domingo, 13 de julho de 2025

Hoje é o nosso aniversário!

Hoje celebramos o nosso 18º aniversário. Parabéns a todos os que têm feito parte da família Tecto de Nuvens.




E lembramos que estamos a festejar este aniversário com o lançamento da colectânea "Mergulhei no teu mar" e com mais um volume de "Desafios de autores para autores - o livro - Vol. V - 2024".


Pode saber mais informações sobre os livros aqui.

E não ficamos por aqui e há muitas coisas boas para ler e para usar à fresca, veja na nova actualização do nosso catálogo de Verão No nosso aniversário queremos mesmo celebrar a vida, venha celebrar connosco!

Postal de férias - Desafio de Julho

 

Em pleno Verão e no mês do nosso aniversário, nada mais simpático do que enviarmos postais das nossas férias uns aos outros...
Podiam usar uma foto de férias passadas, com uma breve legenda ou comentário; podiam expressar um voto de férias; falar de umas férias de sonho (já realizadas ou em projecto - sim, mesmo que seja a Marte ou à Lua); contar um episódio de férias. Usando imagens, podendo escrever em prosa ou em verso, o desafio deste mês servia de caixa de correio à disposição dos autores para enviarem os seus postais.
A leitura e votação dos postais vai ocorrer até ao final de Agosto.
Os nossos leitores serão os juízes e escolherão, a partir dos  postais de cada autor, qual o destino de férias favorito.
E como é mês de aniversário, as mãos estão mais que largas com as prendas...
O autor do destino de férias mais premiado recebe o livro "Uma manhã na praia" + uma caneca "Uma manhã na praia".
De todos os votos recebidos até 31 de Julho sortearemos um para também receber o livro..
De todos os votos recebidos entre 1 e 31 de Agosto de 2025, sortearemos um votante para receber o  livro "Na areia de uma praia qualquer".
Mas... o troféu que é a prenda surpresa está disponível para todos, autores e votantes que usando os comentários (pode ser em simultâneo com o voto) nos digam para que local de férias (real ou imaginário, contemporâneo, do passado ou do futuro) levariam a nossa surpresa e, já agora, descrevam uma boa surpresa para companhia nas férias. O comentário mais original será o premiado (não garantimos ter a surpresa que pretendem, os iates, por exemplo, estão esgotados... Se calhar têm mais sorte se passarem os olhos pela nossa loja online ou por o nosso folheto promocional de Verão.).
E pode ser que ainda haja mais umas menções honrosas...


- Já sabem, votam usando os comentários (são supervisionados, terão que esperar que um humano - que não esteja de férias - os valide). Podem votar mais do que uma vez (desde que com moderação) e se, por engano votarem duas vezes, deixem ficar o voto, não o retirem depois de publicado. É que quando é publicado o voto já foi atribuído e contabilizado. Identifiquem os votos pelo local de férias. - 

Ah! E boas férias!

Nota: Para os leitores que ainda tiveram o privilégio de receber postais de férias, fica a informação de que os nossos autores são, aparentemente, adeptos do postal escrito à toda volta, em letra cada vez mais miúdinha... É assim que terão que ver a dimensão dos textos...


12) Boas Férias! "Se a tua vez chegar"



as bandeiras e os bandolins,

tocarão a alegria da vida,

nos animais que conhecemos,

e nas árvores que nos dão a sombra.

Joaquim Armindo (Texto)

Isabel Ribas (Pintura Técnica Encáustica)

11) Boas Férias! Na praia

Mariana Manaia

A ilustradora Mariana Manaia criou, especialmente para este Desafio esta ilustração de um belo dia de praia.

10) Boas Férias! A respirar em "Respiro"


nas ondas azuis do mar,

respiro fundo e encho os pulmões,

tal qual onde vejo, a nau catrineta,

afundar nos teus olhos azuis, castanhos, iluminados.

Joaquim Armindo (Texto)

Isabel Ribas (Pintura Técnica Encáustica)

9)Boas Férias! Da Infância em "Marujos na terra com a cabeça no ar"


Quando se é criança a imaginação não tem limites e tudo serve de ficção, pode-se ter a cabeça no ar e os pés no chão.

Que maravilha que é ser criança e estar de férias escolares, que se pode ser marujo em terra e imaginar que se viaja pelos sete mares.
Pode-se imaginar que com os binóculos se visualiza uma sereia, mas ser apenas ser apenas uma boneca que ficou esquecida na areia.
Pode-se imaginar que a namorada da escola está aprisionada na prancha, mas afinal está apenas a fazer uma estranha dança.

Aníbal Seraphim

8)Boas Férias! No Mar...


umas férias no mar,

outras no pinhal, onde os embondeiros comem,

a luz brilha onde há sol ou lua.


Joaquim Armindo (Texto)

Isabel Ribas (Pintura Técnica Encáustica)

7) Boas Férias! Da Turquia


Gatos, gatinhos e gatões, não passam despercebidos na maravilhosa Turquia. Eles estão por todo o lado: calmos, amigáveis, prontos a dar uma ronronadela a quem lhes oferecer uma carícia.

Foi a 30 de setembro de 2021 que esta doce gatinha tartaruga conversou um pouco comigo. Que gata sábia!
Disse-me que em tempos lera tudo quanto havia na biblioteca de Adriano e que os humanos que por lá conheceu leram tanto quanto ela, razão pela qual sabiam admiravelmente respeitar os felinos.
Como gostariam os gatos portugueses que os humanos cá destas bandas gostassem um pouco mais de leitura!...
Perguntei-lhe se gostaria de vir comigo. Arrepiou-se toda e saltou de repente para o chão. Já distante de mim, gritou na minha direção:
- Não! Não vou não! Eu li que em Portugal matam tudo o que mexe e que a maioria detesta gatos!*
E correu a empoleirar-se num lindo capitel das ruínas da velhinha cidade de Éfeso a lamber uma das patinhas na tentativa de esconjurar tal hipótese.

Maria Lucília Teixeira Mendes

 *Não foi possível confirmar a fonte desta informação, nem garantir que tenha havido uma boa tradução de turco-gatês para português-gatês. (A gerência da Tecto de Nuvens)

6) Boas Férias! De uma ilha em "Eu quero ir para a ilha"


Após dois anos sem gozar férias
Só me apetece pôr a milhas
Já não aguento tantas lérias
E quero fugir para as Antilhas
Quem diz Antilhas, também diz Maldivas
E visualizar uma praia cheia de divas
Todas torneadas e em bikini
Como vi uma vez na praia de Rimini
Mas por este andar…
Só apanhando um barco para Cacilhas
E só a imaginação me fará viajar
Que vou para uma ilha das Antilhas.

Aníbal Seraphim

5) Boas Férias! Da Holanda


E eu a pensar que Sancho Pança é D. Quixote eram espanhóis... Fui encontrá-los na Holanda no dia 24 de abril de 2022.

Como não havia vento, o Sancho foi a nado para tentar pôr em movimento as pás de um dos moinhos. D. Quixote quis ser gentil e tirou-me esta foto. O pior foi a seguir:: meteu ao bolso o meu telemóvel porque queria levar-me com ele. Ó que dois!
Maria Lucília Teixeira Mendes

4) Boas Férias! Do Passado em "Quando o Passado Decide Voltar ao Presente"


E quando menos esperamos, voltamos a ter 24 anos, com a sabedoria dos quase 50, e uma criança nos braços. Uma vida que não saiu de dentro de nós, mas que é nossa a dobrar. E é esse sentimento de saudade, que se mistura a uma sensação de pura felicidade, que nos faz perceber o quanto a vida é efêmera. Vemo-la a correr, sempre apressada, sem tempo para pausas.
Quando menos esperamos, damos connosco a substituir os filmes na televisão e os vídeos nos telemóveis pelos passeios ao ar livre, pelos baloiços e escorregas no parque infantil, por uma história antes de dormir e pelos castelos de areia nas idas à praia.
Passar férias com um bebé é cansativo, e quem diz o contrário estará, certamente, a mentir. Mas ter a oportunidade de viver todos aqueles bons momentos outra vez… Não tem preço.
Ver o sorriso de felicidade no seu rosto, quando lhe oferecemos o nosso tempo, compensa o cansaço, e só nos faz desejar que o dia seguinte chegue mais depressa.


Maria João Amanal Graça

3) Boas Férias! Do Museu de Cera de Amesterdão


Quinze horas e vinte e oito minutos do dia 25 de abril. Era o ano de 2022. 

Em Portugal comemorava-se o famoso 25 de abril.
Não precisei de ir aos Estados Unidos para estar entre estas duas celebridades. Claro que é evidente a minha preferência. 
Mil vezes Obama!
Andamos dois passos e fomos tomar um café. O do lado, ficou a fazer beicinho! E assim continua...

Maria Lucília Teixeira Mendes

2) Boas Férias! De Tavira em: "Saudades de um Tempo que Não Volta Atrás"


Trago no coração infinitas saudades de um tempo em que era feliz e não sabia. Trinta e oito anos de memórias que ficarão guardadas na minha alma para sempre. Foram muitos os bons momentos que vivi na Quinta da Capelinha, em Tavira, com os meus pais, que sempre me proporcionaram quatro meses de férias inesquecíveis. As viagens de barco para a praia; os almoços no restaurante “O Chico”, aos Domingos, onde o pedido era sempre o mesmo: camarões Tigre grelhados, embebidos em molho de manteiga; a apanha da alfarroba; as festas no fim da vindima, que o meu pai costumava oferecer aos trabalhadores; os mergulhos no tanque, que no verão sofria uma metamorfose, ao se transformar em piscina, e as conversas à luz cintilante das estrelas, tendo como música de fundo o piar de uma coruja.

 
Ao ver fotografias antigas, os sentidos despertam, e, por uma fração de segundos, sinto o solo pedregoso, repleto de pedras desiguais, o cheiro das flores ao meu redor e o calor infernal que me queima a pele. Hoje, tenho a certeza de que podia ter aproveitado mais. Com a morte do meu pai, a Quinta da Capelinha desapareceu da minha vida, levando com ela grande parte da minha infância, adolescência e juventude. Claro que, novas memórias foram criadas, mas a verdade é que nunca esquecerei tudo o que lá passei.

Maria João Amaral Graça

1) Boas Férias! Da comporta em "férias de canivetes".





Na frescura do pinhal que ladeava a chamada "Comporta", junto a Setúbal, que bela soneca!
O ano letivo tinha chegado ao fim, e era merecido um pouco de  descanso! 
Ao som do mar e da brisa leve do vento que me acariciava o rosto, o sono ainda era povoado por rostos alegres de meninos e meninas da escola e da catequese: os meus amores!
Claro, isto depois de ter afundado os pés descalços naquela lama nojenta de onde aqui e ali borbulhavam sinais dos bichos que as habitavam.
Com um saco de sal na mão, lá ia uma pitada para cada furo de onde saiam as bolhas. Logo a seguir, saía disparado um inofensivo marisco em forma de canivete. Vinha com tanta rapidez que quase me furava os olhos. 
Coitado! Mal sabia o que o esperava!
Nesse dia eu apanhei 24! Esses e os dos meus colegas acabaram sobre uma chapa aquecida por uma fogueira que os transformou em manjar.
Foi na minha juventude, por voltar de 1979/80. Hoje não alinhava, preferia não lanchar.

Maria Lucília Teixeira Mendes