"Um dia com..." é uma espécie de página de diário, real ou fictício, aqui cada autor pode fazer o relato de um episódio, fazer uma reflexão, colocar um pensamento, uma foto...
Estará disponível todo o ano, independentemente de outros projectos a correr aqui no Blogue. E está aberto a todos, se tiver algo que queira partilhar, pode enviar para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com indicando no assunto "Um dia com...". Podem enviar quantas participações quiserem.Melissa de Aveiro deu por si confrontada com uma decisão de "estética vs ecologia" que a levou a uma reflexão mais aprofundada sobre o papel do... papel nas nossas vidas...
Podem partilhar com ela, usando a caixa dos comentários, as vossas reflexões.
Quem nunca praguejou, por não ter papel?
Damos mais relevância ao papel quando vamos usar a casa de banho e apenas lá está um solitário, amarrotado e despido rolo de cartão.
Ou quando mandamos imprimir um documento e a impressora avisa, estridentemente, que precisa ser reabastecida de papel.
Ir ao multibanco, pedir o extrato de conta e o mesmo avisar que está sem papel, também causa uma certa irritabilidade!
Certo?
É verdade… como em quase tudo na vida, só damos pela falta do papel quando não o temos.
Não querendo debruçar-me sobre a loucura do papel, durante o Covid-19: quando muita gente assaltou as prateleiras dos supermercados e levou (até hoje não se sabe bem porquê…), packs de rolos de papel higiénico para casa, como se não houvesse amanhã, o papel deve ser poupado!
A 1 de Maio de 2021, a RTP publicou uma notícia curiosa “Crise devido à falta de papel” – alertando para o facto da disponibilidade limitada de papel estar a colocar em causa a impressão de livros, revistas e jornais - ler aqui: https://www.rtp.pt/noticias/economia/crise-devido-a-falta-de-papel_v1402099
Pois bem… confesso que, por vezes, me esqueço que o papel tem como matéria-prima a celulose, proveniente das árvores e que estas devem ser preservadas.
Aquele papelinho que tão facilmente amassamos e deitamos fora, veio de um ser vivo que demorou anos a crescer!
Foi seguindo esta linha de ideias que a Editora Tecto de Nuvens me alertou para esta problemática, enquanto discutíamos a aparência do meu próximo livro a ser publicado.
Eu, numa fútil ideia, tinha-me esquecido de como o conteúdo é bem mais importante que a aparência. Não interessando se o livro fica mais ou menos volumoso.
Se as palavras cabem em menos páginas, poupando papel, é assim que devem ser lidas. Não concordam?
Devemos lutar por um mundo mais ecológico e preservar o ambiente!
Antigamente esculpiam-se os textos em pedras. É uma sorte, atualmente, ainda termos papel! Imaginem o meu bracinho a esculpir um livro inteiro? Um horror!
Que o papel nunca acabe!
Imagem: https://www.americanas.com.br/produto/4853430846/quadro-para-banheiro-que-nunca-nos-falte-papel-30x20cm-preta
Nota: Foi escolha da autora usar esta ilustração retirada de um site de vendas, devidamente assinalado acima. Não é um momento publicitário até porque, ironicamente, a tela em questão está esgotada...
Somos citados na reflexão da Melissa, é nossa política desde a criação da empresa, em 2007 ser o mais ecológicos o possível, sempre fizemos a separação de lixos, reutilizamos (como muitos já terão notado) embalagens para envio; reutilizamos restos de materiais para novos trabalhos; tentamos ao máximo reduzir a nossa (e a dos outros) pegada ecológica evitando deslocações para reuniões presenciais se existe a alternativa da reunião por telefone ou via email. E também insistimos para que não haja desperdício de páginas nos livros (uma posição que defenderemos sempre apesar de, curiosamente, sermos pagos à página) dado ser nosso entendimento que a ecologia não deve ser apenas um slogan ou algo que se usa apenas quando é conveniente).
E muito em breve teremos um mercado do livro para exemplares com defeito ou com menos bom aspecto. - Fiquem atentos ao nosso anúncio. -
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