sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Novo livro em pré-lançamento: "Um cheirinho a Natal"

Porque o Natal chegará, quer o queiram quer não, a Tecto de Nuvens apresenta a prenda que vai inspirar as outras prendas e toda a época festiva: “Um cheirinho a Natal”. 
Aproveitamos o dia 17 de Novembro, Dia Mundial da Criatividade, para incentivar o desenvolvimento de todas as formas de criatividade, em particular a escrita. Será nesse dia que faremos o lançamento oficial desta nossa colectânea de poesia de Natal, até porque, em definitivo, este Natal vai requerer o uso de toda a criatividade para celebrar e espalhar o espírito do Natal.


Um cheirinho a Natal - Colectânea de Poesia de Natal – Vários autores
72 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2020 (Novembro)
PVP 9,00 €

“São muito os sentidos, e as emoções, associados ao Natal e espelhados nos 23 poemas deste livro (com o bónus de mais 2 para que, tipo calendário de advento, possam ler um poema por dia do início de Dezembro ao dia de Natal). 
Neste, inesperadamente, inusitado ano de 2020 os sentimentos dividem-se na mesma proporção do “normal”: o novo e o “clássico”. Queremos o Natal da nossa memória, queremos as nossas tradições; mas também queremos um Natal, nem que seja o tal “novo normal”. (…) Festejem este Natal como  puderem, mas não deixem de o festejar. Feliz Natal!”

Preços promocionais até 17 de Novembro de 2020:

Pack de 10 livros (40% de desconto) = 90,00€ = 54,00€

Pack de 5 livros (30% de desconto) = 45,00€ = 31,50€

Livro com desconto de 25% = 6,75€


Encomendas e pedidos de informação para: loja@tecto-de-nuvens.pt ou pelos telefones 224807820 e 960131916


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Livros de Natal

 


Para uma prenda ou para um miminho especial que oferece a si próprio para ir entrando no espírito da época. Poesia, Contos e Contos Infantis, para todos os gostos, para todas as idades.
Clique no título para ler algumas páginas, entre na loja online para fazer as suas compras, envie um email para loja@tecto-de-nuvens.pt ou procure os livros na sua loja online favorita.
Feliz Natal!





Vamos Celebrar! - Colectânea de Poesia de Natal -; Vários autores,
72 páginas Tecto de Nuvens, 2016
PVP: 10,00€





A Árvore de Natal e o Presépio - Colectânea de Contos - Vários autores;
128 páginas; Tecto de Nuvens, 2017
PVP: 12,00€






Natal, Natais - Colectânea de Poesia - Vários autores
70 páginas; Tecto de Nuvens, 2018
PVP: 9,00€


Uma Pluma no Natal -  e outros contos
-; Pedro Forte
86 páginas, Tecto de Nuvens, 2018
PVP: 10,00€

- Infantil -
86 páginas; Tecto de Nuvens, 2019
PVP: 10,00€

sábado, 24 de outubro de 2020

Desafio de autores para autores: Novembro ("S. Martinho") e Dezembro ("Calendário de Advento").

Com o ano a chegar ao fim e com tanto tempo para usufruir a inspiração do lar, aproveitamos para apresentar os dois últimos desafios do ano.
O desafio de Novembro, simbolicamente chamado de S. Martinho, fica já aberto para a recepção de trabalhos; o de Dezembro, que recebeu o nome de Calendário de Advento, fica apresentado mas mais tarde indicaremos o início da recepção das participações.
E fica já o anúncio, o de Dezembro envolve prendas...

S. Martinho: 

Serão bem-vindas quadras alusivas a esta festa em particular, mas não é exclusivamente um desafio de S. Martinho. Simbolicamente, o S. Martinho marca uma última oportunidade para festas de exterior (é favor considerar todos os outros anos antes de 2020) antes de entrar o frio e o Inverno. O desafio é, pois, escrever ou sobre os últimos dias de bom tempo ou sobre os primeiros dias de frio, ou sobre os dois, ou memórias de S. Martinho.
Prosa ou poesia, memórias ou ficção. Estilo livre.
Recepção dos trabalhos até dia 10 de Novembro (véspera de S. Martinho), colocação no blogue no dia de S. Martinho, 11 de Novembro, 2020.


Calendário de Advento

Muito populares, em vários formatos, com diferentes ofertas, são daquelas tradições universais e intemporais.
O que propomos de 1 de Dezembro até ao dia 24 (de manhã) é ter prendinhas para os leitores do blogue. Em qualquer dia podem enviar-nos um texto (poesia ou prosa); um pensamento, um desenho, uma fotografia, etc., alusiva ao Natal. Os trabalhos serão colocados à medida que chegarem e as participações são ilimitadas. A vossa criatividade e espírito natalício serão o limite: se acabaram de decorar a casa e acham que esta merece uma foto, pode ser essa a vossa contribuição do dia. Também podem fotografar os vossos doces de Natal; partilhar um pensamento, uma ideia daquele dia...
Se conseguirem fazê-lo com qualidade para partilhar também podem fazer participações em vídeo e áudio.
Podem participar quantas vezes vos apetecer.
De um modo completamente aleatório, vamos escolher uma participação para receber uma prenda. Se houver comentários, usando o mesmo método que para as participações, escolheremos também um para uma prenda, desde que o autor do comentário nos forneça um endereço de email válido.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Ilda Pinto Almeida em entrevista II


Voltam as entrevistas e também podem voltar os entrevistados... Com a participação em 3 colectâneas: "As Flores do Meu Lindo Jardim"; "O Baloiço" e "Um cheirinho a Natal" (a lançar no próximo mês de Novembro), com a publicação da edição revista de "Quando o sol deixa de brilhar" e, no mês passado, o lançamento de "Ouro Azul", Ilda Pinto Almeida tem tido um ano em cheio (tão cheio que tem projectos em lista de espera...) em ambos os lados do Atlântico, num ano que começou com um "saltinho" à Austrália!
O trabalho ainda não está concluído e após a apresentação do livro "Ouro Azul" em Portugal, segue-se outra, já em Novembro, a convite da Comunidade Latino-americana (que a agraciou com o título de embaixadora emérita (ilustre) da  dita comunidade "É de mencionar que esta leitura nos faz identificar a similitude de dois mundos tão diferentes, mas tão parecidos em muitos aspectos culturais e sociais. Esta importante ligação e encontro literário, concretizado a partir do seu interesse em conhecer a nossa cultura e identidade, permitiu-nos estabelecer esta ponte e poder apresentar-lhe a si, a quem dêmos o reconhecimento do nome de Embaixadora emérita, a América Latina como um região com uma história e riqueza cultural tão extraordinária (...)").
Assim que a situação sanitária o permita, haverá uma outra apresentação organizada pelo Cônsul português na região onde vive.
Ficam as palavras da autora e artista plástica:


Fale-nos um pouco sobre o seu livro.
Falar de um só livro seria falar de uma só parte do meu percurso. “Ouro Azul” é a parte que faltava ao livro lançado em 2014 com o título “Quando o sol deixa de brilhar” livro este que foi premiado com o prémio Literacidade no Brasil, terceiro lugar, e também com o Prémio Escritor Lusófono por Excelência, em, 2015.
Estes dois livros complementam-se. Foi um trazer de memórias à vida, umas vezes com uma grande gargalhada, outras vezes com uma lágrima no canto do olho.
Falar de “Ouro Azul” é trazer à mesa um tema pertinente. É falar de um povo que partiu, e que continua a partir, da pátria mãe à busca do maná que a terra não teve a ousadia de dar. É a minha história e a história de muitos mais que estão por entre as linhas destas crónicas, em uma mensagem de esperança e realizações.
O meu motivo é levar aos demais uma palavra de esperança e de coragem. Fazer com que os leitores meditem na palavra emigrante e na sua jornada.
Dizer que temos que acreditar nos nossos sonhos e lutar por eles. O facto de “falta de oportunidades”, “um não”, “a circunstância”, não é o fim mas pode ser o começo de um novo projecto.

Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?
Não tenho nada em particular narrado pelas páginas do livro ou nos livros que me dê mais agrado. Todos os momentos descritos foram vividos com grande preocupação, mas também com enorme esperança.

Este livro é uma reedição que precede o que será uma continuação lógica deste livro. Fale-nos deste projecto tanto no seu conjunto como no detalhe individual, já que fez alterações ao primeiro livro. 
“Quando o sol deixa de brilhar" é uma edição revista que era necessária. Era também adequado fazer-lhe algumas alterações, tanto no conteúdo como no seu aspecto visual. Assim, com a editora, em uma pesquisa profunda no todo do volume, chegámos a esta obra que se apresenta agora. Como já mencionei este livro veio à luz há cerca de seis anos e que esgotou.
Quando pensei em escrever os trajectos, as memórias e os abraços em “Ouro Azul”, tive necessidade de trazer à vida o primeiro livro que muitos dos meus agora leitores não tiveram oportunidade de ler e, estou satisfeita por tê-lo feito.

Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro? O que acha mais apelativo no seu livro?
É sempre difícil dizer aos outros o que devem fazer, mas não é difícil dizer aos leitores que este livro ou estes livros são uma mais-valia para as suas vidas. Conhecer a azáfama da vida dos emigrantes que tantas vezes são desconsiderados pelos seus próprios conterrâneos. Por vezes apelidados de palavras que são rótulos, e que os fazem acreditar que não pertencem a lado nenhum, são motivos mais que suficientes para qualquer leitor que goste de literatura que faz bem à alma e alegra o coração, vinculando, também, o conhecimento de uma realidade ainda desconhecida por tantos e até pelos governos que escondem da história estes factos.

O segundo livro deste projecto foi escrito quase a pedido, até que ponto essa pressão dos leitores foi um estímulo ou um obstáculo?
Levei seis anos a ganhar coragem a iniciar, a colocar nas páginas brancas de um bloco de notas algumas das minhas vivências como emigrante. E digo algumas porque há muitas mais que ficaram por partilhar. No decorrer destes anos houve muitas pessoas, leitores do primeiro livro, que me perguntavam para quando o percurso migratório, mas na verdade eu não estava preparada para falar dele. Até que um dia, no meio de tantos relatos de outros que tinham deixado a terra nesta aventura de melhorar a vida, o cozinhado foi começando a formar-se no consciente. Algum tempo foi passando, e depois de muitas anotações e até capítulos/“quadros”, como refere a professora Matilde de Sousa Franco (ao ter a delicadeza de descrever esta obra), inicialmente soltos, é que comecei a interiorizar este meu dever e assim em alguns meses apresento à editora o meu trabalho.

Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?
Deixo o meu estilo para o leitor se pronunciar. Gosto da escrita e gosto de colocar no papel vivências quotidianas, tanto em prosa como em poesia. Além destas tenho o gosto pelas histórias infantis. Histórias sobre o ambiente e contos bíblicos.
Sempre me preocupo em levar aos leitores uma mensagem de fé. Que o melhor ainda está por chegar.
Em “Quando o sol deixa de brilhar” só consegui distanciar o suficiente da minha experiência escrevendo na terceira pessoa; em “Ouro Azul” a minha história (que também é a de tantos outros) aparece em pequenas crónicas (os tais quadros), desse modo o livro pode ser lido/consultado na sequência apresentada ou de modo individual.

Qual o papel actual das redes sociais na vida e na divulgação das suas obras? Onde é que a podemos encontrar?
As redes sociais são o melhor veículo para levar o trabalho de qualquer autor ao público, quando o conseguimos ter do nosso lado. Graças a Deus hoje em dia não ficamos tão limitados à espera do “senhor do jornal”, dos média, à espera da oportunidade. Hoje temos ao dispor vários formatos de divulgação que são preciosos para difundir o trabalho, sou o exemplo disso.Vivo nos Estados Unidos e conseguir que os meios de comunicação comunitários ou além-mar, façam cobertura é um caso de amigos. Dou um exemplo, entre tantos; Em 2018 fui nomeada ao Prémio Anim’Arte 2017, que acabei por receber, e só foi depois de muita insistência, publicado no jornal da Comunidade quase dois meses depois, já depois de ter passado o momento. – Teria sido bom para a comunidade saber disto, gostamos de saber estas coisas, enchem-nos de orgulho e unem-nos (os Estados Unidos é um pais muito grande!). - Mas o que me deixou mais decepcionada foi ser um prémio importante a nível comunitário e até o Consulado português, de então, também ele fechou os olhos. – Hoje em dia, e se calhar até por influência das redes sociais, já há um pouco mais de atenção. - E por aí assim se vão revelando os meios de divulgação comunitários, aqui. Por isso volto a insistir que os novos meios de divulgação que se encontram à disposição de todos devem ser usados com sabedoria e sem medo.
Quero dizer que agora mesmo o mais alto representante dos Estados Unidos em Portugal, o senhor embaixador George Glass, se fez presente à mesa no lançamento do livro “Ouro Azul-Trajectos – Memórias e Abraços”, (que teve lugar em Setembro em Vouzela) a fazer a ponte, do outro lado da minha ponte.
Estava ali, como referiu, uma também cidadã Americana, trazendo à mesa o tema migração, laços e cidadania, e até ao momento não houve uma sequer referência a este facto nas redes sociais locais até ao momento desta entrevista. Concluo que continuo a ser uma emigrante nas palavras escritas, de cá para lá e de lá para cá.
Por tudo isto, as plataformas digitais são ouro na oportunidade de dar publicidade aos autores desconhecidos e não só. É com grande êxito que muitos de nós dão a conhecer os triunfos que vão acontecendo, sem sujeitar o momento, à espera que alguém o dê a conhecer.
Quem tiver interesse pode acompanhar-me em:

No seu livro relata a experiência inicial, na Europa e depois a dos Estados Unidos, a que ainda vive. Os portugueses parecem conhecer razoavelmente a experiência europeia, mas no que diz respeito à americana, exceptuando talvez a do Canadá, parecem saber muito pouco e até quase ignorar a existência dela (a comunidade portuguesa nos Estados Unidos não é assim tão pequena…). Mais acima referiu um quase esconder da realidade e também refere, na resposta anterior, uma falta de atenção. Sabemos que enquanto escritora e artista plástica tem perdido oportunidades por falta de peso da comunidade portuguesa ou pela falta de interactividade da mesma com Portugal e vice-versa. É sabido que a comunidade latina nos Estados Unidos tem um grande peso mas também uma grande actividade cultural. Recentemente foi alvo de uma iniciativa que poderá ter grande impacto na sua carreira, fale-nos dessa situação e o quanto pode significar para si.
Aparecem oportunidades, tanto nas áreas das artes plásticas como na literatura, mas a comunidade portuguesa não participa nos eventos, sou das únicas pessoas que participa, por isso torna-se difícil manter a nossa posição. Há bem pouco tempo tive um convite para um intercâmbio cultural nas artes plásticas pela comunidade latina, mas foi impossível idealizar este projecto por falta de apoios. Também na parte literária é quase impossível ter uma participação activa. Os convites existem, mas sem ter os textos escritos em espanhol a possibilidade de participar é nula. A hispanidade é um país. As traduções não são acessíveis e torna-se um caminho complicado, quase impossível, para os autores de língua portuguesa, residentes, como eu. Precisamos destes leitores (latinos) uma vez que o público que está na pátria não nos conhece.
Fui há bem pouco tempo recipiente de uma honrosa carta de apoio à minha obra da comunidade latino-americana, que fala da conexão ou da importância à relação cultural que venho estabelecendo ao criar ponte entre as duas culturas. Esta carta refere ainda a importância de apresentar esta obra à comunidade Hispânica, uma vez que o tema é comum. Já não é a primeira vez que o meu trabalho é elogiado pelas comunidades latinas, como, por exemplo, a carta de reconhecimento, certificada pelo governo de El Salvador, entregue à Câmara Municipal de Vouzela em 2018, pela altura da homenagem prestada ao meu trabalho desenvolvido fora de portas.
A comunidade portuguesa é bastante grande, mas não é um povo ligado às leituras. Os Clubes dedicam-se mais à cultura popular sem que haja grande vontade às artes. Tenho-me debatido e trazido à conversa este assunto na minha cidade, mas há falta de sensibilidade para esta matéria.
Teríamos que começar pelas escolas de língua portuguesa. Sensibilizar as crianças, dizer-lhes que a cultura portuguesa não é só ranchos e arraiais. Levar até elas o teatro e ensinar-lhes a fazer teatro em português, criando saídas. Levá-las a exposições e incentivá-las na escrita com programas de concursos literários entre escolas.
Portugal para nós está muito longe e ainda somos vistos como pessoas de pouca escolaridade. Mesmo que isso seja verdade, então, apresentem um trabalho de aprendizagem aos que não tiveram a oportunidade de estudar.



Livros à venda na loja online da Tecto de Nuvens; Wook; Bertrand online; FNAC online; Amazon e em diversas outras lojas online internacionais.



Carta de reconhecimento, 2018


Pode ler, ou reler, a entrevista que Ilda Pinto Almeida nos deu Dezembro de 2018 aqui: https://tectonuvens.blogspot.com/2018/12/ilda-pinto-almeida-em-entrevista.html


sábado, 3 de outubro de 2020

Vencedor de entre os votantes do texto favorito do livro "O Baloiço"

Já foi feito o sorteio do Totoloto de 3 de Outubro de 2020 e o número da sorte foi o número 8. Sendo assim, seleccionámos para o nosso sorteio o número 8 e todos os números terminados em 8. O número vencedor foi o 18 e feliz contemplada chama-se Helena Matos.
Os nossos parabéns à vencedora e os nossos agradecimentos aos participantes desta votação. O prémio será entregue muito em breve.

Caneca panorâmica: vista de todos os ângulos


Postal A6
 

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Vencedor do texto favorito do público no livro "O Baloiço"

 Terminadas as votações, os nossos agradecimentos a todos os leitores que votaram, já temos um texto vencedor. Os nossos parabéns vão para Maria Lucília Teixeira Mendes que foi a mais votada com o conto "A menina que voava". O conto "O fabuloso segredo do sr. Bonifácio",  de Pedro Forte, ficou em em segundo lugar e o conto "As travessuras do Nino", de Ilda Pinto Almeida, ficou em terceiro.

Colados ao pódio ficaram "O Mistério do Bosque Amarelo" e "O Baloiço", respectivamente de António Jesus Cunha e Manuel José Martins.
Os prémios serão entregues na próxima semana.
Aos votantes lembramos que devem estar atentos ao sorteio do Totoloto do próximo sábado, dia 3, e ver se o número de participação que vos foi atribuído é igual (ou tem a mesma terminação) do número da sorte.

De um modo geral deixamos ficar aqui a totalidade do texto vencedor, mas dada a extensão do conto deixamos apenas um aperitivo...

A Menina que voava 


  Era uma vez… Uma vez, não. Muitas! Aconteceu muitas vezes!
Ora bem. Se todas as histórias têm que começar por “era uma vez” vamos, então, começar pelo princípio:
Era uma vez uma menina de pernas altas e magrinhas e um grande laçarote de seda branca no alto da cabeça a atar-lhe um punhado de cabelos, ainda louros, que lembravam o repuxo de uma fonte.
A menina vivia numa casa pequenina feita em tabique, porque quando o avô a construiu, ainda não havia tijolos. A casa tinha um quintal pequenino para onde se entrava através de uma porteira em madeira que as chuvas de todos os invernos tornaram carunchosa e cinzenta. Do lado de fora, o alto da porteira ostentava uma ferradura ferrugenta pregada com grandes pregos igualmente ferrugentos e de cabeça dobrada.
(...)
Voou por cima dos caminhos. Voou por cima das casas. Voou por cima dos ribeiros e das poças de água. Voou por cima das árvores e das terras quase prontas para a ceifa. Cada vez voava mais longe! Cada vez voava mais alto! Cada vez voava mais rápido! Sempre de pés juntos, pernas unidas, braços abertos. E, o que era ainda mais admirável, voava sempre de pé! Outra coisa inexplicável: ela era a única que conseguia tal proeza! Mais ninguém era capaz de voar!
(...)
Surgiu uma nova era: a era do amor!
A menina, repleta de vida, sorveu cada partícula de ar puro. Sempre mais puro. Todos enchiam os pulmões. De graça! Os ventiladores enferrujaram e foram para reciclagem. As máscaras desfizeram-se.
E ela voltou a voar. Cada vez mais alto. Cada vez mais longe!...
E nunca, nunca mais voou sozinha.