procure os livros na sua loja online favorita. Faça como fizer, aproveite estas boas oportunidades de leitura.

Feliz Natal!

S. Martinho - Desafios de autores para autores (Novembro)

 


O desafio para este mês era escrever ou sobre os últimos dias de bom tempo ou sobre os primeiros dias de frio, ou sobre os dois, ou memórias de S. Martinho.
Prosa ou poesia, memórias ou ficção. Estilo livre.

A Tempestade


Ela veio de repente,
do nada surgiu o vento
e do vento surgiu a chuva
- grossos pingos, quais lágrimas da Natureza -
Forte, revoltada, varrendo
tudo à sua frente e 
tudo mudando à sua passagem...
A cidade tornou-se numa miragem
da alegria e do calor d'outrora...
Agora o mar revolta-se contra o rio
e este, majestoso e soberbo, 
tenta refugiar-se fora do seu leito.
E até o brilho e o colorido das montras
desapareceu do vidro baço e molhado.

E o vento não pára de soprar
E a chuva não pára de cair
- É Inverno... -

Teresa Cunha (1992)

Transmutação


Após um longo estio
Laivos de mui saudade!
O vento soprou com brio
E ditou sua vontade!

A cidade sentiu frio
Acordou estremunhada
As gentes num corrupio
Viram-na toda molhada!

Veio a chuva de mansinho
Instalou-se p’ra ficar
Cai… cai… devagarinho
Saltando a refrescar!

É Outono com certeza!
Uma estação de mudança
Quando a mãe natureza
Adormece e descansa!…

Dulce Sousa



nas castanhas do braseiro


nas castanhas do braseiro,
vi dançar o corrimão,
e no mar concorrido de múltiplas,
telas de acordar,
os pinheiros subiram às estrelas.

até o sol se quis empoleirado,
numa escada de serviço,
as múmias rejeitam o ocaso,
a solidão forja as brasas,
do correr até ao solo do caos.

na música que nos dão,
serve o carinho das torres e das cores,
das multidões em delírio,
quase que atropela os carrilhões,
que dão as horas do caminho

Joaquim Armindo


e se eu for aonde


caminhar, caminho na rota celeste,
dos banhos dos areais,
e das bravuras das naus catarinetas,
que afogam o sentir dos moluscos,
                                 e se afirmam assim,
                                 no aonde,
                                 da vida,
fazendo de nós uma fita de cinema,
ai, ai, se eu fosse caminheiro,
                                 brotava canaviais,
e mordia, isso mordia,
a paixoneta dos cantares,
e dava a cada flor, que encontrasse,
o nome para onde cortejava,
no meio das águas, límpidas,
                                de cor,
haveria candeeiros de petróleo,
a iluminar cada esquina,
                               por onde,
                               eu ia.
Joaquim Armindo


Chuva

Já a noite ia a meio
Sendo então visitada
Pela chuva! E com anseio,
Fez do carreiro levada!

A cidade já dormia
A terra ela inundou…
Nos rios em que corria
Seu caudal aumentou!

A sua força era tal
À frente tudo levava!
Que grande o temporal!
A chuva, sulcos cavava!

E assim ia avançando
Transbordou rios e pontes
E persistente… aumentando
Dos vales até aos montes!

Parecia não querer parar
Vasta área já cobria
Num constante avançar
A todos, medo metia!

Parou o céu de chorar
Voltou o sol bem quentinho!
P’rá tradição festejar
Veio o verão de Martinho!

Dulce Sousa


Inspiração


Frente à paisagem outonal
Paro assim deslumbrada!
No passeio pedonal
Tanta folha a ser pisada!

São tapetes multicor
Que embelezam o chão
O verde! Aquela cor!
Foi a minha inspiração!

Verde! Suave lembrança
Nos teus olhos de criança
Leio carinho, verdade!

Que sensação! Que sabor!
Alivio neles a dor
E mitigo a saudade!

Dulce Sousa


Mudança


Após o longo Verão
De sol, doçura, labor
Férias!?… Essas lá vão!
E o calor abrasador!

Saio e desço ao quintal
Olho o céu como breu!
O azul original…
Perdeu a cor… escureceu!

A suave brisa cantou
Volveu-se fria e mais forte
A chuva logo brotou
Com ela, o vento norte!

Observo ao redor
A paisagem já mudou!
Uma paleta de cor
De si, me enfeitiçou!

Amarelo, verde, castanho
Ou vermelho! Tudo é sonho!
No encanto que é tamanho
Espelha-se o lindo outono!

Que estonteante beleza
Nesta estação desvalida
Onde a mãe natureza
Adormece p’ra dar vida!


Dulce Sousa

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Desafios de autores para autores: NOVEMBRO (S. Martinho)

 


No momento em que vamos acolhendo o frio e os dias mais curtos, reciclámos o desafio do ano passado para o mês de Novembro, simbolicamente chamado de S. Martinho.


S. Martinho:

Serão bem-vindas quadras alusivas a esta festa em particular, mas não é exclusivamente um desafio de S. Martinho. Simbolicamente, o S. Martinho marca uma última oportunidade para festas de exterior (quando a Lei as permite, bem entendido) antes de entrar o frio e o Inverno. O desafio é, pois, escrever ou sobre os últimos dias de bom tempo ou sobre os primeiros dias de frio, ou sobre os dois, ou memórias de S. Martinho.
Prosa ou poesia, memórias ou ficção. Estilo livre.
Recepção dos trabalhos até dia 10 de Novembro (véspera de S. Martinho), colocação no blogue no dia de S. Martinho, 11 de Novembro, 2021.

Envio dos trabalhos para os emails: tectodenuvens@hotmail.com ou geral@tecto-de-nuvens.pt

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Entrevista a António Santos, autor do livro "Em missão"


António Santos, 47 anos, empresário da área da serralharia, voluntário de várias causas, resolveu passar ao papel o diário da sua missão humanitário no Uganda, em 2017. O dinheiro que está a obter pelas vendas, também ele vai para uma causa humanitária. Tem o contacto do autor na entrevista, não hesite em usá-lo para saber como também poder ser útil à causa da Ariel. 
Ficam aqui as impressões do autor, na primeira pessoa, sobre este seu primeiro livro.



Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?
Desde que me recordo, sou pessoa de escrever rascunhos, pensamentos e registos quer sejam eles de atividades ou de acontecimentos relevantes.
Não escrevo por necessidade, mas sim pelo prazer de rever mais tarde a escrita. Gosto de passar para o papel aquilo que me vai pela cabeça, e por vezes na alma.

Qual o papel que a escrita ocupa na sua vida?
Já escrevi mensalmente para um jornal. De momento escrevo alguns textos de relatos e alguns de opinião.

Sempre sonhou publicar um livro?
Publicar um livro seria com alguma finalidade. Sempre encarei como uma possibilidade. A pandemia veio impedir o desenvolvimento de muitas ações de voluntariado solidário. No entanto abriu outros espaços. Se não posso sair para ir ao encontro, arranjo forma de virem até mim, pensei! Escrevo o livro para que, através das receitas do mesmo, possa ajudar o meu próximo, neste caso a Ariel, a poder receber o maior número de tratamentos no combate à sua doença, a Encefalopatia epilética.

Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o seu livro nas mãos?
Agora que o livro é físico sinto uma grande felicidade por conseguir partilhar com a sociedade algo muito meu. Desde a minha missão diária no Uganda, ao apoio no hospital, juntos dos mais desfavorecidos, e até mesmo a vivência com o meu irmão deficiente mental quando ele mais precisou de mim.

Tem algum projecto a ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de escrever?
Atualmente quero que o livro chegue ao maior número de pessoas possível e que possa sensibilizar outras tantas para missões idênticas.
Vou continuar a rascunhar sem planos, mas com a possibilidade em aberto. Estou a desenvolver um plano com a ajuda de algumas pessoas amigas, para abertura de uma associação de cariz humanitário. Paralelamente, estou com o grupo de voluntários da Consolata a formar e preparar leigos para a missão. Assim que a Covid-19 nos permitir não hesitaremos em partir de novo.

Fale-nos um pouco sobre o seu livro:
O livro relata uma missão humanitária que desenvolvi no Uganda.
Um projeto desafiante, exigente: quer pela componente humana, quer em termos financeiros.
Um grupo de 14 voluntários conseguiu em seis meses angariar 30.000€ para o projeto.
As irmãs da Diocese de Kampala, Uganda, que têm um orfanato exclusivamente para crianças deficientes, tinham pedido à Consolata para dar uma ajuda na reabilitação das estruturas do orfanato.
Este pedido necessitava de gente devidamente preparada para lidar com a diversidade das crianças, com atenção, carinho e amor para dar. Foi uma experiência marcante pelas emoções fortes, pois as crianças eram paralíticas, surdas, mudas, com atrasos cognitivos, algo até então nunca vivenciado pelos voluntários.
Por casualidade do destino, tinha um irmão deficiente em casa e fazia parte de um projeto de ajuda a outros cinquenta e quatro.

Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?
O livro todo ele é um recordar de uma experiência única, é um relembrar de sentimentos proporcionados e vividos.

Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro? O que acha mais apelativo no seu livro?
Aconselho os leitores a ler o livro para os ajudar a perceber que, independentemente da idade ou local, não há missões impossíveis! Há sempre um lugar no mundo á nossa espera.

Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?
Não tenho estilo de escrita, apenas tento passar uma mensagem de fé, e de amor ao próximo.

Qual o papel das redes sociais na vida e na divulgação da obra de um autor? E na sua?
As redes sociais hoje tem uma responsabilidade muito grande na sociedade. Conseguem num piscar de olhos chegar a quem menos esperamos. Para divulgar uma obra são fundamentais.
Se houver leitores interessados em partilhas, ou em alguma troca de experiências podem sempre contactar-nos através da página que criei no Facebook.
Em missão https://www.facebook.com/Em-Miss%C3%A3o-108826874885272
Ou através do meu e-mail ambsantos74@gmail.com

Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
Sou um leitor regular. Não leio todos os dias ou com a frequência que gostava, mas, trago sempre livros na mochila. Na mesinha de cabeceira tenho a Bíblia.
Gosto de ler fábulas, contos e crónicas.
Leio regularmente Augusto Cury e Dalai Lama.
Uma inspiração: Angelina Jolie - Diário das minhas viagens.





Em missão - Diário de um voluntário -; António Santos; 84 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2021. PVP 9,50€

"No fundo, este livro é a memória das memórias de um cristão. Um cristão tem sempre o seu coração livre e desimpedido para ajudar o próximo. Um cristão sabe sempre que Jesus não se encontra apenas no Sacrário da Igreja, mas nos Sacrários ambulantes que é a Igreja de mulheres e homens, que vão ao encontro de quem mais precisa."
Relato, na primeira pessoa, da missão humanitária ao Uganda em 2017.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Novo livro com lançamento a 16 de Outubro: "Em Missão" de António Santos

 





Em missão - Diário de um voluntário -; António Santos; 84 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2021. PVP 9,50€

"No fundo, este livro é a memória das memórias de um cristão. Um cristão tem sempre o seu coração livre e desimpedido para ajudar o próximo. Um cristão sabe sempre que Jesus não se encontra apenas no Sacrário da Igreja, mas nos Sacrários ambulantes que é a Igreja de mulheres e homens, que vão ao encontro de quem mais precisa."
Relato, na primeira pessoa, da missão humanitária ao Uganda em 2017.


https://www.facebook.com/Em-Miss%C3%A3o-108826874885272



sábado, 2 de outubro de 2021

Vencedor de entre os votantes para o texto favorito do livro "Na areia de uma praia qualquer"

Feito o sorteio do Totoloto de 2/10/2021, que teve como número da sorte o 1, sorteou-se de entre todos os votantes com o número 1 ou terminado em 1 e a feliz contemplada foi Elvira Gomes, que com o seu voto em "Festa da Senhora das Neves" (texto vencedor) ganhou os prémios abaixo ilustrados.
Muito brevemente vai recebê-los, muitos parabéns!





Frente e verso da caneca

  Postal A6







sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Vencedor do texto favorito do livro "Na areia de uma praia qualquer"

Terminada mais uma muito renhida votação, muito obrigada a todos os que votaram, o texto vencedor é "Festa da Senhora das Neves".
À autora, Maria Lucília Teixeira Mendes, os nossos parabéns, muito em breve receberá o seu prémio.
As nossas felicitações também às autoras que se classificaram a seguir.

Resultados:

1º  Festa da Senhora das Neves  VENCEDOR (Maria Lucília Teixeira Mendes)
2º  Férias da Páscoa (Maria do Rosário Cunha)
  Momento Mágico (Dulce Sousa)

Leia (ou releia) o poema vencedor

Festa da Senhora das Neves


Dia cinco de Agosto consagrado
À Senhora sempre jovem, sempre mãe
À menina nazarena tão humilde
A mais bela e importante que ninguém.

Escolhida desde sempre pelo Pai
Fê-la Santa e Imaculada em seu nascer
Muito antes e para sempre a serpente
Se zangou por não tê-la em seu poder.

Mãe do Verbo gerado em seu seio
O gerou antes de mais no coração
Foi fiel no cumprimento da Palavra
Que, Menino, conduziu por sua mão.

És encanto ó Puríssima Senhora
Daqueles que Cristo a si quis consagrar
És modelo de quem se quis tornar família
E em amor mútuo toda a vida partilhar.

És, ó Virgem toda bela, toda pura
A beleza que ninguém sabe cantar
P’ra Ti olham o jovem e a criança
No desejo feliz de Te imitar.

Olha esta Terra que Te louva e engrandece
Desde tempos remotos ancestrais
Protege o jovem, o velho, a criança
Nossos campos, nossas casas e animais.

Ó Senhora das Neves, branca e pura
Doce, terna padroeira tão amada
Sê saúde p’ra quem sofre enfermidade
Sê caminho para a ovelha tresmalhada.

Olha os jovens vagueando pela vida
Sem projeto, sem amor, compreensão
Presa de lobos disfarçados de cordeiros
E sem Amigos que lhes dêem sua mão.

És o lírio mais puro e mais branco
A beleza mais bela da beleza
Desperta hoje quem aos novos encoraje
A voltar aos caminhos da pureza.