Como temos vindo a anunciar, no passado dia 22 de Julho, o autor Joaquim Armindo lançou mais um livro, desta vez uma combinação de Poesia e de Textos: "a florzita amarela".
Fale-nos um pouco sobre o seu novo livro.
O meu último livro “a florzita
amarela” é um livro de poesia e alguns textos. Divide-se em 4 secções, uma de
poesia, outra uma série de crónicas escritas para o jornal “Servir en las
Periferias”, espanhol, dirigido ao universo latino americano e espanhol e
português sobre o diaconado e a igreja, uma outra uma série de textos escritos
em alguns tempos e por fim alguns textos das minhas intervenções quando tinha cerca de 15 -16 anos de idade.
Indique as razões pelas quais aconselharia
as pessoas a ler (ou dar a ler) o seu livro?
Penso que os temas são muito atuais e
abrangem um conjunto de opiniões sobre o caminho da igreja e o seu sínodo,
nomeadamente a ordenação de mulheres e o celibato obrigatório, assim como na
poesia se “canto” o que me vai na “alma” faço-o com os outros e com as outras,
com o meu povo, só isso daria para ler o livro. Mesmo para aqueles não
interessados na igreja os textos considero-os “fraturantes” e poderão verificar
outros pensamentos existentes na igreja de hoje, inerentes à nossa sociedade.
Este livro tem alguns inéditos e alguns
textos mais recentes, mas, à semelhança do anterior (“um barco nas ondas do
mar”) também tem textos bastante mais antigos, viajamos até à sua adolescência
e juventude. É importante esta recolha de textos e o percurso, enquanto autor e
enquanto homem, que esta recolha permite? Este recordar das origens e posterior
evolução é mais pertinente para o leitor ou para o autor? Ou para ambos de
igual forma?
É
importante não só para mim, mas para a história dos tempos, para se sentir como
se pensava naqueles anos e qual os pensamentos, mas também para a construção de
uma identidade, sem dúvida minha, mas, também, de todo o percurso evolutivo da
consciência coletiva.
Olhando para trás, via este percurso, as
grandes causas continuam as mesmas? Há alguma atualidade mesmo nos textos mais
antigos? Ou o mundo e as suas causas evoluíram num sentido inesperado? E nesse
caso, melhor ou pior?
Há, sem dúvida, uma evolução dos
pensamentos, muito positiva, mas acredito que ela só existe porque existiu um
pensamento prático teórico e uma prática de uns tantos a favor dos demais. As
causas por que nos debatíamos em tempos passados não são as mesmas, mas o
radical delas ficou, por isso é importante a luta agora, nestes tempos em que
parece termos um “regresso ao antigamente”, como verificamos com o “venturismo”
e em alguns aspetos pela hierarquia da igreja católica romana, que nos forçam a
“sair para a rua e gritar”.
Tem mais projetos para estes géneros
literários? Livros? Atividades?
Sim,
certamente, um livro estou a preparar para 2025, se tudo correr bem. Quando sou um “diácono desempregado” por
força do querer do senhor bispo do Porto, existirão condições para a minha voz
se ouvir. Há um jornal que me solicitou uma entrevista sobre isso, mas, como,
para falar verdade, haveria muitas pessoas em jogo e as minhas declarações
seriam prejudiciais às igrejas vou-me contendo…até um dia.
As minhas atividades referem-se à
escrita, escrevo em vários jornais e uma rádio brasileira. Temas como digo
“fraturantes” na sociedade e na igreja e, por isso, incomodativos.
Pode encontrar mais informações sobre o livro aqui.
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