E numa votação que pareceu ter mergulhado no esquecimento, os textos nadaram cabeça com cabeça, chegando à meta bem coladinhos, a vitória foi para o poema "A Mãe". Muitos parabéns à autora, Maria Lucília Teixeira Mendes.
Os nossos parabéns também para as autoras classificadas em segundo e terceiro lugar, respectivamente: Ana Ferreira da Silva e Maria do Rosário Cunha.
E o nosso obrigada a quem votou, estejam atentos ao sorteio do prémio.
Quanto às autoras, brevemente receberão as suas prendas.
1º A Mãe VENCEDOR
2º Rio do Esquecimento
3º Os teus lindos olhos
E para ler ou reler, aqui fica o poema vencedor:
A Mãe
O mundo era
escuro, tão triste, medonho,
As flores
sem cor.
E aos seres
da terra faltava o sustento,
Força p’ra
viver
E então,
Deus disse: - “Faça-se a luz!
E a luz brilhou em todo o
esplendor.
As flores sorriram em mil
tons coloridos
E os animais, livres
pelos campos,
De cada iguaria sorviam o
sabor
A vida
murchava ao morrer a seiva
Que a
alimentava e a tinha de pé.
Então,
disse Deus: - Que se abre o céu!
E a chuva caiu das nuvens
fecundas
Em pingas tão longas que
se derramaram
Nos campos, nos montes e
em cada jardim
Trazendo a vida à morte
temida.
Tão
feridos, tão sujos, famintos, medrosos,
Sem calor,
abrigo,
Sem
qualquer refúgio para repousar.
Então,
disse Deus: - Faça-se o amor!
E o amor brotou, tão lindo, tão puro,
Sorridente, terno.
Em jeito perfeito de uma
mulher.
A ela correram os meninos
do mundo
Pedindo colinho,
carícias, ternura,
Seguros p’ra sempre do
amor de mãe.
Deus olhou feliz a obra criada
E desceu à
terra em corpo de menino
Por querer p’ra si uma mãe também!
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