"Um dia com..." é uma espécie de página de diário, real ou fictício, aqui cada autor pode fazer o relato de um episódio, fazer uma reflexão, colocar um pensamento, uma foto...
Estará disponível todo o ano, independentemente de outros projectos a correr aqui no Blogue. E está aberto a todos, se tiver algo que queira partilhar, pode enviar para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com indicando no assunto "Um dia com...". Podem enviar quantas participações quiserem.
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A promoção do mais recente livro de Ilda Pinto Almeida ("Daniel e a cadelinha Azeitona") levou-a até algumas escolas, uma delas era a da sua infância, outra a da sua adolescência. Na primeira parte falou da visita à primeira, agora foca-se na segunda. Fica o relato do dia e da nostalgia..
Hoje, ainda de férias visitei mais um dos lugares que fizeram parte do meu crescimento escolar. Até parecia as férias das visitas escolares. E por que é que não podia ser?
O trabalho enobrece, mas as férias dão o prazer do descanso, do relaxamento. Servem para muitas coisas como para visitar o que foi deixado. Espero que ao terminarem não se atrasem em voltar. Pois o equilíbrio perfeito para uma vida física e mental passa também por momentos como estes.
Ao contrário dos dias comuns estes passam com excessiva velocidade, dando a ideia que as horas ficam descontroladas em um deslizamento a um futuro acelerado, a uma velocidade que por lei não seria permitido viajar.
A excessiva rapidez que se faz sentir nestes dias, seguramente ultrapassa o permitido pelo desejo de qualquer criatura que exorta o lazer, e não há quem tenha a solução para aplicar coimas.
Nesta sala, outrora a cantina, ao mesmo tempo que servia de salão de estudo, mais uma vez pude reviver um passado.
Sentir o passado, à mistura deste presente, foi uma sensação que me trouxe um certo silêncio por companhia, que não era de todo um silêncio, pois podia ouvir ecos distantes. Podia a memória exalar certos ingredientes tão peculiares daquela época, ou escutar os silvos de emoção nos cânticos de uma Grândola Vila Morena ou até mesmo o grito de liberdade na inocência da idade. E os cravos vermelhos! E o que era isso?
Um tempo que passou e que muitos não conheceram nem conhecem, mas que ficou na minha história.
As memórias!
Foi uma emoção primária a que me bateu, naquele momento, ao entrar no portão deste edifício e me deparo com o seu recreio. Foi essa emoção que tomou conta da minha memória. Na minha lembrança era um espaço gigantesco e não correspondia a essa lembrança.
Revivia, naquele instante, recordações, elas borbulhavam em lembranças, e mais lembranças já adormecidas. Naquele instante, estavam todos naquelas salas, na cantina, no palco que havia no ginásio onde tantas vezes fui atriz. Estava o Z, o J, a L, a M, e por aí adiante. Estávamos todos, nos jogos que se realizavam no ringue, nos bailes de finalistas, etc.
Na entrada, a porta de vidro!
No final os olhos estavam húmidos dessa emoção primária. Satisfação era a o nome da humidade.
Embora o edifício se encontrasse igual, no aspeto e na cor, não hesitei em tirar a fotografia. Não venha por aí a mudar, pois tudo está sujeito a ser mudado, e, aquilo que a memória possa esquecer, fica-me a fotografia para trazer à lembrança esse então.
Escola Preparatória D. Duarte de Almeida, Vouzela
As recordações dos tempos de estudante são, sempre, deliciosas. As diabruras vividas, os namoricos 🤭... enfim, toda uma panóplia de vivências que recordamos com carinho e saudade. Foi muito bom! A escola continua lá...
ResponderEliminarVerdade que esta continua de pé e com ela as memórias que permanecem em cada recanto como se o tempo tivesse parado.
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