Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?
Escrever
tornou-se para mim um vício solitário e muito aprazível. Criar e fomentar uma
história que se deseje transmitir, é um privilégio que não se concede a muita
gente. Existe na escrita um tipo estranho de necessidade e conforto.
A
escrita regista o desejo e a necessidade
de comunicar e de me afirmar. Escrever é viajar sem sairmos do lugar!
Permite-me criar. A mente começa a borbulhar de ideias fantásticas e isso faz
de mim um ser criativo e afortunado.
Sim!
Desde muito jovem. Aliás, o 1º. livro que escrevi e mandei imprimir foi o
poemário “Alma que Fala” através de um amigo que na altura era militar
paraquedista em Tancos. Trabalhava na tipografia. Um único exemplar com ilustração
de capa feita também por mim. Tinha 16 anos de idade. Um exemplar que guardo
com especial carinho. Mas foi a partir do ano de 2002 que tudo começou.
Tal
como qualquer obra minha nos diferentes géneros literários já editados: romance
histórico, ficção, conto infantil e infanto-juvenil e poesia, é sempre um
enorme prazer e também orgulho. Nada paga a oportunidade gratificante de
partilhar esta experiência com outras pessoas.
Escrevo
compulsivamente! Para além das obras já editadas, tenho em gaveta um grande número
de manuscritos em diversos géneros literários, sempre na esperança de os
editar. Como tal, há muitos projectos a aguardar a luz do dia. Não consigo
evitar o criar de histórias, e é este o meu desejo: dar vida a todas elas através
da escrita.
Fale-nos um pouco sobre o seu livro.
O
conto “A Caixinha dos Milagres” foi escrito em Agosto do ano de 2019. Ainda
estávamos completamente às cegas sobre a pandemia do Covid 19, sendo que o 1º. caso
na Europa foi em Janeiro do ano de 2020. Na minha infância fui um apaixonado
pelas obras de Charles Dickens, principalmente “Um cântico de Natal”, pelos
contos de Hans Christian Andersen, pelos contos dos irmãos Grimm, entre tantos
clássicos da literatura infantil. Gostava de ler ambientes mágicos e tradições
de contos de Natal. Histórias sobre milagres, histórias repletas de luz, de fé,
de amor, com finais felizes onde o Bem triunfa sobre o Mal. A vontade em
escrever uma obra deste género estava constante nos meus projectos literários e
assim surgiu este livrinho alegórico à época natalícia cheio de emoção a
transmitir valores como a amizade, a empatia, respeito e carinho. “A Caixinha
dos Milagres”.
Existe alguma parte do livro, em
particular, que goste mais. Porquê?
Modéstia
à parte, mas esta pequena obra literária é muito especial. É uma história de
magia, escrita com o coração para miúdos e graúdos e todo o miolo é
interessante e muito delicado. Tenho a certeza que ficará para sempre na
memória de quem o lê.
Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro? O que acha mais apelativo no seu livro?
As
razões são simples: O apego a uma pequena historia que o leitor não vai querer
que o final chegue. A linguagem simples desta obra tanto para crianças como
para adultos e… uma clara reflexão à posição do Homem acerca dos sentimentos. O
mais apelativo no livro “A Caixinha dos Milagres” é a fé, e que acreditar
transforma sentimentos em realizações.
A
escrita descritiva! É onde capturo todos os detalhes de uma cena, de um lugar
ou personagem sobre a qual eu estou a escrever. O meu objectivo é fazer com que
o leitor se sinta como estivesse “dentro” da história.
Sem
duvida que a Internet é uma óptima oportunidade para divulgar livros e a
carreira literária sendo um espaço aberto e de livre acesso onde os autores se
aproximam do seu público. Este é sem dúvida um recurso promissor.
Gosto
muito de ler! Considero-me um leitor de “contemplação”. Isento-me das situações
terrenas para melhor me concentrar na literatura. Procuro o isolamento, o
silêncio, para melhor absorver todo o conteúdo de um belo livro.
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