Os desafios de Poesia têm, desde já, a recepção aberta com o prazo a terminar ao final do dia 20, quinta-feira. Estarão online no dia 21 de Março, data em que as votações abrirão (serão encerradas a 15 de Abril, 2025).
O tema é livre, mas quem quisesse poderia assinalar o Dia da Mulher.
Os textos não têm premio especial, serão avaliados juntamente com os outros, mas, por graça, levam esta imagem e ficam, desde já, disponíveis.
Lembramos que do dia 21 de Março e até ao dia 15 de Abril teremos uma votação a decorrer para encontrar o poema favorito dos leitores.
Como habitualmente, as votações serão feitas usando a caixa de comentários (já sabem que tem moderação pelo que os comentários/votos não ficam visíveis de imediato), não há limite para o número de vezes que podem votar ou em quem votar, apenas se espera algum bom senso (e apesar de aceitarmos que no blogue as votações ficam anónimas, só validaremos os votos após recebermos por email a identificação do votante e forma de contacto, assim que lhe atribuirmos um número).
O autor do texto mais votado escolherá do nosso catálogo de Poesia exemplar do livro que mais lhe agradar; e o mesmo sucederá com o comentário/voto sorteado de entre os votantes identificados.
como maria sobe a chorar,
vendo o seu filho morrer,
também todas as marias,
as mulheres de todo o mundo,
seja este o seu nome ou não,
sobem os pedregulhos da vida,
vendo morrer, os seus filhos, os seus netos,
nas guerras que os senhores
do dinheiro inventam
e invadem as fronteiras dos países.
sem habitação, com fome, esventrados,
caiem no chão da indiferença humana,
quais eucaliptos sem água.
mas as moliceiras nos seus barcos,
de água corrente,
não morrem e lutam
como só as marias o sabem,
por nós, todos e todas,
sem as amarrações constantes,
dos mares da vida.
neste oito de março do ano de dois mil e vinte e cinco,
saboreemos as ondas do mar,
trazendo consigo as marias,
do meu Portugal,
de todo o mundo habitado,
para erguermos os sons dos passaritos,
anunciando o tempo novo,
onde os cativos dos poderes,
políticos ou eclesiásticos,
ou culturais e ambientais,
mas também sociais e económicos,
não mais encontrem sorvedouros das luas e do sol.
só as marias o sabem fazer!
joaquim armindo
8/3/2025
Como tu te sabes doar!
Amas, amas sem medida!
Na profissão ou no lar
Sempre pronta a trabalhar
Amas, geras dando vida!
Tens sonhos e não descansas
Jamais aceitas um não!
Não desistes, não te cansas!
Adversidades! Andanças!
Procuras a solução!
Lutas pelo teu ideal
Força tens! Determinação!
Como tu, não há igual!
Nada te enreda afinal
Que grande teu coração!
Pareces frágil! És forte!
És criadora de vida!
Não acreditas na sorte
O trabalho é o teu “Norte”
E não te dás por vencida!
O mundo em homenagem
Sabendo-te mais-valia
Enaltece a tua imagem
Mulher! Mãe coragem!
És fonte de alegria!
Dulce Sousa
(1) Dádiva
Era madrugadaquando te conheci.
Um rosto frágil
De olhos imensos.
Uma emoção desconhecida,
Avassaladora.
Um amor tão forte,
Imediato,
Que nem sabia possível.
Nunca poderei esquecer aquela noite.
Nunca, até então, me sentira tão feliz por ser mulher.
Estavas nos meus braços,
Junto ao meu peito.
Abracei-te com ternura.
Cheguei o meu rosto ao teu.
E agradeci a Deus
Pela maior dádiva da minha vida.
Amo-te, filho!
Lígia Dantas
Fevereiro 2025