sábado, 27 de junho de 2020

Vaidosicezinhas VI - As nossas jovens ilustradoras

No livro Pirilimpãopum, de 2018, os autores tiveram "permissão" para usar desenhos dos seus ilustradores favoritos: as crianças da família. Infelizmente, em 2020, por causa do distanciamento, não foi possível aos autores de "O Baloiço" repetir a experiência, que ficará para uma próxima oportunidade.
Este mês, duas das nossas jovens ilustradoras, Emma e Sofia Almeida Piñeiro, voltaram a mostrar o seu talento em Guayaquil no Equador no Projecto COLORI PER LA PACE em representação lusófona.
O COLORI PER LA PEACE é um projecto criado para promover a paz através do intercâmbio cultural entre as gerações mais jovens. A Associação do mesmo nome identificou os desenhos das crianças como a expressão mais genuína para lançar um grito de esperança em todo o mundo.

Citando a babada avô Ilda Pinto Almeida: "Vamos apoiar as artes das nossas crianças!"
E vamos também esperar por mais ilustrações dos nossos jovens talentos.



As nossas ilustradoras no estúdio da avó em Nova Jérsia, Estados Unidos.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Desafio de autores para autores - Especial aniversário da Tecto de Nuvens

Este é um desafio muito especial para celebrar o nosso 13º aniversário (13/07/2007 - 13/07/2020).
Uma vez que temos um nome tão inspirador que só mesmo o céu, literalmente, é o nosso limite, o desafio andará à volta de "nuvens", "céu", "limite" ou "infinito" conforme entendam o conceito de tecto e de céu. Não é necessariamente uma ode à empresa, mas um dissertar sobre o conceito que o nome vos sugere, na sua forma completa ou parcial.
Em prosa, em verso, em foto, numa frase, como entenderem. Pode ser uma memória própria, uma ficção, uma dissertação, uma fantasia...
Podem participar com mais do que um trabalho.
Receberemos trabalhos até ao final de domingo, dia 12 de Julho. Os trabalhos serão publicados no blogue no dia 13 de Julho, dia do nosso aniversário. Durante o resto do mês de Julho ficarão abertas as votações para o melhor trabalho.
Fiquem atentos que brevemente anunciaremos um conjunto de artigos marca Tecto de Nuvens que constituirão o prémio do vencedor (e não, tanto quanto sabemos, não existe nenhum marca ou modelo de automóvel "Tecto de Nuvens"...)-
Bom trabalho!



Prémio: T-shirt Tecto de Nuvens, em algodão, tamanho L; Caneca Tecto de Nuvens (capacidade de 33 cl, vai ao microondas e à máquina de lavar a louça); Canetas Tecto de Nuvens verde e laranja (escrevem a azul); Caderno "Nuvens", pautado; Tapete para rato "Nuvens". Valor combinado do prémio superior a 40€. (Portes por nossa conta).


E, porque é o nosso aniversário, o segundo e terceiro mais votados receberão um bloco de notas Tecto de Nuvens, para que não deixem perder nenhuma boa ideia para um trabalho.


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Novo livro em pré-lançamento


Temos um novo livro em pré-lançamento e com direito a promoção flash. Não perca esta oportunidade!

Encomendas pelo email loja@tecto-de-nuvens.pt

sábado, 6 de junho de 2020

Vencedor de entre os votantes do texto favorito do livro "As Flores do Meu Lindo Jardim"




Já foi feito o sorteio do Totoloto de 6 de Junho de 2020 e o número da sorte foi o número 10. Sendo assim, seleccionámos para o nosso sorteio o número 10 e todos os números terminados em 0. O número vencedor foi o 30 e a feliz contemplada chama-se Julieta.
Os nossos parabéns à vencedora e os nossos agradecimentos aos participantes desta votação. O prémio será entregue muito em breve.





segunda-feira, 1 de junho de 2020

Desafio de autores para autores: INFÂNCIA


Terminado o período de votações, bem animadas, a vencedora foi Maria José Moura de Castro com o poema "Criança da minha Infância".
Os nossos agradecimentos aos votantes e participantes.
O prémio será entregue muito em breve.


Para o Dia Mundial da Criança reservamos o nosso último desafio semanal (a partir de agora, aceitaremos desafios de maior duração): INFÂNCIA.
Aceitávamos fotos, textos, pensamentos, etc.
Fomos agraciados com poesia.
Veja no final do post como votar no seu texto favorito. O prémio será a versão em capa dura do livro que hoje lançamos: "O Baloiço - Colectânea de Contos Infantis -"


Eu não pedi para nascer! 

Quando a tua raiva vem
E caí sobre mim e dói, 
Sinto-me culpada de aqui estar! 
Mas sabes adulto, 
Eu não pedi para nascer! 
Gostava que as tuas mãos 
Fossem penas de ave, 
A pousarem sobre mim. 
Que fossem apenas carinho! 
Que fossem abraços, 
Que fossem laços que nunca… 
Que Eu nunca senti! 
E sinto-me sozinho aqui, 
Neste mundo escuro e frio
Que é uma espécie de casa, 
Uma casa sem ser casa, 
Na qual não pedi para entrar! 
Eu não pedi para nascer! 
Eu só quero crescer, livre. 
Livre deste medo que aperta e dói 
Deste medo de tudo, 
Deste medo de nada! 
Gostava que as tuas palavras
Fossem como bolinhas de sabão 
E voassem pelo ar, 
E não magoassem o meu coração! 
Mas sabes adulto, 
Eu não pedi para nascer! 
Eu só queria um beijo, 
Um abraço apertado, 
Um laço que nos enlaçasse aos dois 
E não nos separasse! 
Eu só queria sorrir, 
Ser feliz, poder ser criança… 
E viver com a esperança 
De poder dizer um dia: 
Eu nasci e é tão bom estar aqui! 

Ana Pão Trigo
(Este Poema de Ana Pão Trigo é dedicado a todas as crianças vítimas de maus tratos e foi escrito em Abril, no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância da CPCJ de Gondomar. https://www.facebook.com/CPCJ-Gondomar-1580036535595549/ )



CRIANÇA DA MINHA INFÂNCIA

A criança que eu fui
Já tem uns bons aninhos.
Se pudesse, falava com ela,
Para a conhecer um bocadinho.
Vejo-a naquela cadeira sentada,
Com sua boneca comprida,
Apetece-me dar-lhe um abraço
E enchê-la de miminhos.
Certamente não pensa em nada,
Nem se preocupa com a vida.
Olha e é fotografada
Com sua boneca querida.
Parece-me um pouco tímida
E até muito sossegadinha,
Se pudesse, fazia-a rir
Com umas coceguinhas.
Entre a criança que eu fui
E aquela que ainda há em mim
Vai uma grande distância,
Mas dentro do meu coração
Jamais morrerá a criança.

Maria José Moura de Castro


Votações: Até dia 30 de Junho de 2020 pode votar no seu texto favorito. O número de votações por pessoa é ilimitado.
Para votar basta usar os comentários, siga as instruções do blogger e depois escreva o título do seu poema favorito. Tome em atenção que os comentários neste blogue são controlados, pelo que pode demorar horas a validar os votos. Saberá que o seu voto foi contabilizado quando este aparecer no blogue com a resposta "voto validado".
Pode aproveitar, se assim o desejar, para deixar um pequeno comentário à iniciativa ou aos próprios poemas, uma saudação aos autores. - Tudo com correcção e educação, de outro modo o voto não será validado.

Vencedor do texto favorito do livro "As Flores do Meu Lindo Jardim"

Terminadas as votações, os nossos agradecimentos a todos os leitores que votaram, já temos um texto vencedor, numa das votações mais renhidas de sempre. Sendo assim, os nossos parabéns vão para Maria Lucília Teixeira Mendes que foi a mais votada com o texto "Aquela Boneca", tendo o seu texto "A mãe noite" ficado em segundo lugar. O texto "A raiz" de António Jesus Cunha ficou em terceiro.
Colados ao pódio ficaram "Praia de Inverno", "Lágrimas" e "As Flores do Meu Lindo Jardim", respectivamente de Florentino Mendes Pereira, Margarida Haderer e Maria do Rosário Cunha.
Os prémios serão entregues ainda esta semana.
Aos votantes lembramos que devem estar atentos ao sorteio do Totoloto do próximo sábado, dia 6, e ver se o número de participação que vos foi atribuído é igual (ou tem a mesma terminação) do número da sorte.
Fica aqui o texto vencedor:



Aquela Boneca
Na Igreja de Figueiredo das Donas


Tem dois bolsos o casaco do meu pai.
Cada bolso tem um lenço;
Cada lenço, uma função.
Desdobram-se em rectângulo
E, com todo o jeitinho,
Entendem-se sobre o chão:
O chão de tábuas da igreja
Ainda a cheirar a sabão.

Junto ao altar dourado e branco
Estende o pai um pra ele
E o outro, estende-o pra mim.
Com devoção ajoelha 
E eu também me ponho assim.
Está o altar enfeitado
Com florinhas de jasmim.

É da Sra. do Rosário o nicho mais altaneiro
Que eu vejo de onde estou.
Ladeiam-na outros dois: o do Menino
E santa Bárbara,
Cada qual mais pequenino.
Cativa-me o Pequerrucho
Com seu vestido albino.

Não se cansam os meus olhos de fitar
Seu vestido de cetim
E a bola azul que tem na mão
Da cor da fita que o prende
E prende meu coração.
Puxo a manga do pai
E chamo sua atenção:


-“Aquela boneca, pai, pode dar-ma, por favor?”
-“Não é boneca, filhinha;
É o Menino Jesus!”
Responde-me enquanto reza,
Tentando fazer-me luz.
Para mim é uma boneca:
Não o vejo com a cruz!...

Repetiam em latim: “ora pro nobis, nobish, nobish…”
- “Bish… bish…bish…bish...
Ia repetindo eu:
A rezar com devoção.[1]
Nessa noite, ó que surpresa!
Que sonho lindo o meu!   
Embalava num cestinho
A BONECA que o pai deu.


[1] Dizia a rir a Margarida Matos: “Tu rezas a chamar os gatos!”