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sábado, 1 de novembro de 2025

Regressam os Desafios: " Caem as folhas" (Outono) + S. Martinho

 



Estão de regresso os desafios e, muito apropriadamente, retomamos com um que fala da mudança de estação. Este é um desafio reciclado (ou renovado, se quiserem considerar o Outono) do anos anteriores. "Caem as folhas" continua a ser o nome do desafio que andará à volta destas folhas, sejam as das árvores ou outras, que caem e se renovam. Podem trabalhar o Outono, a inspiração, os ciclos da vida, etc.

O desafio volta a incluir as opções conto (pequeno), fotografia/desenho e, claro continua a poesia. Podem participar com mais do que um trabalho.
Podem começar, de imediato, a enviar trabalhos. Os trabalhos serão publicados no blogue no dia 11 de Novembro.
E porque o tempo quente se prolongou e como tal só agora nos vamos dedicar ao Outono, escolhemos publicar o Desafio no dia de S. Martinho, um clássico de Outono/Inverno, uma festa com colorido e calor.
Como tal, abrimos também a possibilidade de participações com as populares quadras dedicadas à festividade, combinando assim dois Desafios habituais. No entanto, o Desafio não se fica pelas quadras, pois não é exclusivamente um desafio de S. Martinho. Simbolicamente, o S. Martinho marca uma última oportunidade para festas de exterior antes de entrar o frio e o Inverno. O desafio é, pois, escrever ou sobre os últimos dias de bom tempo ou sobre os primeiros dias de frio, ou sobre os dois, ou memórias de S. Martinho.
Prosa ou poesia, memórias ou ficção. Estilo livre.
Concluindo, a 11 de Novembro 2024 publicaremos textos ou imagens sobre a mudança da estação (simbólica ou literal) em "Caem as folhas" e/ou mais especificamente escrever sobre os primeiros dias de frio ou os últimos de calor com o pretexto de festas como o S. Martinho que marcam a transição da vida do exterior para a do interior. Como bónus para os leitores também poderemos ter quadras de S. Martinho.
Os autores podem escrever/desenhar/fotografar sobre qualquer das temáticas e com quantas participações quiserem. Aceitamos trabalhos até ao final do dia 10 de Novembro.
Do dia 11  até ao dia 30 de Novembro 2025 estarão abertas as votações para o trabalho favorito. O vencedor receberá um prémio (a divulgar aquando da publicação do desafio).
Só contaremos os votos dos votantes que se identificarem, podem votar como anónimos mas depois deverão enviar um email para um dos endereços fornecidos e indicando o número que lhes foi atribuído. Os votantes entrarão num sorteio para receberem uma lembrança, também a divulgar.
E assim, abrimos oficialmente o regresso à rotina e à escrita.
Bom trabalho!

Envie os seus trabalhos para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com


Votação para o texto favorito do livro "Mergulhei no teu mar " - TEXTO VENCEDOR -

E numa votação que pareceu ter mergulhado no esquecimento, os textos nadaram cabeça com cabeça, chegando à meta bem coladinhos, a vitória foi para o poema "A Mãe".  Muitos parabéns à autora, Maria Lucília Teixeira Mendes.

Os nossos parabéns também para as autoras classificadas em segundo e terceiro lugar, respectivamente: Ana Ferreira da Silva e Maria do Rosário Cunha.
E o nosso obrigada a quem votou, estejam atentos ao sorteio do prémio.
Quanto às autoras, brevemente receberão as suas prendas.

1º A Mãe VENCEDOR


2º Rio do Esquecimento                
Os teus lindos olhos

E para ler ou reler, aqui fica o poema vencedor:

A Mãe

 

O mundo era escuro, tão triste, medonho,
As flores sem cor.
E aos seres da terra faltava o sustento,
Força p’ra viver
E então, Deus disse: - “Faça-se a luz!

E a luz brilhou em todo o esplendor.
As flores sorriram em mil tons coloridos
E os animais, livres pelos campos,
De cada iguaria sorviam o sabor

 Na terra sem água, dura, ressequida,

A vida murchava ao morrer a seiva
Que a alimentava e a tinha de pé.
Então, disse Deus: - Que se abre o céu!

E a chuva caiu das nuvens fecundas
Em pingas tão longas que se derramaram
Nos campos, nos montes e em cada jardim
Trazendo a vida à morte temida.

 Andavam na rua meninos chorosos,

Tão feridos, tão sujos, famintos, medrosos,
Sem calor, abrigo,
Sem qualquer refúgio para repousar.
Então, disse Deus: - Faça-se o amor!

E o amor brotou, tão lindo, tão puro,

Sorridente, terno.
Em jeito perfeito de uma mulher.
A ela correram os meninos do mundo
Pedindo colinho, carícias, ternura,
Seguros p’ra sempre do amor de mãe.

Deus olhou feliz a obra criada

E desceu à terra em corpo de menino
Por querer p’ra si uma mãe também!