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terça-feira, 25 de novembro de 2025

Desafios de autores para autores: Calendário de Advento

 E já nos últimos dias de Novembro reciclamos um clássico...




Calendário de Advento


Muito populares, em vários formatos, com diferentes ofertas, são daquelas tradições universais e intemporais.
O que propomos de 1 de Dezembro até ao dia 23 é ter prendinhas para os leitores do blogue. Em qualquer dia podem enviar-nos um texto (poesia ou prosa); um pensamento, um desenho, uma fotografia, etc., alusiva ao Natal. Os trabalhos serão colocados à medida que chegarem e as participações são ilimitadas. A vossa criatividade e espírito natalício serão o limite: se acabaram de decorar a casa e acham que esta merece uma foto, pode ser essa a vossa contribuição do dia. Também podem fotografar os vossos doces de Natal; partilhar um pensamento, uma ideia daquele dia...
Se conseguirem fazê-lo com qualidade para partilhar também podem fazer participações em vídeo e áudio.
Podem participar quantas vezes vos apetecer.
De um modo completamente aleatório, vamos escolher uma participação para receber uma prenda. Se houver comentários, usando o mesmo método que para as participações, escolheremos também um para uma prenda, desde que o autor do comentário nos forneça um endereço de email válido.

Colocaremos os trabalhos a partir do dia 1 de Dezembro, sempre que houver trabalhos novos.
Os trabalhos serão colocados por ordem de chegada, independentemente do dia, do autor ou do número de participações do mesmo.

Agora as prendas...


Os comentários vão estar abertos, nos termos habituais (são moderados, pelo que têm que ser aprovados antes de serem visíveis, o que pode demorar algum tempo, não vale a pena repetir o comentário, aguardem por um horário mais consentâneo com o expediente para verem se está publicado - por favor, alguma pena pelos humanos que vão ter de validar comentários entre compras, cozinhados e, esperemos, comer rabanadas e afins com a família...-), podem expressar a vossa predilecção por algum dos trabalhos ou fazer um comentário que vos pareça pertinente. De 10 em 10 dias: 10, 20 e 30 sortearemos um dos comentários para receber uma prenda (só entram no sorteio os comentários entrados nesse intervalo de tempo e devidamente identificados). Por esse motivo é pertinente deixarem ficar um endereço de email para poderem ser contactados (se não desejarem que ele seja visível, basta escreverem isso no vosso comentário, guardaremos o endereço para contactar em caso de prémio, mas apagaremos o endereço na postagem do comentário) - terão depois de estar atentos ao vosso email para nos fornecerem a morada para onde enviar a prenda.
Fechamos a recepção de trabalhos no dia 23, ao meio-dia, e os comentários no dia 31 de Dezembro, 2025. Tanto os trabalhos como os comentários serão numerados e vamos usar o número da sorte do totoloto do dia 10 de Janeiro de 2026 para atribuir o prémio entre todos os participantes e um outro prémio a sortear entre todos os comentários (ao sorteio, habitualmente, irão os números iguais ao sorteado e todos aqueles que tiverem a mesma terminação).

E as prendas são:

SURPRESA!!! - (na melhor tradição dos calendários de advento) para os sorteios aos comentários dos dias 10, 20 e 30 de Dezembro.

O prémio a sortear em Janeiro será igual tanto para o autor como para o votante e também será anunciado quando começarmos a ter participações.

A participação, com trabalhos e/ou comentários, está aberta a todos. Participe, divulgue, divirta-se e tenha um muito feliz Natal!

Em caso de dúvida pode enviar email para o endereço de onde recebeu este email ou, caso esteja a ver no blogue, pode contactar-nos pelo email informacoes@tecto-de-nuvens.pt

O prémio a sortear em Janeiro será igual tanto para o autor como para o votante: um exemplar de capa dura do livro "Na noite de Natal".


E foi dia da primeira prenda! Após sorteio a prenda surpresa vai para o votante nº 2. Parabéns!
Os votos/comentários entrados de hoje até ao dia 20 serão elegíveis para o sorteio do dia 20.
Os votos deste primeiro segmento voltarão a ser elegíveis para o sorteio de Janeiro 2026.

(7) CASA NATALINA

De laço vermelho, o verde pinheiro
Símbolo de esperança e renovação,
Adorna-o a espinhosa gilbardeira
De brilhantes bagas de inverno,

Salpicadas pela falsa branca neve
A estação e a razão,
A razão da estação, Cristo
Que o Natal ilumine a tua vida

Com amor e paz,
E que a magia desta época
O teu coração agradeça
A porta natalina

Um mundo magico revela,
Luzes brancas e outras coloridas,
Num espetáculo, que encanta.
Bonecos de neve,

Com roupas festivas,
Abrilhantam-lhe a entrada,
Convidando à alegria que a época traz
E a porta rosada,

De janelas de vidro rodeada
E de coroas coroadas…
Apenas um convite à celebração,
À família e à amorosa natalina madrugada

 

Ilda Pinto Almeida
(texto e fotos)



(6) O Anjo do Pólo Norte


Há muitos anos atrás, a Humanidade estava a passar por um período de trevas.
Doenças fabricadas por laboratórios assolavam os Seres Humanos que viviam do medo e tentavam curar-se com ervas.
Esse receio fez desmoronar o espírito de entreajuda entre os povos e gerou muitas guerras.
Ao ver tudo o que se passava na sua bola de cristal, o Anjo do Pólo Norte esperou que a paz voltasse a reinar uma vez que se aproximava o Natal.
Quanto chegou a altura do Advento, o pesadelo que assolava a Humanidade continuava a vivenciar esse maldito momento.
Então, Noa, o Anjo do Pólo Norte, resolveu evocar aos Deuses do Universo que fizessem soprar ventos de mudança acompanhados de Auroras Boreais, para outras latitudes, a ver se os humanos que provocavam essas más atitudes vissem essas cores fenomenais.
Assim foi feito! Os ditadores e outros agressores viram o bailado belo das cores verde, rosa, vermelho, azul, violeta e amarelo.
Como se sentissem hipnotizados, interpretaram o verde como símbolo da natureza e
esperança, que os induziu à renovação e equilíbrio.
Ao visualizarem a cor rosa, ficaram imbuídos no espírito do amor, doçura e carinho,
propagando afetos e harmonia no dia-a-dia.
Já ao sentirem o que o vermelho lhes transmitia, vivenciaram o ferro e fogo provocado a quem eles consideravam como inimigo, mas que afinal eram pessoas iguais a eles, pois corria dessa cor o sangue nas veias de ambos.
Depois veio a cor do céu, o azul, que lhes trouxe a serenidade e paz após terem revisitado o passado com momentos de guerra tão atroz.
Finalmente a cor violeta fez-lhes ver o poder da espiritualidade e na introspecção a que foram induzidos sentiram que é possível viver na Terra sob o desígnio espiritual, em que os bens materiais passam para um segundo plano.
Por trás deste milagre todo, estava Noa, hipnoticamente a fazer o seu milagre durante o Advento e antes de chegar finalmente à Paz e ao verdadeiro espírito natalício. E conforme dita a Lei do cristianismo, a cor violeta durante o Advento está associada à penitência e à conversão, tal como espiritualmente é a cor da cura, neste caso a cura da Humanidade!
Mas o Universo é perfeito e como tal as Auroras Boreais também têm o amarelo.
Associado ao Astro Rei, o Sol, simboliza alegria e otimismo, mas também tem uma
mensagem para a Humanidade: O alerta do perigo de que tudo volte às trevas e ao que se vivia até esse miraculoso Advento.
Mas, Noa continua muito atento! A zelar por nós a todo o momento!



Aníbal Seraphim (texto e foto)

(5) VELA DE NATAL


Naquele Natal, enquanto imaginava como seria o tricotar à luz de uma pequena vela, idealizava as suas sombras dançantes numa parede, e pensei na verdadeira luz que nasceu em Belém há mais de dois mil anos.  
Sussurrei: Ele é como uma fábrica de velas, iluminando corações e almas com esperança e alegria inimaginável, fá-lo sem distinções, velhos e novos, ricos ou pobres, a torto e a direito, desde que as almas o desejem, é claro. Faz o interior das pessoas brilhar como o topo do edifício Chrysler em Manhattan, sem importar, quem é ou de onde vem. Apenas exige que abramos o coração e aceitemos a sua luz.
Mas neste Advento, quando a escuridão parece prevalecer, Ele continua a ser a Luz que brilha mais forte. E pensei:
“Mas porquê Belém da Judeia, uma pequena e humilde aldeia agrícola?
Talvez porque José e Maria tiveram que ir para lá para fazer o recenseamento decretado pelo imperador Augusto, ou talvez porque era um lugar simples e fértil….”
Enquanto trabalhava no meu projeto de tricô, pensei na simplicidade das coisas de Deus:
Um bebé numa manjedoura, não por falta de lugar, mas para simbolizar a humildade. E, eu ali, criando algo com as minhas próprias mãos, sentindo-me realizada, o Natal a aproximar-se, o inverno está a todo o vapor, e cada vez mais mergulhada no meu passatempo noturno, balbuciava querendo entender mais:
Porquê um bebé numa manjedoura? -A grandeza das pessoas está na sua humildade - tagarelei só.  
Devo confessar que não sou especialista em pontos diferentes;) - Envolve lã, tricô e criações peculiares. Mas é uma ótima maneira de relaxar, e até divertir, mantendo os olhos abertos, pelo menos, até às 23 horas.
Depois de tanta azáfama mental, voltei a pensar o porquê das amizades e a reunião familiar.
“Talvez porque Jesus nasceu no seio de uma família. Jesus, Maria e José e todos os amigos que depois  os foram visitar!”
Voltei ao tricô, e já depois da minha engenharia terminada, coloquei  um  pequeno detalhe, um botão em madeira, gravado com with love -IPintoA –
De repente, ouço o som de motores ao fundo, num ruído muito especial. Corri à porta e vi que vinha o Pai Natal a passar de trenó atracado a uma Harley Davidson, acompanhado da academia da polícia da Cidade! Nisto faz um pit stop mesmo em frente da casa, cheio de luzes cintilantes acompanhado por aquele ruido distinto de muitíssimos motores Harley. Foi a visita anual da City Hall, que todos os anos faz uma vénia aos residentes. 
A cada dia que passa a magia do Advento cresce, cheio de alegria, esperança e meditações.
E eu aqui, com a minha imaginação. - Uma vela de Natal – absorvida com o meu tricô, ao mesmo tempo fazendo-me parte dessa época mágica.
Ilda Pinto Almeida


(4) JOANINHA E O MENINO JESUS

Em casa de Joaninha, o espírito natalício começava a insinuar-se antes ainda do fim
de Novembro. A mãe dava a volta aos roupeiros à procura de peças quentinhas que já não servissem, e Joaninha e o irmão juntavam brinquedos de tempos idos, para encher a caixa que haveriam de entregar na igreja. Entretanto, empoleirado no escadote, o pai ia pendurando grinaldas de pequenas estrelas cintilantes nas janelas e fitas doiradas e prateadas por cima da lareira e dos quadros, sem esquecer a grande coroa de ramos de azevinho e pinhas salpicada de sininhos vermelhos à porta de casa. Os enfeites de Natal, coloridos e radiosos, brotavam do caixote de cartão como cogumelos a seguir às primeiras chuvas do Outono; e sobre o aparador da sala amontoava-se, numa confusão à-toa, o presépio.
Montar o presépio cabia a Joaninha, estando o pai e o irmão ocupados a vestir de
festa o pinheiro artificial, e a mãe entretida na cozinha a experimentar receitas de
doces de Natal da avó, enquanto a casa se enchia das notas alegres das canções que
todos conheciam de tempos imemoriais. Montar o presépio era uma grande responsabilidade, porque tinha de ficar bem organizado: os pastores deviam conduzir as ovelhas, os patos estariam a nadar no lago, os reis magos viriam em fila montados nos camelos, e no estábulo, o berço do Menino ficaria ao centro, o burro e a vaca em segundo plano, e S. José e a Virgem logo à entrada para receber as visitas; além disso, era preciso empoleirar o anjo num sítio de onde não caísse...
Era tarefa para uma tarde inteira de domingo! E quando a família se reunia para jantar, a sala tinha um encanto diferente, como se a própria casa respirasse o espírito do Natal. Faltavam ainda duas ou três semanas para as férias do Natal.

De manhã, antes de sair para a escola, Joaninha vinha despedir-se do seu Menino
Jesus, e recomendar à Virgem que o agasalhasse muito bem, porque os dias estavam a arrefecer muito. S. José teria de ir buscar muita lenha para fazer uma boa fogueira! E à noite, Joaninha não se deitava sem se certificar de que o Menino não tinha frio... Talvez tivesse, sem um lençol, sem uma mantinha...
Joaninha teve uma ideia! Dobrando muito bem dobrado um lenço de papel macio,
improvisou um cobertor para o bonequinho de barro, que lhe parecia estar a tremer, e que lhe sorriu assim que se sentiu tão bem aconchegado. Joaninha lançou-lhe de longe um beijinho, e ela própria dormiu como um anjo.
E chegaram as férias, e chegaram os avós para passar o Natal. Não traziam prendas,
porque essas, o Pai Natal haveria de trazer, lá para a meia-noite; mas a avó trazia duas grandes meias de lã que ela própria tricotara – uma vermelha para Joaninha, a outra verde, para o irmão - para pendurar na lareira e a seu tempo encher de guloseimas. E como era macia e quentinha a lã das meias!...
Joaninha teve uma ideia ainda melhor: aproveitando a distracção da família, foi buscar a tesourinha dos trabalhos manuais, e zás!, cortou a ponta da meia vermelha!
Agora sim, o Menino Jesus podia dormir dentro de uma manta verdadeiramente quentinha! Mas à noite, a seguir à consoada e antes da missa do galo, quando o avô
começou a encher de docinhos as meias dos netos, a família soltou uma exclamação
de espanto ao ver espalhar-se pelo chão a parte de Joaninha!
- A meia está rota?! – a avó ajustou os óculos. – Não pode ser! Rematei-a tão bem...
Desculpa, Joaninha, não sei como pôde isto acontecer!
- Eu sei... – embaraçada, Joaninha relatou a sua “proeza”, receando um raspanete
dos pais por ter estragado a prenda da avó; em vez disso, a avó pegou-lhe ao colo e
aconchegou-a a si, sorrindo com a ternura com que só as avós sabem sorrir.
- Fizeste muito bem, Joaninha! Tenho a certeza de que o Menino Jesus gostou muito da prenda que lhe deste! Agora vai juntar os doces, que eu vou coser o pé à meia!
Foi o Natal mais quentinho daquele Menino Jesus de barro.

Ana Ferreira da Silva

(3) SOU NÁUFRAGO

Sou náufrago — e vejo a luz salvadora
Junto ao mar, espelho vivo da lua.
Sempre sonhei um dia ser só tua,
Mas veio a mão severa, castradora.

O meu destino já vinha traçado:
Casar com quem amava outra mulher;
Nunca poderia, enfim, ser feliz, bem-querer —
E o teu caminho tinha-o perdido, cansado.

Fui até ao mar buscar a minha paz;
A areia, confidente eterna e paciente,
E a água fresca a puxar-me às ondas.

E foi no mar que a alma sossegou,
Pois algo dentro de mim murmurou:
Não posso partir agora — é Natal.

Maria Teresa Portal Oliveira


(2) Natal 2025




O Dragão Rebolão e todos os amigos da floresta mágica desejam a todos os amigos
da Tecto de Nuvens (e aos amigos dos amigos dos amigos e a todo o Mundo) um
Natal Feliz, e que a Paz brilhe no vosso caminho ao longo do Novo Ano.
E não se esqueçam do conselho da grande filósofa Raposélia:
“A Paz começa dentro de cada um de vós; tratem de contagiar as pessoas que vos
rodeiam, e em breve teremos a mais bela das pandemias a circular pelo Mundo
inteiro!”
FELIZ NATAL!

Ana Ferreira da Silva
(ilustração e texto)

(1) SEMENTE DE NATAL


I

Natal, és semente de luz feliz e serena,
flor que encanta o tempo ao desfolhar,
Natal, palavra mansa que a noite mantém plena,
livro onde adormeço e volto a sonhar,
odor que embala o peito quando a alma acena.

II

Natal, és pauta viva onde o meu canto se cria,
Um vento doce e alegre que afaga cada emoção,
És brilho que nasce da mais melodia natalícia
És tudo o que brota do teu coração patrício
minha sementinha, fonte eterna de poesia.

Maria Teresa Portal Oliveira


sábado, 22 de novembro de 2025

3º classificado do Prémio Tecto de Nuvens 2025, "A Rainha que trouxe o Sol" , em promoção flash


E cá está a terceira viagem ao mundo mágico da Tecto de Nuvens onde um punhado de cores bem soprado, transforma todo um mundo...






A Rainha que trouxe o Sol; Gabriela Semedo
68 páginas; capa mole; Tecto de Nuvens, 2025
PVP: 8,00€
Ilustrações de Carla Pinto



Uma história encantadora sobre coragem e amizade que atravessa fronteiras.
Isabel nunca imaginou que as suas cores pudessem mudar o mundo, até conhecer Catarina de Bragança, a princesa portuguesa que se tornaria rainha de Inglaterra.
Juntas, enfrentam os medos e nasce uma amizade improvável que une dois mundos, Portugal e Inglaterra, através da arte, da empatia e da coragem.
“A Rainha que trouxe o Sol” é uma celebração da infância, da identidade cultural e da força dos sonhos. Um livro que inspira crianças a acreditarem em si mesmas e convida as famílias a partilharem momentos de leitura com emoção.


PROMOÇÃO FLASH:

Até às 23h59m do dia 24 de Novembro 2025:
8,00€ - 6,00€

Oferta dos portes para Portugal Continental


Pode fazer a sua encomenda enviando email para loja@tecto-de-nuvens.pt

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Um dia com... Julieta em "Agradecimentos"

   "Um dia com..." é uma espécie de página de diário, real ou fictício, aqui cada autor pode fazer o relato de um episódio, fazer uma reflexão, colocar um pensamento, uma foto...

Estará disponível todo o ano, independentemente de outros projectos a correr aqui no Blogue. E está aberto a todos, se tiver algo que queira partilhar, pode enviar para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com indicando no assunto "Um dia com...". Podem enviar quantas participações quiserem.

Por vezes, o dia vale pela chegada a casa, o lar, local de refúgio, porto seguro. Mas a chegada, muitas vezes, implica também o continuar das tarefas e das obrigações, roubando um pouco o entusiasmo pelo "lar doce lar". Contudo, ocasionalmente, boas surpresas aguardam-nos no lar...
A ilustradora Julieta, membro do júri do segundo Prémio Tecto de Nuvens de Conto Infanto/Juvenil, como todos os membros do júri, tem direito a um exemplar de cada livro premiado e um dia chegou a casa e lá estavam todos, a aguardar por ela. Fica o relato.


"Quero agradecer a vossa amabilidade para a oferta que fizeram chegar ao meu lar, chego a casa ao final do dia e vejo no correio estas obras, a vivo e a cores, sentir um livro em mãos é totalmente enriquecedor, visualizando ilustrações personalizadas e tão próprias que me aqueceu o coração
Um muito obrigado a todos pela atenção, gostei imenso do gesto e da oferta, adorei receber em físico estes contos e as ilustrações. Excelente trabalhos dos autores e ilustradores. Os meus parabéns pelas vossas obras tão bonitas.
Continuação de um bom trabalho com muita imaginação e criatividade para todos.
Grata.

Julieta E."



domingo, 16 de novembro de 2025

  E, mais uma vez, o Natal se aproxima e, como tal, é ocasião de apresentarmos a nossa tradicional colectânea de Natal, este ano dedicada ao Conto.




Bem-vindo à Casa do Natal!
Situada no cruzamento da rua das emoções com a avenida das memórias felizes, acolhe, calorosamente, todos os que nela se queiram alojar. Esta casa foi construída com o talento de cada um dos autores e decorada com todo o espírito natalício do designer Hugo Baganha. Não falta aqui luz, calor, brilho e todo o colorido necessário à época.


A Casa do Natal – Colectânea de Contos -; Vários autores;
166 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2025
PVP: 10,00€


A este valor acrescem portes. Encomendas para  Portugal continental de valor igual ou superior a 50€ têm portes gratuitos. Podemos enviar para vários endereços.

Faça a sua encomenda enviando email para loja@tecto-de-nuvens.pt

Livros de Natal

 

Livros para o Natal

Neste Natal não deixe ninguém sem prenda. Os livros de Natal, para miúdos e graúdos, em Prosa ou em Poesia, são uma excelente aposta.

Juntamos todos os títulos aqui, para uma melhor organização. Os livros estão disponíveis na nossa loja online, e em todas as principais plataformas nacionais e internacionais.

Na nossa loja tem a possibilidade de ter os portes grátis em Portugal continental para compras de valor igual ou superior a 50€, tendo também a possibilidade de fazer múltiplos envios e já com os livros embrulhados.

Visite a nossa loja online ou contacte-nos em loja@tecto-de-nuvens.pt para encomendas ou mais informações.

As promoções que possam estar a ser aplicadas a parte ou à totalidade dos livros no momento do seu contacto ser-lhe-ão comunicadas.

Boas Festas!

terça-feira, 11 de novembro de 2025

"Caem as folhas" e "S. Martinho" - Desafios de Novembro - VENCEDORES

 


 Estão de volta os Desafios...

 "Caem as folhas" continua a ser o nome do desafio que anda à volta destas folhas, sejam as das árvores ou outras, que caem e se renovam: Outono, a inspiração, os ciclos da vida, etc.
O desafio voltou a incluir as opções conto (pequeno), fotografia/desenho e a poesia. 
E sendo hoje dia de S. Martinho, também fica uma homenagem ao santo e às tradições deste dia.

Do dia 11  até ao dia 30 de Novembro 2025 estarão abertas as votações para o trabalho favorito. O vencedor receberá um prémio.
Só contaremos os votos dos votantes que se identificarem, podem votar como anónimos mas depois deverão enviar um email para um dos endereços fornecidos e indicando o número que lhes foi atribuído. Os votantes entrarão num sorteio para receberem uma lembrança.

E os prémios...
Vamos oferecer livros! As nossas folhas favoritas...


O autor premiado e o votante sorteado poderão escolher a partir de uma lista que vamos fornecer o título que mais lhe agradar.

Com tudo empatado em termos de participações, foi necessário fazer um duplo sorteio para atribuir os prémios.
Assim, depois de bem remexidos os números, saiu o número 1 para a participação. Sendo assim, a vencedora é a Teresa Portal com o seu poema "Caem as folhas - Folhas Bailarinas". Muitos parabéns à autora!
Novo remexer de números e agora saiu o número 3, desta vez para atribuir um prémio a um votante. Parabéns à Julieta!

Ambas as premiadas vão receber o nosso catálogo de livros de Natal de onde, verdadeiramente, poderão escolher uma prendinha...

(9) Festejando o S. Martinho

C'um caneco
  
Afogado na pinga

TRIpulação de transbordo



Dá cá um beijinho! Não é a mim pá!

Trio que @demira

Aníbal Seraphim


(8) O maior São Martinho de todos os tempos



Já passaram 12 anos, mas não esquecerei o maior São Martinho de todos os tempos.
O crepitar das castanhas e o tinto a pingar das pipas foram um excelente tónico que
aconchegaram o estômago e fizeram o sangue girar mais rápido nas veias.
A boa disposição foi tanta, que às páginas tantas e sem conhecer ninguém estava já
rodeado de amigos a fazer brindes, poses para as fotos, a cantar e dançar numa perfeita harmonia do espírito de São Martinho.
Foi em Penafiel, já nos idos de 2013. Daí para cá tanta coisa mudou e o bicho papão
do tempo faz acelerar na nossa mente que agora as estações do ano mudam mais rapidamente do que outrora, mas, pura ilusão! A vida frenética é que leva a esse estado de alma, e em vez de mantermos a calma, a vida ao redor leva-nos ao frenesim do quotidiano.
Meu rico São Martinho, faz com que respire fundo e volte a saborear tranquilamente as castanhas e degustar harmoniosamente um bom vinho.

Aníbal Seraphim (texto e foto)

(7) HÁ SEMPRE UM AMIGO... OU DOIS

O esquilinho abriu os olhitos negros à luz pardacenta da manhã. Já não era cedo, mas os primeiros frios do Outono, e o calor da toca, não o animavam a sair; no entanto, os seus afazeres – entre os quais a busca de alimentos – convenceram-no a espreguiçar-se e espreitar para fora do tronco aconchegante do seu pinheiro. Uma aragem suave e fresca trouxe-lhe o aroma da terra ainda húmida da chuva tímida da noite – a primeira chuva desse Outono até então demasiado seco.
O esquilito inspirou a plenos pulmões e apressou-se a descer: o chão fofo de erva tenra estava já semeado de cogumelos de variados tamanhos e cores, e dos castanheiros começavam a cair preciosos ouriços maduros com o seu delicioso tesouro de castanhas novas, o que vinha mesmo a calhar, para desenjoar da ementa de pinhas do dia-a-dia. Quando, porém, chegou junto dos castanheiros, deparou com uma meia dúzia de esquilos madrugadores.
- Enfim chegaste! Julgávamos que não querias castanhas este ano!
- Naturalmente quero!
- Então, vai lá acima buscá-las!
O esquilito olhou para cima e suspirou: como eram altos, os castanheiros! Os outros
esquilos desataram a rir e puseram-se a andar com os respectivos carregamentos de castanhas embrulhadas em grandes folhas que o vento espalhara pelo chão.
“Tenho medo das alturas”, disse para consigo o esquilito, sentindo-se desamparado. “Eles sabem disso, e não quiseram acordar-me para poderem ficar com todas as castanhas caídas... Tenho fome! Vou procurar alguma pinha mais ou menos seca, ou talvez prove um cogumelo...”
- Pára! Pára! – uma rabanada de vento empurrou-o para trás. – Esses cogumelos não se podem comer! São venenosos!
- Então...?
- Eu e o castanheiro, vamos ajudar-te. Agarra-te bem ao tronco e começa a trepar. Não tenhas medo, eu vou-te segurando! E não olhes para baixo...
Receoso, o esquilito lá foi trepando, fincando bem as unhas no tronco rugoso.
- Não tenhas medo! – reforçou o castanheiro. – Os meus ramos são muito fortes, e tu és leve como uma pena! Vamos! Hoje hás-de aprender a correr e a saltar de ramo em ramo como os outros esquilos! Não te deixaremos cair!
Pouco a pouco, o esquilito foi-se tornando mais ágil e destemido, e ao cabo de algum
tempo já nem se lembrava de que alguma vez tivera medo das alturas. Como era divertido saltar e voar de ramo em ramo, de árvore em árvore! E como era engraçado ver o bosque de um perspectiva tão diferente! O esquilito trepou, correu e saltou até se cansar, sempre vigiado de perto pelo vento, a postos para o segurar caso escorregasse.
Quando, por fim, desceu do castanheiro, o esquilito deparou com um montinho de ouriços já abertos, que ele próprio fizera cair nas suas andanças e saltitanços lá pelo alto. Muito contente, abraçou o castanheiro e acenou ao vento, agradecendo-lhes pela ajuda preciosa que lhe haviam dado, ensinando-o a ultrapassar os seus receios e a colher o seu próprio alimento.
Ana Ferreira da Silva

(6) Caem as folhas no outono


Os dias cinzentos regressam ao nosso quotidiano para nos fazer lembrar que num passado não muito longínquo os tons verdes exuberantes fizeram as delícias dos passeios ao ar livre. Quantas vezes os fizemos com quem amamos? Como os fazemos agora que essas pessoas já partiram?
Claro que os podemos voltar a fazer na estação do outono, deixando-nos envolver no misticismo de que mesmo sozinhos podemos fazer essa viagem carregados de uma nostalgia de sorriso nos lábios, lembrando-nos desses doces momentos.
As estações do ano servem-nos para lembrar que o Divino, através na Natureza,
mostrar-nos a beleza da vida seja em que estação for.



Aníbal Seraphim (texto e foto)

(5) Caem as folhas


Enquanto as folhas caem, estas cantam:
Volto à terra para renascer!

Julieta

(4) QUADRINHA DE PÉ QUEBRADO

Fresca manhã de S. Martinho,
Estalam castanhas no assador;
Pelo pão e pelo vinho,
Damos graças ao Senhor.
Ana Ferreira da Silva

(3) Caem as folhas - uma mão cheia de folhas

naquela estrada. ou melhor na avenida. por onde passo. quotidianamente. ouço as vozes de suaves folhas. de todas as cores. já sei que estamos no outono. não é pela chuva. mas por estas folhas que nas ruas se vêm. e também nas quelhas. e nas avenidas. soltam-se e pronto. temos o outono. as pedras das ruas. assim como o alcatrão. conhecem-nas. estão habituadas e sensibilizadas para as verem. nascer. e cair. os bebés. e os meninos mais pequenos acham o ouro quando apanham as folhas. de tão coloridas. tão velhas. elas são os caprichos da natureza. da criação. nós também somos criação. por isso elas dão voz à vida. e melodia. sabem que existe um vento que as solta das árvores. como nós sabemos que há um vento que um dia também nos arrasta.
tantas cores. que o nosso alfabeto não conhece. as nossas mãos quando as apanham ficam na liberdade. é que as folhas são livres. contam com o vento. nós não. não contamos com a melodia dos ventos. que sopram. em cada dia da nossa vida. mas estamos a falar do outono. e o outono não é morte. mas vida. trabalhada no nosso dia a dia. por isso o cair das folhas vão ao encontro das nossas mãos. mãos que são acorrentadas. pelo querer dos nossos negócios. as folhas caídas não inventaram os negócios. são libertas.
melodiosas. cantam e dançam. ao som duma música. daquela que vem de dentro. cantam a vida. são concertos de graça. onde não entram entradas. tudo é gratuito. como dizemos ele é de graça. a liberdade passa por aqui. consiste num espetáculo. silencioso. sim. e mais. é repetido todos os anos. encanto e melodia. são renovados todos os caminhos. são autênticos tapetes de folhas. mais que uma mão de folhas. as folhas regressam à terra. dando-lhe vida. alimentam a vida que vem na primavera. 
caem as folhas no outono. como se de uma música se tratasse. o vento compõe as notas. as árvores são instrumentos que lançam os seus acordes coloridos pelo chão. cada folha que toca a terra é um compasso. uma parte desta sinfonia sazonal. onde o silêncio e o movimento se misturam. criam harmonia.
essa harmonia é exemplar. para cada um. ou uma. de nós.
joaquim armindo

(2) JOÃO E ROMEU

Sentado em frente ao lago, parecendo observar os volteios dos patos que descreviam na água círculos graciosos como a agradecer-lhe as migalhas de pão, inclinado para diante com a gola do velho casaco levantada, os cotovelos apoiados nos joelhos e os dedos das mãos entrelaçados, João não observava nem meditava, nem ainda se ocupava de deitar contas à vida. Tinha o olhar fixado num além só de si conhecido, num mundo que já só lhe pertencia na memória, num tempo que guardava como tesouro na arca inexpugnável do coração.
Deitado a seus pés, o fiel Romeu apoiava o focinho ora numa, ora na outra pata, suspirando de longe a longe, ansioso por regressar a casa e ao conforto da sua cesta e da sua manta coçada, que João talhara a partir de um cobertor em fim de vida.
A tarde avançava; o céu límpido adensava-se, reclamando os matizes suaves do crepúsculo. A aragem refrescava e fazia cantar os plátanos do jardim público. Uma a uma soltavam-se folhas de tons outonais quentes, folhas pequenas e grandes, semelhantes a mãos espalmadas.
Para grande aflição do Romeu, João não parecia ter pressa nem vontade de voltar para casa, onde o aguardava o silêncio, um silêncio de ramos nus que nem o vento fazia cantar. Viúvo, com os filhos para longe, nunca a casa lhe parecera tão fria; nem as cortinas de renda, os cortinados de veludo, o cadeirão que lhe conhecia o corpo, ou mesmo a braseira, nada disso o aquecia já. Por isso se deixava ficar por ali, naquele banco que todos os dias o esperava junto ao lago, na vã esperança de que o bulício das vidas alheias o animasse: as crianças a correr, os casalinhos apaixonados, o sussurro dos plátanos, o cantar da fonte do lago, os patos, as rolas... Nada! Nada conseguia devolver-lhe a vontade de viver; nada!...
O Romeu levantou-se e enfiou o focinho gelado entre os joelhos do dono, ganindo baixinho. João despertou da sua letargia e reparou nos olhos húmidos do cãozito, que tremia de frio. À entrada do parque uma matriarca aconchegada num xaile grosso apregoava as qualidades das suas castanhas assadas...
- Tens razão, Romeu. Começa a pôr-se frio... Vamos! Vou comprar castanhas para dividirmos quando chegarmos a casa. Depois instalamo-nos no sofá e dormimos uma sesta a ver televisão antes do jantar. Parece-te bem, amiguinho?

Ana Ferreira da Silva

(1) Caem as folhas - Folhas Bailarinas

Folhas esvoaçantes bailam no ar,
na varanda aberta vão-se abrigar.
Beijam outras, manuscritas,
e fogem ligeiras — sonhos a roubar.
Dançam versos, folhas, rimas,
num rodopio de almas finas.
A escritora sorri, encantada,
vendo o outono em valsa dourada.
Novembro chega em pranto e trovoada,
com ventos de alma apaixonada.
Ela entrega-se ao vento e ao pensar,
deixa-se, leve, no tempo vogar.
E o céu rasga-se em luz e rumor,
raios combatem trovões sem pudor.
As folhas descem, tapete final,
de palavras e cores em tom outonal.

Teresa Portal 


sábado, 8 de novembro de 2025

Novo livro de Ilda Pinto Almeida: "Leonor e o robô Topap"

E para festejarmos tão importante, e pertinente, data como o Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento, 10 de Novembro...

Lançamos o novo livro de Ilda Pinto Almeida:




LEONOR E O ROBÔ TOPAP -Heróis locais – ; Ilda Pinto Almeida

PVP: 9,00€
64 páginas; capa mole; Tecto de Nuvens, 2025


"Esta história promove a amizade e a colaboração.
Mostra como as pessoas e os robôs, a tecnologia, podem trabalhar juntos e alcançar objetivos comuns, abordando a responsabilidade e a ética."

Ilustração de Mariana Manaia.



Leia, ou releia, a entrevista que a autora deu, também a propósito deste livro.


Livro disponível na nossa loja online e nas principais plataformas nacionais e internacionais.







quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Novo livro de Joaquim Armindo: "neste livro onde falamos de ti - poesia -"


Joaquim Armindo está de volta, depois das Crónicas publicadas no início do ano, agora oferece-nos uma selecção (de originais e inéditos) de poemas e textos poéticos.



neste livro onde falamos de ti – poesia - ; Joaquim Armindo
120 páginas, capa mole, Tecto de Nuvens 2025 (Novembro) PVP: 12€

Conjunto de poemas e textos em prosa poética, inéditos e já publicados em obras avulsas, das mais variadas temáticas.
Pintura da capa de Isabel Ribas.



Disponível nas principais plataformas nacionais e internacionais. Encomenda para loja@tecto-de-nuvens.pt

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Votação para o texto favorito do livro "Mergulhei no teu mar " - VOTANTE VENCEDORA-

No passado sábado, dia 1, o sorteio do Totoloto teve como número da sorte o número 6. Não havendo votantes suficientes para o número se repetir, o número 6 foi o premiado.

Parabéns à Ana Carvalho! Muito em breve vai receber o conjunto de duas canecas com a ilustração da capa e 1 conjunto de 10 postais iguais à capa do livro…





Aos poucos, mas bons votantes que votaram, o nosso muito obrigada pela vossa participação.


E começou a contagem decrescente para o Natal!

 

E já cá está ela, já dar conta de que o Natal vem aí...
Pode consultar o nosso folheto de Natal e ver todas as novidades agendadas para este Natal, já para não referir clássicos (livros, canetas, cadernos, canetas, etc., dedicados ao Natal) e muitos livros a preço muito, muito especial.
Para ir estudando e comprando com calma...


Pode encomendar directamente na loja online (terá que aguardar pelo email de confirmação antes de fazer o pagamento - não recebendo contacte-nos por email, por favor) ou enviando email para loja@tecto-de-nuvens.pt.

sábado, 1 de novembro de 2025

Regressam os Desafios: " Caem as folhas" (Outono) + S. Martinho

 



Estão de regresso os desafios e, muito apropriadamente, retomamos com um que fala da mudança de estação. Este é um desafio reciclado (ou renovado, se quiserem considerar o Outono) do anos anteriores. "Caem as folhas" continua a ser o nome do desafio que andará à volta destas folhas, sejam as das árvores ou outras, que caem e se renovam. Podem trabalhar o Outono, a inspiração, os ciclos da vida, etc.

O desafio volta a incluir as opções conto (pequeno), fotografia/desenho e, claro continua a poesia. Podem participar com mais do que um trabalho.
Podem começar, de imediato, a enviar trabalhos. Os trabalhos serão publicados no blogue no dia 11 de Novembro.
E porque o tempo quente se prolongou e como tal só agora nos vamos dedicar ao Outono, escolhemos publicar o Desafio no dia de S. Martinho, um clássico de Outono/Inverno, uma festa com colorido e calor.
Como tal, abrimos também a possibilidade de participações com as populares quadras dedicadas à festividade, combinando assim dois Desafios habituais. No entanto, o Desafio não se fica pelas quadras, pois não é exclusivamente um desafio de S. Martinho. Simbolicamente, o S. Martinho marca uma última oportunidade para festas de exterior antes de entrar o frio e o Inverno. O desafio é, pois, escrever ou sobre os últimos dias de bom tempo ou sobre os primeiros dias de frio, ou sobre os dois, ou memórias de S. Martinho.
Prosa ou poesia, memórias ou ficção. Estilo livre.
Concluindo, a 11 de Novembro 2024 publicaremos textos ou imagens sobre a mudança da estação (simbólica ou literal) em "Caem as folhas" e/ou mais especificamente escrever sobre os primeiros dias de frio ou os últimos de calor com o pretexto de festas como o S. Martinho que marcam a transição da vida do exterior para a do interior. Como bónus para os leitores também poderemos ter quadras de S. Martinho.
Os autores podem escrever/desenhar/fotografar sobre qualquer das temáticas e com quantas participações quiserem. Aceitamos trabalhos até ao final do dia 10 de Novembro.
Do dia 11  até ao dia 30 de Novembro 2025 estarão abertas as votações para o trabalho favorito. O vencedor receberá um prémio (a divulgar aquando da publicação do desafio).
Só contaremos os votos dos votantes que se identificarem, podem votar como anónimos mas depois deverão enviar um email para um dos endereços fornecidos e indicando o número que lhes foi atribuído. Os votantes entrarão num sorteio para receberem uma lembrança, também a divulgar.
E assim, abrimos oficialmente o regresso à rotina e à escrita.
Bom trabalho!

Envie os seus trabalhos para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com


Votação para o texto favorito do livro "Mergulhei no teu mar " - TEXTO VENCEDOR -

E numa votação que pareceu ter mergulhado no esquecimento, os textos nadaram cabeça com cabeça, chegando à meta bem coladinhos, a vitória foi para o poema "A Mãe".  Muitos parabéns à autora, Maria Lucília Teixeira Mendes.

Os nossos parabéns também para as autoras classificadas em segundo e terceiro lugar, respectivamente: Ana Ferreira da Silva e Maria do Rosário Cunha.
E o nosso obrigada a quem votou, estejam atentos ao sorteio do prémio.
Quanto às autoras, brevemente receberão as suas prendas.

1º A Mãe VENCEDOR


2º Rio do Esquecimento                
Os teus lindos olhos

E para ler ou reler, aqui fica o poema vencedor:

A Mãe

 

O mundo era escuro, tão triste, medonho,
As flores sem cor.
E aos seres da terra faltava o sustento,
Força p’ra viver
E então, Deus disse: - “Faça-se a luz!

E a luz brilhou em todo o esplendor.
As flores sorriram em mil tons coloridos
E os animais, livres pelos campos,
De cada iguaria sorviam o sabor

Na terra sem água, dura, ressequida,

A vida murchava ao morrer a seiva
Que a alimentava e a tinha de pé.
Então, disse Deus: - Que se abre o céu!

E a chuva caiu das nuvens fecundas
Em pingas tão longas que se derramaram
Nos campos, nos montes e em cada jardim
Trazendo a vida à morte temida.

Andavam na rua meninos chorosos,

Tão feridos, tão sujos, famintos, medrosos,
Sem calor, abrigo,
Sem qualquer refúgio para repousar.
Então, disse Deus: - Faça-se o amor!

E o amor brotou, tão lindo, tão puro,
Sorridente, terno.
Em jeito perfeito de uma mulher.
A ela correram os meninos do mundo
Pedindo colinho, carícias, ternura,
Seguros p’ra sempre do amor de mãe.

Deus olhou feliz a obra criada

E desceu à terra em corpo de menino
Por querer p’ra si uma mãe também!