sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Um dia com... "Ilda Pinto em encontros vários"

 "Um dia com..." é uma espécie de página de diário, real ou fictício, aqui cada autor pode fazer o relato de um episódio, fazer uma reflexão, colocar um pensamento, uma foto...

Estará disponível todo o ano, independentemente de outros projectos a correr aqui no Blogue. E está aberto a todos, se tiver algo que queira partilhar, pode enviar para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com indicando no assunto "Um dia com...". Podem enviar quantas participações quiserem.

Ilda Pinto Almeida continua a encontrar-se com os seus leitores e a promover os seus muitos livros ("spoiler alert" está um novo livro, mesmo, mesmo a chegar). Tal como muitos outros autores nacionais e internacionais estão a descobrir, começa a haver um certo cansaço pelas apresentações de livros formais, sempre com a mesma configuração e os mesmos protagonistas (mudam-se as caras, mas os cargos são sempre os mesmos) e tem vindo a optar por encontros informais, com os seus leitores. O sucesso tem sido muito e os pedidos para mais, também.
Ficam aqui alguns exemplos, estes do lado de lá do Atlântico...

Parque (Junho 2024)



Museu do PISC (Maio 2024)





Biblioteca (Maio 2024)



sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Joaquim Armindo, autor de "a florzita amarela", em entrevista

 

Como temos vindo a anunciar, no passado dia 22 de Julho, o autor Joaquim Armindo lançou mais um livro, desta vez uma combinação de Poesia e de Textos: "a florzita amarela".

Neste livro tanto encontramos textos escritos na década de 60, como textos já de 2024, num percurso muito interessante (do jovem de 15/16 anos ao avô septuagenário) do qual o próprio autor nos fala nesta entrevista.  Em comum, a visão do autor sobre a vida e sobre algumas temáticas relevantes para a vida e para a sociedade, com focos que se foram mantendo em comum e que outros que evoluíram.

Mas deixemos que seja o autor o guia deste percurso que é tanto literário como biográfico; Joaquim Armindo, de voz própria e na primeira pessoa:

  Fale-nos um pouco sobre o seu novo livro.

O meu último livro “a florzita amarela” é um livro de poesia e alguns textos. Divide-se em 4 secções, uma de poesia, outra uma série de crónicas escritas para o jornal “Servir en las Periferias”, espanhol, dirigido ao universo latino americano e espanhol e português sobre o diaconado e a igreja, uma outra uma série de textos escritos em alguns tempos e por fim alguns textos das minhas intervenções quando tinha cerca de 15 -16 anos de idade.

  Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler (ou dar a ler) o seu livro?

Penso que os temas são muito atuais e abrangem um conjunto de opiniões sobre o caminho da igreja e o seu sínodo, nomeadamente a ordenação de mulheres e o celibato obrigatório, assim como na poesia se “canto” o que me vai na “alma” faço-o com os outros e com as outras, com o meu povo, só isso daria para ler o livro. Mesmo para aqueles não interessados na igreja os textos considero-os “fraturantes” e poderão verificar outros pensamentos existentes na igreja de hoje, inerentes à nossa sociedade.

  Este livro tem alguns inéditos e alguns textos mais recentes, mas, à semelhança do anterior (“um barco nas ondas do mar”) também tem textos bastante mais antigos, viajamos até à sua adolescência e juventude. É importante esta recolha de textos e o percurso, enquanto autor e enquanto homem, que esta recolha permite? Este recordar das origens e posterior evolução é mais pertinente para o leitor ou para o autor? Ou para ambos de igual forma?

É importante não só para mim, mas para a história dos tempos, para se sentir como se pensava naqueles anos e qual os pensamentos, mas também para a construção de uma identidade, sem dúvida minha, mas, também, de todo o percurso evolutivo da consciência coletiva.

 

  Olhando para trás, via este percurso, as grandes causas continuam as mesmas? Há alguma atualidade mesmo nos textos mais antigos? Ou o mundo e as suas causas evoluíram num sentido inesperado? E nesse caso, melhor ou pior?

Há, sem dúvida, uma evolução dos pensamentos, muito positiva, mas acredito que ela só existe porque existiu um pensamento prático teórico e uma prática de uns tantos a favor dos demais. As causas por que nos debatíamos em tempos passados não são as mesmas, mas o radical delas ficou, por isso é importante a luta agora, nestes tempos em que parece termos um “regresso ao antigamente”, como verificamos com o “venturismo” e em alguns aspetos pela hierarquia da igreja católica romana, que nos forçam a “sair para a rua e gritar”.

  Tem mais projetos para estes géneros literários? Livros? Atividades?

Sim, certamente, um livro estou a preparar para 2025, se tudo correr bem. Quando sou um “diácono desempregado” por força do querer do senhor bispo do Porto, existirão condições para a minha voz se ouvir. Há um jornal que me solicitou uma entrevista sobre isso, mas, como, para falar verdade, haveria muitas pessoas em jogo e as minhas declarações seriam prejudiciais às igrejas vou-me contendo…até um dia.

As minhas atividades referem-se à escrita, escrevo em vários jornais e uma rádio brasileira. Temas como digo “fraturantes” na sociedade e na igreja e, por isso, incomodativos.

  

Leia ou releia a outra entrevista do autor em: https://tectonuvens.blogspot.com/2021/03/joaquim-armindo-em-entrevista.html



Pode encontrar mais informações sobre o livro aqui.

Livro à venda na  nossa online e em todas as principais lojas online nacionais e internacionais.