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quinta-feira, 25 de março de 2021
Nova colectânea em pré-lançamento
domingo, 21 de março de 2021
Dia Mundial da Poesia - Desafios de autores para autores
Terminadas as votações temos vencedores, plural! Os poemas "Brinde à Primavera" e "Nua" tiveram o mesmo número de votos e, sendo nós mãos largas, entendemos não desempatar, pelo que os autores Florentino Mendes Pereira e Dulce Sousa receberão, muito em breve, um exemplar do livro "Desses Poetas por aí..."Parabéns aos dois!Muito obrigada a quem votou e a todos, muitos, que vieram ler Poesia. No próximo dia 10 de Abril, recorrendo ao número da sorte do Totoloto, premiaremos um dos votantes.Próximo desafio: Liberdade (a publicar a 25 de Abril).
No mês da Poesia (e do início da Primavera), os autores foram desafiados a enviar um poema (inédito ou já publicado), para colocarmos no nosso blogue, celebrando, assim, a efeméride.Até 31 de Março de 2021 quem visitar o blogue (Notícias das Nuvens) poderá votar no poema favorito. – Não há limites para as votações, que serão feitas no próprio blogue, nos comentários. (Lembramos que nos nossos blogues os comentários são monitorizados – para evitar spam, vírus e pessoas desocupadas… - pelo que só depois de aprovados os comentários é que eles ficam visíveis no blogue). Os autores podem fornecer links para o blogue aos seus contactos e nas suas redes sociais.Veja, neste blogue, os prémios a atribuir em:
https://tectonuvens.blogspot.com/2021/03/desafios-de-autores-para-autores-dia.html
https://tectonuvens.blogspot.com/2021/03/desafios-de-autores-para-autores-dia.html
De que cor são os teus olhos, poeta?
- De que cor são os teus olhos, poeta?- São de uma cor que é só minha... Por acaso, sabes qual é essa cor?
- Desconheço...
- Desconhecemos sempre aquilo que procuramos não conhecer, preferindo, simplesmente, supor ou adivinhar.
- Mas, então, e tu poeta? Conheces ou supões?
- Suponho que conheço tão bem a cor dos meus olhos que, às vezes, chego a confundir-me com ela, preferindo, nesses momentos, adivinhar o que me diz...
Um dia...
Primavera 1
Primavera 2
Primavera 3
Nua!
das minhas mãos a paz
leitos de formigas passeando, à procura
da vida, do dormir e descansar,
mas o meu pé é mais forte,
esmaga os carreiros do pentecostes,
esmagando a páscoa das amêndoas,
e amendoeiras em flor.
sou um construtor da desordem, das filas certinhas,
e tenho mãos, capazes
de abater qualquer indício de paz.
caminha que caminha, anda que anda,
são os formigueiros,
que lutam com suas mãos,
(as formigas têm mãos!)
o arranque de viver, o sonho do amanhã.
se cultiva a desordem,
sem parar, sem parar,
se eu fosse formiga, dava as minhas mãos,
às formigas, par a par,
a paz não haveria de se esconder.
QUERO-TE
Quero-te nu
Abraçado a ti mesmo
Esquecido do tempo
Despido da mentira e do medo
Quero-te inteiro
Belo perfeito
Potro bravio
Nas curvas do teu corpo
Quero-te meu
Sem hora
Sem leito
Quero-te ter
Na flor do meu peito
E quero-te ainda
Pl'o alvorecer
Ao meio-dia à tarde
Ao anoitecer
Quero-te sempre
Presente
Dormente na dor
Eterno
Berrante
Doente de amor
Quero-te
Envolto em corais
Pérolas raras
Safiras esmeraldas
Em murais
Em vitrais.
Quero-te nu
E ter-te
Demais.
Margarida Haderer
Abraçado a ti mesmo
Esquecido do tempo
Despido da mentira e do medo
Quero-te inteiro
Belo perfeito
Potro bravio
Nas curvas do teu corpo
Quero-te meu
Sem hora
Sem leito
Quero-te ter
Na flor do meu peito
E quero-te ainda
Pl'o alvorecer
Ao meio-dia à tarde
Ao anoitecer
Quero-te sempre
Presente
Dormente na dor
Eterno
Berrante
Doente de amor
Quero-te
Envolto em corais
Pérolas raras
Safiras esmeraldas
Em murais
Em vitrais.
Quero-te nu
E ter-te
Demais.
ÁUREA GLOSA
Beija-me com teus beijos
Amado meu
No abraço supremo de teu desejo
Onde meu corpo entrelaça o teu
Leva-me tu à tua recâmara sedosa
Aí nos regozijaremos
E do amor nos lembraremos
Da paixão vivida na áurea glosa
Sou morena e agradável
Como uvas são meus seios
Minhas coxas doce afável
Que despertam teus devaneios
Dá-me amado meu, teu perfume
Que eu te dou minha flor
Para te deleitares até ao cume
No intenso rubro do amor
Ilda Pinto Almeida
ÁGUA NUA
Toma-me, ó rio, nos teus abraços
E rega a minha magreza
Eu sou chão aplastado
Que minto e finjo o verde prado
No lamento dos meus cansaços
Minhas entranhas bramam, o abraço
Em teu leito fresco e alongado
Rega-me o ventre já lasso
E fecunda este solo ávido
Sou pragana lançada no sequio
Se não me visitas com teu cio
Quero ser tua predileta
Em teus braços sucumbir
Ser terra grávida a florir
Neste sedutor acasalamento
"Prémio Escriba 2015"Ilda Pinto Almeida
Poema da desilusão
ÁUREA GLOSA
Beija-me com teus beijosAmado meu
No abraço supremo de teu desejo
Onde meu corpo entrelaça o teu
Leva-me tu à tua recâmara sedosa
Aí nos regozijaremos
E do amor nos lembraremos
Da paixão vivida na áurea glosa
Sou morena e agradável
Como uvas são meus seios
Minhas coxas doce afável
Que despertam teus devaneios
Dá-me amado meu, teu perfume
Que eu te dou minha flor
Para te deleitares até ao cume
No intenso rubro do amor
ÁGUA NUA
Toma-me, ó rio, nos teus abraçosE rega a minha magreza
Eu sou chão aplastado
Que minto e finjo o verde prado
No lamento dos meus cansaços
Minhas entranhas bramam, o abraço
Em teu leito fresco e alongado
Rega-me o ventre já lasso
E fecunda este solo ávido
Sou pragana lançada no sequio
Se não me visitas com teu cio
Quero ser tua predileta
Em teus braços sucumbir
Ser terra grávida a florir
Neste sedutor acasalamento
Poema da desilusão
Vim em busca de memórias
e de passado
Encontrei um labirinto
Desafiei o minotauro
Perdi-me de Teseu
Vim em busca de vozes
que pairavam e eram de ouro
Encontrei uma mensagem na garrafa
em papel rude e amarrotado
Antes que te tornes mais
humana e mulher perdida
Encarna o sonho de Ícaro
Voa o mais alto que puderes
Para fugires, cerce
ao arremesso da pedra
Brinde à Primavera
Correio de nova brisa e sol madrugador
Abre sorrisos e gestos de simpatia
Estende alcatifas de sombra e sol
A embelezar vale, montanha e colina…
Regadas com o orvalho de boas vindas
Acordam boninas em raias campestres
Mimos de árvore a cores e harmonias
Erguem casario entre arbustos silvestres…
O Sol levanta-se muito cedo,
A espalhar luz e activar a seiva:
Ganha nova vestidura o arvoredo
E, no pavimento, linda colcha de relva…
E, da colmeia, a laboriosa abelha
Acorda antes do nascer do sol
Toma o pólen e a flor venera…
Insectos e pássaros de cor
Lutam por seus parceiros;
Escolhem o seu o par a primor
E exibem-se, os pares, como eleitos…
Abençoada e original Primavera
Que enche o hemisfério de luz e beleza;
Vestindo-se de folhagem escoteira
Oferta às gentes toda a sua riqueza…
A opulência da Primavera
É vida de todo o planeta
Poupe o homem a sua pureza
Da poluição mortal e incerteza…
Porque escrevo,Nem sei…
Gosto tanto de escrever!
Mais me revelo original
E fé inteira, em Deus crer,
Meu ser é já eternal…
Logo que me determino
Sai o título ex-abrupto;
Logo, as asas de passarinho
A adejar, sem dizer tudo…
Até parece, a luz divina
De cada homem, unidade;
Se a Deus tem por guarida
É já reflexo, da Divindade
Parece que vivo assim
Do Senhor, a infinita paz;
É Ele que mora em mim:
A Palavra de que sou capaz.
Por isso o Verbo Eterno
É fonte inesgotável:
Coração de vida aberto
A quem sente o Inefável.
Cada qual é imagem divina
Riqueza absoluta em seu ser
Da ruindade nunca necessita
Possui tudo quanto é e quer.
Do livro "Poesia aos Quatro Ventos"
Por de trás da tua frágil
Silhueta de mulher
Encontro um ser de férteis desejos
Férteis de âmbitos quereres singelos
Que me comportam para a plenitude da vida
Percorro os sinais do nosso entendimento
Como se os dias fossem
O respirar das nossas almas
Transpirando o desejo
Da nossa ternura efémera.
Agora direi aos quatro ventos
Que não é para admirar
Nem tão pouco para homenagear o nosso desejo
Encontrarei o lugar que dará asas
À nossa existência de encanto.
MARmúrios
A onda do teu ser
Toca em espuma meu sentir
Acaricio a areia húmida
Desenhando letras para apagares
Distendido como o Homem D`Vinci
Receando não saber reincorporar
Hipnotizado pela melodia de teu bailar
De peito em quilha
Mergulho rumo ao futuro
Do que serei sempre
Nadando nu
Regresso com teu verde em meu olhar
Emergindo sem escamas
Ansiando sol
Tua imensidão meu Templo
Teu Deserto minha Igreja
Escrevo em meu peito
Os poemas que reclamas
Em MARmúrios que escuto.
quinta-feira, 18 de março de 2021
Livro em pré-lançamento
PVP 10,00€
256 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2021
Colectânea das crónicas que o autor publica semanalmente no jornal Voz Portucalense. Este volume contém as crónicas publicadas de 2016 ao final de 2020.
Até ao dia 10 há campanhas de pré-lançamento a decorrer. Para mais pormenores contacte-nos pelo email informacoes@tecto-de-nuvens.pt
terça-feira, 9 de março de 2021
Prémio Narrativa (romance, novela, romance histórico, policial, ficção científica)
quarta-feira, 3 de março de 2021
Joaquim Armindo em entrevista
† Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?
Comecei a escrever muito novo em jornais como o Diário do Norte, Jornal do Centro e fui responsável pelo jornal esboço, proibido pela Comissão de Censura, em 1970 e Jornal de Gaia.† Qual o papel que a escrita ocupa na sua vida?
É fundamental, além de livros e participações em coletâneas, escrevo na Voz Portucalense, O maiato, Notícias da Maia, Maia Hoje, 7 Mergens, Servir en Las Periferias (espanhol) e Almerinda (América Latina)
† Sempre sonhou publicar um livro?
Com este livro já são cinco que dou à estampa.† Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o seu livro nas mãos?
A sensação é de o meu dever estar cumprido e ter publicado as minhas ideias, sempre por um mundo melhor.† Tem algum projecto a ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de escrever?
Sim, editar mais um livro de poesia e a primeira parte da minha tese de doutoramento.† Fale-nos um pouco sobre o seu livro:.
O livro agora publicado é uma compilação de crónicas, publicadas no jornal VP, nos últimos cinco anos.
† Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?
O “amor de mar” livro de poesia, porque sai de dentro e explicamos por palavras e imagens não muito comuns.
† Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro? O que acha mais apelativo no seu livro?
Para quem estiver interessado em saber mais sobre os caminhos da Igreja e ter uma imagem atual e disruptiva.† Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?
Gosto de passar eu mesmo.† Qual o papel das redes sociais na vida e na divulgação da obra de um autor? E na sua?
Muito, gosto de partilhar o que escrevo, mas não sou um escritor ou poeta, sou uma pessoa que gosta de escrever, pelo prazer e talvez por trazer ideias disruptivas.
† Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
Livros sobre Sustentabilidade, Religião, romance, poesia, Desenvolvimento Integral Humano e Ecologia nas suas vertentes: economia, ambiente, cultura e coesão social.
† Nos últimos anos, para além das crónicas, que já vão no segundo volume, e do seu livro de poesia, também tem participado nas nossas colectâneas de poesia, de contos, mas também nas de contos infantis. “Pirilimpãopum” deu nome a uma dessas colectâneas, um conto que continua a ser muito referido e foi um segundo lugar na votação do público, mesmo colado ao primeiro. O que tem a dizer da experiência de escrever para os mais novos?
“Desafio que me foi deixado pela Tecto de Nuvens foi escrever contos infantis, que pensava não ter a suficiente interiorização. O "Pirilimpãopum", foi o primeiro e não me dei mal, apanhei o gosto de escrever para crianças, assim a editora promova outras edições.”
terça-feira, 2 de março de 2021
Desafios de autores para autores: Dia Mundial da Poesia
Os poemas são de tema e estilo livre. Os poemas devem chegar-nos até às 18 horas do dia 20 de Março, que é para termos tempo de os organizar no blogue.
Até 31 de Março de 2021, quem visitar o blogue (Notícias das Nuvens) poderá votar no poema favorito. – Não há limites para as votações, que serão feitas no próprio blogue, nos comentários. (Lembramos que nos nossos blogues os comentários são monitorizados – para evitar spam, vírus e pessoas desocupadas… - pelo que só depois de aprovados os comentários é que eles ficam visíveis no blogue). Os autores podem fornecer links para o blogue aos seus contactos e nas suas redes sociais.
O autor do poema mais votado receberá um exemplar do livro “Desses Poetas por aí – Colectânea de Poesia – ”.