Os ciclos de entrevistas continuam agora com um dos casos em que o autor responde à totalidade das questões; isto é, fala sobre um livro e sobre um texto vencedor da votação do público.
A dada altura da entrevista a autora, de 67 anos, vai referir que para ela as redes sociais têm nome, são pessoas concretas... Podemos atestar isso. O primeiro contacto com ela foi logo na nossa segunda colectânea, ela não participou, mas participou um amigo. Ao enviar o voto (pelo correio) enviou também alguns dos seus poemas, para pedir, muito timidamente, a nossa opinião. Não se pode mentir a um autor e dizer-lhe que o trabalho não presta! Desse lote do poemas já quase todos foram publicados em colectâneas seguintes e sempre com muita apreciação (e votos) por parte dos leitores. Curiosamente acabou por ser ela a ganhar o prémio para os votantes... A colectânea seguinte era de contos e ela até tinha dado a forma de conto a um episódio da infância. Encorajada pelo mesmo amigo, resolve participar, mas o computador não estava para aí virado e acaba por ser o amigo a tratar da fase inicial da participação. E passou de votante premiada a premiada pelos votantes, pois teve o texto mais votado pelos leitores...
Com este voto de confiança, avança, um pouco a medo, para as suas "Memórias de Almendra", recebe o livro pouco tempo antes da sua Vouzela natal e da sua Almendra adoptiva serem atingidas com violência pelas chamas. Em Vouzela usa os livros para obter verbas para aquilo a que ia sendo preciso acudir e já no ano a seguir quando vai a Almendra para apresentar o livro, emociona-se com a emoção de quem a recebe e oferece os livros a quem ainda sofre os efeitos destruidores do fogo.
- Na nossa pequenez distinguimos tanta generosidade com um exemplar em capa dura do seu livro. -
Não temos por hábito fazer introduções tão longas, mas por vezes deparamo-nos com pessoas que são maiores do que a vida...
Maria Lucília Teixeira Mendes com a sua muito típica, e genuína, voz:
Conte-nos como e porquê começou a escrever,
por paixão ou por necessidade?
Comecei a escrever apenas porque me apeteceu. Um pouco para
extravasar o que me ia na alma. Porém, o primeiro escrito lido em público
surgiu a pedido, para homenagear uma pessoa que se tinha aposentado. Este
escrito, foi precedido pelo primeiríssimo
que apareceu só porque sim: tinha
morrido uma gatinha que eu tinha protegido. Imediatamente antes da morte, e
depois de longas horas em coma ou semi-coma, o meigo animal agradeceu os
cuidados que lhe prestei e despediu-se com o seu último rom-rom. Isto sensibilizou-me a tal ponto que, ao voltar do seu
enterro, as quadras em homenagem à
gatita vinham em enxurrada… Até já me cansavam. A estes versos chamei mesmo “Último
rom-rom”.
Ora, uma vez que tinha feito algo assim, de modo
espontâneo, decidi aceder ao pedido da Diretora do meu Agrupamento de Escolas
que queria um poema para a tal homenagem e que eu não estava nada disposta a
fazer por nunca ter feito nada de semelhante. Se tinha homenageado a gata, com mais razão havia de homenagear a
recém-aposentada que tinha sido Auxiliar no meu Jardim de Infância. Como no
decorrer dos anos fui sabendo algo da sua vida e da sua maneira de ser,
servi-me deste conhecimento e escrevi uns quintetos que depois li na
inauguração da biblioteca escolar remodelada e na presença de algumas entidades
que elogiaram os versitos. Foi uma espécie de alavanca… O reforço positivo de
que todos, por vezes, necessitamos…
No caso de “Memórias de Almendra”, surgiu
de modo inesperado como eu conto no mesmo livro. Bastou um clic: umas flores de primavera que fizeram despoletar memórias que
estavam no fundo de gavetas mais ou menos fechadas…
Guardei esses versos durante alguns anos,
mas gostava de os mostrar a pessoas amigas. Essas pessoas diziam-me sempre: porque não fazes um livro?
Se por um lado, tinha pena que as folhas impressas fossem
parar ao lixo depois da minha morte, por outro, acontecia-me um pouco como no
caso do poema à Auxiliar de Educação:” será isto capaz de um livro? Terá algum
interesse? Como o vou fazer?”.
Como acontece com tantas coisas na vida,
quando nada o fazia prever, caiu-me no colo a Editora “Tecto de Nuvens”. Foi a
Dra. Teresa Cunha que me encorajou e deu cumprimento ao sonho que ia ganhando
forma dentro de mim: escrever para os outros; não apenas para ficar na gaveta à
espera de ir um dia para o lixo…
Quando tive nas mãos o meu primeiro
livro, tão pequenino, mas com tanto coração, só pude exclamar: “é tão
pequenino, o meu menino! Mas é tão bonitinho!” foi como ver um bebé
recém-nascido. Foi emocionante!
Mas nem imaginam o trabalho que dei à editora
e quanta paciência ela teve de ter comigo…
Até a capa me emocionou. Tinha lido há
pouco a biografia de Van Gogh. Não conhecia aquela sua pintura e achei-a tão
linda! Tão oportuna!
Qual o papel que a escrita ocupa na sua
vida?
Escrevo quando me apetece.
Mal comecei, tenho-me dedicado a pôr no
papel, ou no computador - o que nem sempre dá resultado, porque ele se
encarrega de me fazer desaparecer escritos que eu gostava de colocar em livro e
que já não consigo reproduzir – memórias da minha infância e da minha pequena
aldeia. São coisas que desapareceram num curto espaço de tempo e das quais já
ninguém se vai lembrar daqui a dois ou quatro anos…
São história; são cultura; são pessoas e
acontecimentos…
É curioso que é quando por lá estou, no
verão, que essas memórias me veem à lembrança. Sobretudo à noite! No silêncio,
cada vez mais profundo e que começa ainda de dia, porque já lá há tão pouca
gente. Sem crianças e sem animais que lhe deem vida… Revivo e revejo pessoas,
acontecimentos, espaços, vivências de outro tempo…
Gostava de ter muito jeito, muito tempo
diário e muitos anos pela frente para poder escrever tantas e tantas coisas!...
Sempre sonhou publicar um livro?/Publicar
um texto num livro?
Esse sonho só ganhou corpo depois de ver o que ia
escrevendo. Mas dá trabalho e requer o tempo que eu não tenho.
Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o
seu livro nas mãos?/O que significa para si ter o texto favorito dos leitores?
É a sensação de que já falei em cima: é como ter nos braços
um recém-nascido e olhá-lo pela primeira vez com a mesma ternura de uma mãe. Ao
mesmo tempo, vem a vontade de aperfeiçoar e completar o que está feito, já que
há sempre lugar para melhor e ficou tanto por dizer.
Esta sensação teve o seu expoente máximo no dia da
apresentação do livro na terra que lhe deu origem e à qual se refere. Não
imaginava que as palavras tão simples nele contidas, pudessem ter o eco que
tiveram na boca do jornalista Alfredo Mendes -que o apresentou na sua terra que
é um pouco minha também - com tanta competência, com tão profundo sentido da
compreensão do coração humano e com tanto saber. E o engraçado e surpreendente,
foi que esse senhor que eu não conhecia, é filho do Senhor Mendes que eu
conheci e a quem me refiro na pequena obra.
O livro com que eu não tinha verdadeiramente sonhado, fez
de mim uma rainha em Almendra nesse dia. E porquê? – Porque um jovem Presidente
de Junta – o senhor João Afonso - se preocupa em dar ao seu Povo momentos de
enriquecimento cultural. Escolheu o dia de Almendra para a apresentação do
livro, porque ele foi o primeiro a conhecê-lo e a valorizá-lo. Isso lhe devo.
Aquele livro saído do meu coração, falou ao coração da gente de Almendra. Era
como se eu tivesse regressado a casa…
No que toca ao texto favorito dos leitores, foi para mim
uma surpresa ter sido ele o eleito. Penso que a leveza com que está descrito o
seu conteúdo e a alegria que transmite, deve ter feito rir os leitores. É bom:
todos precisamos de coisas que nos alegrem e tornem a vida menos pesada mesmo
se por pequenos instantes.
Tem algum projecto a
ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a
sentir vontade de escrever?
Vontade de escrever, eu tenho… E vou
escrevendo. Gostava de publicar algo sobre a minha terra para que os vindouros
pudessem ter alguma noção do que os precedeu. Eu própria gostava de saber
coisas que não estão escritas em qualquer lado. E tenho pena. O passado é muito
importante para a compreensão do presente e para a construção do futuro. Um
povo sem memória autodestrói-se. Vive perdido. Não tem consciência de si. Perde
ou não constrói a sua identidade. Nós não surgimos de geração espontânea, nem
sequer como os cogumelos…
Alguém me disse um dia a brincar: “escreva as suas memórias”. Cada vez
tenho mais consciência de que as memórias que vou escrevendo não são só minhas.
Nem só para mim. Elas podem servir a comunidade e enriquecê-la mais. Poeriam
vir a constituir algo de parecido com património histórico.
Fale-nos um pouco sobre o seu livro.
/texto*.
*--O que inspirou o seu texto (indique se é conto ou
poema)?
Como não li as perguntas todas antes de começar a
responder, agora fico um pouco atrapalhada… Pois, o meu livro é um poema
elaborado ao meu jeito. Sem pretensão, sem vaidade. Tentei dar-lhe forma e
sentido. Quis que fosse entendido. Quis que fosse conhecida a terra onde a ação
– se é que a há – se desenrola. Sobretudo, queria que os novos de agora
soubessem como era a infância daquele tempo. A das outras crianças não era
muito diferente da minha. A diferença pode estar no facto de eu ser uma espécie
de refugiada numa terra estranha por a família se ter desmoronado com a morte
do pai. Mas soube agora que, enquanto eu morria de saudades e não conseguia
fazer o luto, outra menina minha coleguinha nesse tempo e nessa terra, tinha
perdido a mãe, o que me parece bem pior.
O livro tenta retratar a realidade daquele tempo e naquele
contexto sociogeográfico. A vida não era fácil para ninguém. Também não o é
para as crianças de agora. Têm o que nós não tínhamos mas são, muitas vezes,
órfãs de pais vivos. E com uma escola que não as deixa ser crianças. Não têm
tempo para si.
No caso da participação nas coletâneas acima mencionadas,
os contos são histórias de vida às vezes ficcionadas. São memórias
reinventadas. São como que um flashback
que nos transporta para realidades que não podem ficar esquecidas.
Uns e outros têm, por vezes, algo de autobiográfico. É o
caso, por exemplo, do conto “Automá-ti-co-co-o-o-” narrado na coletânea “Em tons de valsa aguarela fogo”. O
episódio aconteceu de facto. Ficou na memória de todos e, na verdade, ainda
hoje riem do meu vestido de seda em contraste com as sandálias de pneu
grosseiro. Até estas sandálias estão ligadas a Almendra. Foi lá que o meu avô
as mandou fazer assim para calcorrear os catorze quilómetros de estrada e as
pedras ásperas dos atalhos que tinha de percorrer para ir e vir da escola. Riem
também da minha certeza de vencer que acabou em “chape” no charco…
Este conto tem a intenção de trazer para o presente
vivências que as nossas crianças de agora já não podem ter. A superproteção e
os cuidados de que são rodeadas, muitas vezes por razões óbvias, impedem-nas de
viver a liberdade com que nós vivíamos; a espontaneidade com que inventávamos
brincadeiras, hoje impensáveis. Certamente o leitor deste conto, adulto ou não,
poderá divertir-se com este episódio hilariante. Os elementos da natureza
trazidos para a narração não são simplesmente decorativos: mas dão-lhe beleza e
vida.
Ao mesmo tempo, o trama situa-nos num contexto
sociogeográfico onde os costumes ganham forma e cor, apesar de apenas com
rápidas pinceladas.
Exemplo disso, o cadenciar do tempo marcado pela passagem
dos comboios, os rituais religiosos, a corrida das crianças para o apeadeiro
onde, um químico velho ou uma lapiseira gasta, representavam um tesouro pelo
qual se devia lutar…
Existe alguma parte do livro, em
particular, de que goste mais. Porquê?
É difícil responder a esta pergunta. É
como perguntar a uma mãe se gosta mais das orelhas ou do nariz do seu filho…
Nem sequer pensei nisso. Um dia alguém perguntou a uma criança se gostou de ir
à escola. Ela respondeu: “gostei de ir e gostei de vir; só não gostei da parte
do meio”.
Claro que gosto do meio – do miolo – do
meu livro. Mas gostava de me referir ao início e ao fim.
Ao início, porque quis que a mãe, os
avós, os manos, não fossem excluídos. Há uma falha: grave. Esqueci-me da minha
avó paterna. O avô, esse ,eu não o conheci e o meu próprio pai talvez não o
recordasse. Ele e os irmãos também ficaram sem pai em pequenos. Mas tinha a
foto da minha avó. Devia tê-la colocado. Ela merecia. Ela sofreu a perda de um
filho: esse filho que era o meu pai.
O fim do livro traz-me as lágrimas aos
olhos. Sem me dar bem conta disso, a presença do meu avô materno está
disseminada por aquelas páginas. Mas é no final que eu o vejo com mais clareza.
O meu avô: aquela mansidão de homem. Aquele homem que morreu pobre, pobre,
porque tudo o que conseguia ganhar era para ajudar a criar os netos órfãos.
Aquele avô tão terno, tão doce, tão sensato e prudente de quem toda a gente
gostava. O avô das minhas Memórias de
Almendra.
Como eu gostava que ele pudesse ler este
meu livro!
Ele era o meu “avô quelido” como dizia uma das minhas irmãs. Eu era a menina dos seus olhos. Tão querido, que
ainda hoje gosto de todos os avôs. E como eu gostava que todas as crianças de hoje
pudessem ter este relacionamento com o seu.
Indique as razões pelas quais aconselharia
as pessoas a ler o seu livro/texto? O que acha mais apelativo no seu livro/texto?
Estas respostas vão-se tornando cada vez mais difíceis!
Gostava que fossem conhecer a vila de Almendra com os seus
encantos. Que conhecessem a sua história e as suas gentes. As suas lindas
amendoeiras… Que soubessem interpretar os acontecimentos/vivências presentes, à
luz do passado. Que soubessem apreciar os bens que temos e que proporcionamos
às crianças do nosso tempo. Que estas fossem capazes de valorizar o que lhes é
dado e de o rentabilizar para a sua formação como cidadãos conscientes e livres,
capazes de não adormecerem à sombra do muito que possuem. Homens e mulheres
capazes de deixar aos vindouros uma herança de bem. Uma herança feliz, cuja
felicidade não está no material, mas no bem que conseguimos fazer em prol dos
outros e de uma sociedade mais justa e equilibrada. Gostava que este livrinho e
o outro texto que escrevi ajudassem a todos a crescer na construção da sua vida
a partir das vicissitudes que ela traz a todos, sem lamentações nem
recriminações… Do que é menos bom, podemos tirar sempre um bem e reaprender a
vida.
Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo
de mensagem gosta de passar no que escreve?
Como responder? Penso que já disse tudo. O meu é um
estilo simples. Direto. Sem artifícios nem rebuscamentos. Penso que todos me
entendem e é isso que eu quero. Nem sei fazer de outra maneira.
Gosto de passar uma mensagem de alegria. Mesmo que
certas circunstâncias da vida nos entristeçam, esta tristeza não atinge o âmago
de nós mesmos. No fundo, o mar é calmo. É só à superfície que o mar se agita. E
não é sempre. De tudo o que nos acontece na vida se pode tirar uma lição. Tudo
pode servir para nos fazer crescer por dentro. Tudo nos pode trazer a
capacidade de entender e desculpar os outros. Mas isto demora a descobrir: é um
trabalho pessoal. Não o aprendemos quando os outros nos dizem que é assim.
Aprendemo-lo depois de batermos contra a parede ou depois de esmurrarmos os
joelhos contra o chão. E, mesmo assim, só depois de algumas esperneadelas…
Qual o papel das redes sociais na vida e na
divulgação da obra de um autor? E na sua?
Redes sociais? Só conheço aquelas
que têm nomes: Joana, Manel, Laurinda… - As outras só me têm servido para
perder algum tempo. Até porque não passo de uma aselha na sua utilização.
Gastam-me o tempo e levam-me o dinheiro…
Na divulgação de livros não me
servem de nada. Não sei utilizá-las nem tenho apetência para aprender. Tenho tanto,
tanto em que me ocupar… Nem saberia a quem me dirigir, nem como… Isso até me
desanima.
Gosto mais daquelas redes sociais
em que não é precisa a palavra-passe.
Outros autores, sim, acreditam que
se sirvam delas com eficiência.
Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
Aí está. Um livro. Basta abri-lo! É
fácil!
Sempre gostei de ler. Mal aprendi a
técnica de leitura, nunca mais parei. Perdia-me na leitura.
Ler, foi a descoberta mais
maravilhosa da minha infância! Lia tudo! Tudo era mesmo tudo. Mas o tudo
daquele tempo era pouco. Depois de terminada a antiga quarta classe, ainda
voltei muitas vezes à escola para pedir à professora livros para ler em casa.
Penso que terminei quando o pequeno armário escolar, com portas de vidro, já
não tinha mais nenhum para me oferecer.
Depois, na altura dos estudos, lia
o que precisava para aprender. Durante o exercício da profissão, lia também o
que necessitava para o seu exercício e outros livros que me interessavam.
Li muitas biografias, memórias,
obras de alguns escritores consagrados, documentários… Revistas temáticas…
Livros de carater histórico, poemas…
Hoje retomei a leitura. Procuro
coisas atuais, mas também da história passada: por exemplo “Communio”, revista
internacional católica com temas de atualidade, “Saltei o muro” de Mónica
Baldwin , “Napoleão Bonaparte” de Emil Ludwig , “A Rainha dona Amélia” de Isabel
Stilwell , “A Bailarina de Auschwitz” de Edith Hger, “Queimada viva” de Marie
Thérèse Cuny, “Os Bichos” de Miguel Torga, “A saga de um pensador ” de Augusto
Cury e outros…
Também gosto de ler os livros que diariamente passam diante de
mim: as pessoas. Essas ensinam mesmo muito, embora nem sempre da melhor
maneira. Esses livros têm muitas vezes, palavras-passe muito complicadas… e
estão constantemente a trocá-las…
E, para
terminar, sabem quem me incentivava a ler? – O meu querido avô Justino! Ele
também gostava de ler, embora só tivesse feito a primeira classe
Era considerado muito inteligente.
Ele dizia que, para ser médico, só lhe faltavam os últimos estudos. Os
primeiros, já os tinha há muito tempo. E tinha razão.
Também os meus primeiros estudos
começaram nos bancos inclinados das carteiras com tinteiros de porcelana
branca; nos textos que me eram oferecidos pelos antigos livros de leitura -
mesmo se com determinadas tendências próprias da época – (hoje há outras…), nas
brincadeiras do recreio que se prolongavam na liberdade das ruas e recantos da
aldeia.
Em tons de Valsa aguarela-fogo - Colectânea de
Contos – Vários autores
128
páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2017, PVP 12€
Dez autores, quinze contos para todos os
gostos e para todos gostarem… Estórias baseadas em factos reais, contos
fantásticos, contos infantis e tudo aquilo que possa estar entre estas
classificações… Contos para entreter, contos para aprender, contos para meditar
e (porque não?) contos para contar… Leia e divirta-se!
Memórias de Almendra, Maria
Lucília Teixeira Mendes
68 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2017, PVP 9€
As memórias que aqui se apresentam nasceram duma saudade de
Almendra que sempre ocupou um cantinho do meu coração. Não escrevi para outros
lerem, mas apenas para mim. Porque me apeteceu. Porque tudo estava gravado e
aprisionado na minha mente e precisava de ser solto. (…)
Desejo tão só dar a conhecer um pouco da minha Almendra e
despertar curiosidade e vontade de a conhecer na actualidade como fruto do
passado que a trouxe até aqui.
Ambos os livros estão disponíveis na nossa loja online e também nas principais livrarias online nacionais e internacionais.
Pode contactar-nos para pedidos ou informações adicionais pelos emails: loja@tecto-de-nuvens.pt e informacoes@tecto-de-nuvens.pt ou pelo 960131916