quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Voto de pesar: Augusto Pires da Mota (1927-2025)

É com muito pesar que comunicamos o falecimento do nosso autor, e grande amigo,  Augusto Pires da Mota, de 97 anos.
À família, em particular à viúva e aos seus dois filhos, Manuel e Joana, deixamos as nossas mais sentidas condolências. 
Uma vida longa e sempre muito lúcida, deixa muitas saudades pela sua amizade, sagacidade e visão crítica e atenta da realidade; bem como pela sua inabalável Fé. 
Deixa vasta obra publicada e outra tanta ainda por publicar.
Deixamos aqui uma breve passagem por alguns momentos chaves de tão vasta e rica vida, incluindo a (muito fugaz) entrevista que deu para este blogue faz alguns anos.


Augusto Pires da Mota nasceu em Couto de Ervededo, Chaves, em Dezembro de 1927; concluiu o Curso Teológico, em 1952, no Seminário de Vila Real. Ordenado Sacerdote, nesse mesmo ano, foi professor naquele estabelecimento de ensino e pároco em Vila Marim e Mondrões, nos subúrbios de Vila Real. Concluiu o Curso de Pastoral, em Madrid e a licenciatura, na Universidade Católica. Licenciou-se em História, na Universidade do Porto e lecionou em três liceus daquela cidade. Dedicou-se, intensamente, à pregação e foi Director Espiritual dos Cursos de Cristandade e militante do Renovamento Carismático Católico do Porto.
 
Obras publicadas:

«De Babel a Sião», 1º volume;
«Missão, o Grande Desafio»; 200 páginas, capa mole, Tecto de Nuvens, 2010
«Horizontes da Felicidade», 196 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2011
«Crise em Portugal, na Europa e no Mundo»; 260 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2015
«Vida, Essência de Deus e Elevação do Homem»; 240 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2017
«Jesus – Paixão e morte de Jesus Cristo -»; 240 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2019.
«Jesus – Redenção -», 132 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2019
«Jesus – O Sofrimento à luz da Teologia – »; 172 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2022
«Jesus – A Pastoral do Sofrimento » 106 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2022
 
Participação em:

«Vamos Celebrar! – Colectânea de Poesia de Natal», Tecto de Nuvens, 2016
«As Flores do Meu Lindo Jardim – Colectânea de Poesia -»; Tecto de Nuvens, 2020

Releia a entrevista aqui.

domingo, 26 de janeiro de 2025

Daniel Almeida, autor de "Apóstolos do meu amor - A mensagem missionária de Medjugorje -", em entrevista

  Nem todos os projectos literários são ficção, biografia, ensaios... muitos são simplesmente uma grande vontade de partilhar experiências marcantes; mensagens transformadoras; reflexões. Foi o caso de Daniel Almeida que sentiu necessidade de partilhar com outros as suas vivências nas peregrinações feitas a Medjugorje, transmitindo as mensagens e reflexões sobre as aparições marianas ocorridas no local.
Mas ninguém melhor do que o autor, de 41 anos, para explicar as suas motivações e o que o leitor pode encontrar no livro...
Daniel Almeida por voz própria e na primeira pessoa: 

  Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?

Comecei a escrever pouco tempo depois da minha última peregrinação a Medjugorje, na Bósnia e Herzegovina. Foi em Agosto de 2024. Desde 2016, tenho ido lá practicamente todos os anos. Sobretudo, ao Mladifest, que é o maior Festival católico de jovens da Europa. É um festival incrível! Senti que tinha de divulgar umas mensagens muito específicas da Rainha da Paz. Comecei a desenhar, a usar as fotos que tinha das peregrinações como fundo… e depois a escrever sobre o assunto. A “coisa” começou a ter forma e daí optei por escrever o livro. Essas mensagens, já as tinha em mente, há cerca de um ano antes de iniciar o processo de escrita.

   Qual o papel que a escrita ocupa na sua vida?

            Não tem ocupado.

  Sempre sonhou publicar um livro?

Não necessariamente.

  Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o seu livro nas mãos?

É uma boa sensação. Parece que fica sempre algo por dizer. Quanto à estrutura, a ideia original não está totalmente espelhada no resultado final. Penso que por um lado é normal porque o processo vai se adaptando à realidade. No entanto, a mensagem está lá. O propósito foi cumprido e espero que o leitor faça a experiência proposta no livro, de livre e espontânea vontade, tal como se tivesse ido a Medjugorje. Pelo menos, entender o que realmente lá se vive, e o porquê desse lugar ser muito especial, na transformação de milhões de pessoas desde 1981.

  Tem algum projecto a ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de escrever?

Sim. Também sobre uma temática específica de mensagens de Medjugorje.
Penso talvez fazer uma segunda edição do livro “Apóstolos do meu amor” com um novo capítulo no qual se pode enquadrar muito bem. Vai depender da recepção e da apreciação do livro pelos leitores.

   Fale-nos um pouco sobre o seu livro.

É um livro sobre o nosso tempo e os últimos. Sobre onde está a ocorrer a maior transformação da Humanidade e como fazer parte dela.
Nossa Senhora Rainha da Paz, usou durante cerca de 10 anos, a expressão “apóstolos do meu amor” e traduzo o significado profundo e urgente dessa denominação. Traço um perfil de “apóstolo de amor” segundo as mensagens e faço um paralelismo sobre os “apóstolos dos últimos tempos” profetizados por São Luís Maria Grignion de Montfort.
É o apelo de uma Mãe aos seus filhos para serem apóstolos de amor no nosso tempo em que o Amor, a Fé, a Paz e a Verdade são imprescindíveis para a missão. A mensagem traz muita paz e sentido para a vida.

   Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?

         As mensagens da Rainha da Paz. São uma doçura. Aproveita-se cada palavra. Dá para ler e reler vezes sem conta, meditar… São mensagens que mexem comigo, que interpelam, que ajudam a viver estes tempos e a encontrar o bem mais precioso que é a Paz no coração, a paz de Deus. É uma autêntica escola de amor divino. As mensagens falam ao coração e o objectivo é sermos instrumentos de amor, de paz neste mundo que anseia pela paz. Também prepara-nos e leva-nos para a acção, para momentos concretos da nossa vida.

  Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro? O que acha mais apelativo no seu livro?

Quem tiver em busca de Paz e de sentido para a vida, sim este é um livro indicado. Ainda mais no nosso tempo!
É um livro para quem já ouviu falar de Medjugorje e não sabe bem o que é. Penso que é uma boa surpresa. Também, para aqueles que conhecem e já lá foram, dá para aprofundar as mensagens da Rainha da Paz meditando-as.
O mais apelativo do livro é o apelo do Céu a sermos “Apóstolos de amor” e que ao sê-lo ajudamo-nos a nós próprios e aos outros. Encontramos verdadeiramente um caminho que leva à Salvação.

   Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?

O meu estilo é informal, acessível e com linguagem simples. Para que todos compreendem.

  Qual o papel das redes sociais na vida e na divulgação da obra de um autor? E na sua?

Totalmente imprescindíveis. Ter bons contactos faz muita diferença para o conhecimento de uma obra. No digital, não estar onde as pessoas estão várias horas por dia é como não ter televisão quando todos a tinham.
Na minha vida, que sou um autor desconhecido e sem contactos no mundo literário, é igualmente de extrema importância. A partir daí desenvolvemos tudo. Em Coimbra, tive um professor de Mestrado de Gestão e Programação do Património cultural que afirmava frequentemente que “aquilo que não é comunicado, não existe”. É uma afirmação válida para tudo. Divulgar a minha obra é dar a conhecer que existe e que está disponível. É marcar presença e passar uma mensagem.

   Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?

Sim, bastante. A temática espiritual, histórica, cultural, científica... A leitura tem de trazer algo de novo e ser edificante.
Gosto de ler todos os dias. Nem que seja só um trecho.



Apóstolos do meu amor - A mensagem missionária de Medjugorje -; Daniel Almeida
PVP 9,00€
136 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2024

“Vivemos tempos de profundas transformações espirituais e desafios que clamam por uma resposta de fé, amor e coragem. No meio das tribulações do mundo atual, um convite celestial ecoa: ser Apóstolos do Amor nos últimos tempos. Este chamamento, nascido do coração da Rainha da Paz e iluminado pela espiritualidade profética de São Luís Maria Grignion de Montfort, é o alicerce deste livro, Apóstolos do Meu Amor.”.
In Prefácio





Livro disponível nas principais plataformas online nacionais e internacionais e na nossa loja online.

 


Votação para o texto favorito do livro "Na noite de Natal"

 Vote no seu texto favorito e ganhe um conjunto de duas canecas com a ilustração da capa e 1 conjunto de 10 postais iguais à capa do livro…



Acompanhe a votação em: https://tectonuvens.blogspot.com/p/votacao-para-o-texto-favorito-do-livro_26.html

Para votar recorte esta página e envie para: Tecto de Nuvens, Rua Camilo Pessanha, 152; 4435-638 Baguim do Monte.

Por sms (terá de incluir os seus dados completos para receber o prémio) para 960131916.
Por email para geral@tecto-de-nuvens.pt com o título: Melhor texto colectânea de Natal.
Aceitamos votações até 15 de Fevereiro de 2025 (data do email, sms ou carimbo do correio). A todas as participações será atribuído um número, por ordem de chegada. – Serão excluídas as participações que não tragam os dados necessários para o envio do prémio -.
O vencedor do melhor texto será anunciado no blogue “Notícias das Nuvens” e nas redes sociais de todos os autores participantes nesta colectânea.
O vencedor do passatempo será aquele cuja participação tiver o número (ou terminação de número) igual ao do número da sorte do sorteio do Totoloto de 22 de Fevereiro de 2025.
- A seguir ao sorteio do Totoloto será sorteado um participante de entre todos os que tiverem número ou terminação de número (caso haja mais do que um) igual ao sorteado para o Totoloto, e esse será o vencedor. -
A todos os participantes que nos facultarem o endereço de email comunicaremos o número atribuído à chegada. Tentaremos fazer o mesmo com os sms, mas é mais prático com endereços de email.
Também o vencedor deste passatempo será anunciado no nosso blogue e nas redes sociais dos autores, a partir da segunda-feira seguinte ao sorteio do Totoloto.
Obrigada pela sua participação.

Desafios de autores para autores: AMOR



Mais um ano, mais Desafios e mais, esperamos sempre que mais, AMOR. A melhor maneira de  arrancarmos mais um ano de trabalhos é assim, cheia de amor - todo e qualquer amor, incluindo, naturalmente, o amor pela vida. Vamos aceitar pequenos contos e poesia (em todas as formas que pretenderem, incluindo quadras).

Os trabalhos serão publicados neste blogue a 14 de Fevereiro, Dia Mundial do Amor, do Casamento e dos Namorados (S. Valentim). Aceitaremos trabalhos até ao final do dia 13 de Fevereiro de 2025. Depois, e até ao dia 28, teremos uma votação a decorrer para encontrar o texto favorito dos leitores.
Como habitualmente, as votações serão feitas usando a caixa de comentários (já sabem que tem moderação pelo que os comentários/votos não ficam visíveis de imediato), não há limite para o número de vezes que podem votar ou em quem votar, apenas se espera algum bom senso.
O texto mais votado receberá um exemplar de um livro dedicado ao amor (a partir de uma lista, que incluirá poesia e prosa, que forneceremos ao vencedor) + caneca também dedicada à temática do amor;  e sortearemos um dos comentários/votos para receber um exemplar de um livro nos mesmos termos dos do autor vencedor. - Só serão elegíveis tanto para este sorteio como para o trabalho vencedor, os comentários/votos que nos forneçam uma forma de contacto (podem permanecer anónimos no voto, se nos solicitarem isso, apagaremos do comentário o contacto antes de o publicarmos). -


Podem enviar os trabalhos e/ou solicitar informações complementares pelos emails: geral@tecto-de-nuvens.pt e tectodenuvens@hotmail.com
Bom trabalho!

Um bocadinho de inspiração de S. Valentim de anos passados...






terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Laura Ramos, autora do livro "A ditadura das árvores" em entrevista


Já tínhamos tido oportunidade de falar com a autora aquando da sua participação na colectânea "Heróis e heroínas da Bíblia - como tu-" em que participou com o conto «Pedro Regueifas e o sonho que muda tudo» baseado na história de José do Egipto. Desta vez falamos com ela a propósito do romance contemporâneo "A ditadura das árvores" lançado aquando do solstício deste inverno.
Deixamos então que seja a autora, nascida em Viseu há 55 anos, a explicar-nos a escolha do tema e o que podemos esperar desta leitura e, em particular, qual a resposta para a pergunta colocada na capa do livro "O que acontece quando as árvores se resolverem vingar?".
Laura Ramos, por voz própria e na primeira pessoa:

  Fale-nos um pouco sobre o seu novo livro.

Trata-se de um livro deste tempo e para este tempo. Vivemos tempos desafiadores em que a Natureza dá sinais de exaustão e a humanidade continua a não fazer as mudanças necessárias para apaziguar esses sinais.

É uma história de amizades, encontros e desencontros, de famílias e interacção entre meios sócio-económicos diferentes, mas com um denominador comum: a distração de todos, ou melhor, de quase todos, em relação aos sinais da natureza.

 

  Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler (ou dar a ler) o seu livro?

É um livro de fácil leitura, adequado a quase todas as idades, actual e que lembra o leitor sobre a importância de estar atento às questões ambientais e, ao mesmo tempo, explora a condição humana nas relações interpessoais.

   Este livro aborda questões muito pertinentes na contemporaneidade: ecologia, natureza, vida na cidade, vida no interior… Acha que a reflexão tem lugar no entretenimento; a literatura pode continuar a ser um escape mesmo quando nos faz pensar em questões sérias? E sem adiantar muito da história, relendo agora o livro, também fica com medo desta “vingança das árvores”?

A literatura, para mim, além do entretenimento e relaxamento que proporciona, pode servir para evocar as características da época em que a história se desenvolve, servindo de testemunho de modos de vida de um tempo e fazer o leitor pensar sobre questões relevantes como as que hoje se nos deparam.
Temos de começar a pensar que o progresso tecnológico não pode servir propósitos de mera ganância ou a humanidade corre o risco de pagar um preço elevado. Tem de se abandonar a expectativa de que determinados erros apenas vão atingir alguns, como por exemplo a exploração desenfreada de minérios que, numa primeira linha, afecta as populações das imediações, mas posteriormente acaba por atingir a alimentação de todos os demais, ou seja, temos de aprender a procurar o Bem comum.
Sim, também temo que a natureza se vingue da humanidade e nos confronte com situações cada vez mais perigosas e sobretudo estranho esta forma automática de o ser humano percorrer um caminho destrutivo sem conseguir parar ou reverter. 

  O romance contemporâneo, com o seu olhar para questões sociais, políticas e outras, é algo que lhe agrada? É um género a que tenciona voltar?

Não faço questão de enveredar, nos meus livros, por questões políticas como objectivo, mas sim de encarar com o máximo possível de bom senso as problemáticas que hoje atormentam a humanidade, independentemente dos juízos políticos que possam suscitar.
A minha observação é mais primordial, na medida em que prefiro observar a realidade à luz da dicotomia entre o Bem e o mal e não de ideologias políticas.

   Tem mais projectos para livros? Actividades?

Tenho uma Trilogia da qual escrevi apenas o primeiro volume, mas de momento não penso continuar.

Tenho um conto cuja edição se tem atrasado por conta de ilustrações e questões práticas.

Gostava de escrever uma biografia de alguém com visibilidade no mundo.

Sem prejuízo de poder vir a fazer uma abordagem diferente à escrita, por ora, só penso escrever quando tiver uma história suficientemente forte que justifique ser transposta para livro, ou seja, não criar personagens para elaborar uma história, mas deixar que a história me encontre ou que as personagens surjam de modo livre, sem o meu pré-determinismo. Essa liberdade, essa espontaneidade, é o que mais aprecio quando passo para o papel.



A ditadura das árvores – romance contemporâneo -; Laura Ramos; 214 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2024, PVP: 16,00€

Para quase todos nós a natureza “simplesmente” está lá, algures no seu sítio, estática, presente; não reparamos nela enquanto andamos preocupados com os estudos, as profissões, os relacionamentos, o estatuto social, as frivolidades... Tal e qual como as personagens de “A ditadura das árvores”, que nem mesmo com os avisos refletiram sobre a natureza, os seus problemas, os abusos que sofre… E não foi por falta de alertas fossem da própria natureza, de uma criança que afirma que as árvores e os elementos falam com ela; de um jovem pastor que lê a natureza como se fosse um livro; ou de um jovem sacerdote, de uma aldeia do interior, que tenta alertar os seus paroquianos para os muitos atentados contra a natureza e contra a humanidade. Tudo foi ignorado, tudo foi alvo de chacota e divertimento. Até ao dia em que as árvores se resolveram vingar...

Livro disponível nas principais plataformas online nacionais e internacionais e na nossa loja online.

Leia ou releia a outra entrevista com a autora aqui.