quinta-feira, 30 de março de 2023

Dia Mundial do Livro - Desafios de autores para autores

 

Cartaz oficial da DGLAB que presta homenagem a alguns autores portugueses, cujos centenários de nascimento se assinalam: Eduardo Lourenço (1923-2020); Eugénio de Andrade (1923-2005); Mário Cesariny (1923-2006); Mário-Henrique Leiria (1923-1980); Natália Correia (1923-1993); Urbano Tavares Rodrigues (1923-2013).

Dia Mundial do Livro

O desafio para este mês é livre, um pequeno texto, com menos de 20 linhas (podem usar uma folha A5 como referência) sobre o que quiserem, seja um livro que vos tenha marcado, um pequeno conto de vossa autoria, um pensamento (que pode vir acompanhado de uma foto tirada por vós); o início de um livro que planeiam escrever (ou já escreveram, mas ainda não publicaram)...
Neste dia, em prosa, celebraremos a palavra escrita como forma de comunicação, de expressão de sentimentos, de companhia, de forma de viajar (pela memória, por exemplo), etc.
Devido à actual leva de censura e purga dos livros de vários autores, foi-nos perguntado se poderiam falar sobre isso num mês em que também se celebra o 25 de Abril. Podem sim, sem censuras... - Lembramos que estas iniciativas não só desvirtuam os textos originais e, como tal, os seus autores, também a liberdade dos leitores está posta em causa, não estão a ter acesso à voz do autor, mas sim de um qualquer censor a decidir pelo leitor o que este pode ou não ler, que ideias consegue perceber e, mais importante, tirando-lhe o direito de discutir o livro tal e qual como o autor o concebeu. -
O desafio terá votação do público e haverá prémios que serão anunciados quando as participações forem colocadas online.

Envie a sua participação para: 

terça-feira, 21 de março de 2023

Desafios de autores para autores: Dia Mundial da Poesia, 2023 - VENCEDOR-

 

O desafio para os autores era escrever  poemas de tema e estilo livre. 

Até 31 de Março de 2023 estão abertas as votações para o poema favorito. – Não há limites para as votações, que serão feitas no próprio blogue, nos comentários. (Lembramos que nos nossos blogues os comentários são monitorizados – para evitar spam, vírus e pessoas desocupadas… - pelo que só depois de aprovados os comentários é que eles ficam visíveis no blogue). 
O autor do texto mais votado receberá um catálogo dos nossos livros de Poesia, de onde poderá escolher um livro . Sortearemos um dos comentários/votos para receber um exemplar do livro "As flores do meu lindo jardim". - Só serão elegíveis para este sorteio os comentários/votos que nos forneçam uma forma de contacto (podem permanecer anónimos no voto, se nos solicitarem isso, apagaremos do comentário o contacto antes de o publicarmos). -



Feito o sorteio do número da sorte do Totoloto de 05/04/2023, saiu o número 13, de todos os votantes com 13 ou números terminados em 3, só validou o seu voto o votante 3, Timóteo Pernas, que é, assim, duplo vencedor. Muitos parabéns!

Estão encerradas as votações, obrigada a todos os que votaram e um agradecimento ainda maior aos autores que participaram.
Os nossos parabéns ao autor Timóteo Pernas e ao seu texto "Lugar vazio". Em breve vai receber o nosso catálogo de livros de Poesia de onde poderá escolher um livro como prémio.
Usaremos o número da sorte do totoloto do próximo dia 5 de Abril para atribuir o prémio a um dos votantes que se tenha identificado. Se votou como anónimo e ainda não forneceu um contacto, tem até ao final do dia 3 de Abril para o fazer.
E agora é tempo do Desafio de Abril!


(6) nem a poesia voa


carcaças dos homens que se dizem de Deus,
amarrados por colarinhos brancos,
são movidos por moinhos de vento,
                                 que giram ao contrário.
as montanhas caíram e as estrelas deixaram de luzir,
o sol ofuscou-se, escondendo-se do caminhar de quem precisa de abortar,
a consciência dos males trazidos, nos mares,
                                  que não são oceanos.
a tragédia é infinda e até as chuvas de inverno se escondem,
no relampejar dos passos incontidos e bafos lancinantes,
do querer esconder os crimes das flores cruzadas nos caminhos,
                                  férteis das crianças nuas a brincar.
tais homens que se dizem da verdade,
são iguais a Herodes na matança das crianças,
levando o pai de Jesus a escondê-lo nos passos estrangeiros,
                                 mas os bem-me-queres não se escondem.
a matança ordenada pelo patriarca,
mais as fugidias tentativas do esconder, sonegando,
não se escondem por entre as tempestades de granizo,
                                  antes dão a conhecer as ratazanas da hipocrisia.
os voos dos pássaros aflitos, por tais abutres,
dão a conhecer os ninhos em se querem entolhar,
e as árvores choram pelas flores que os ventos lhes levaram,
                                  as crianças, Senhor, as crianças.
correr, brincar, barafustar, andar de lá para cá,
partir um vidro, chamar um nome feio, que ouviram dos chamados adultos,
são estes os pecados das crianças, que brincam e jogam à bola,
                                    não se compadecem com afetos mal-amados.
nem a poesia tem vontade de voar,
nem os peixes estão seguros nos mares altos,
nem as florestas podem cantar ao som do vento,
                                  porque eles andam aí de colarinho branco.

Joaquim Armindo



(5) Maria


Vi o rosto lindo e sereno
contemplei-o com alegria
esse rosto de Maria
que me olhava com amor
era doce e tão terno
olhava-me com doçura
que belo era seus rosto
mas com um ar de dor
parecia querer dizer
que é preciso rezar
o sofrimento do mundo
necessita de muito amor.

Adosinda Ferreira Dias



(4) ADN


Seu útero em flor,
Trazia sementes ancestrais
E Almas acorrentadas.
Com raiva de Liberdade.

Seu trisavô fora escravo,
Transportado para a antiga Flandres.
Seu bisavô fugira para o Norte de África.
Seu avô, em fuga,
Alto e forte como um trovão,
Adoecera e fora acolhido pelos elegantes guerreiros Masai.

Apaixonara-se e engravidara
Uma bela jovem e esguia.
Pelos costumes foram banidos.
Tiveram o primogénito na África Central
E a filha na Serra Leoa.
Ludovina nascera já no Congo, em Kinshasa.
Fora virgem e menina trabalhar
Para casa portuguesa.
O sr. fez-lhe quatro filhos.
Um rapaz, três raparigas.
A sra. obrigou-o a perfilha-los.
Duas vieram estudar para Lisboa.
Tornaram-se enfermeiras.
Uma casou outra nunca.
Ivonne era de uma imensa cultura,
Bela, bondosa, desapegada de bens.
Enfermeira chefe parteira,
Lia e escrevia.
Cabelo alisado e mulata clara.
Casou com um branco alto de antiga família.
Deu à luz um belo rapaz branco de olhos verdes.
Veio a falecer da segunda gravidez.
Sobreviveu a menina.
Igualzinha ao irmão mas mais escura e
De olhos amêndoa.
Foi ícone da miscigenação.
Deixou um vazio eterno
No marido e no filho
E uma falta desconhecida na filha.
Bastos Vianna


(3) “LUGAR VAZIO”


Entraste… saíste… sonhaste… voltaste…
Quiseste… voaste… desejaste…
Estiveste onde? Perguntei-te eu…
Mas tu nunca me respondeste!
E, no entanto, o teu lugar continua vazio.

Foste mais longe: choraste…
Mas nunca me disseste o porquê?
E eu na expetativa: urgia,
No envolto silêncio que nos envolvia.
Eu, simplesmente sentia-me só,
Porque tu nunca te revelaste
E, nunca me deste espaço para te amar,
Porque simplesmente o teu lugar continua vazio.

Mas, em mim algo gritava,
Algo em mim tentava explodir
Porque tu nunca te propuseste revelar teu mistério,
E, eu continuava carente, na expetativa:
De um amor sonhado um dia!
Porque simplesmente, o teu lugar, ainda continuava vazio.

Gritei, rasguei meu peito nas ondas do mar,

Rebelde eco de um novo nascimento
Em que o som se revelava no batimento de nossos corações!
Crentes irmãos de alma e de coração…
Sangue após sangue, do mesmo sangue,
Onde tu te revelaste a mim
E, em segredo me estendeste a mão
E, sorrindo um para o outro, sentimos nela o vazio do vento,
Que se emaranhava na terra batida de nosso olhar…
Porém, o teu lugar ainda estava vazio.

Disse ao silêncio: és meu amigo!
E, à música: és minha companheira!
Porque nesta estrada de longo caminho
Aprende-se a discernir tudo o que de bom
O mundo tem para nos dar, e nós ao mundo!
E, se eu ao teu corpo ceder,
Até o meu coração correr sem parar,
Faz-me nos teus braços, encontrar o meu lugar!
Vejo no céu o horizonte, no mar o desejo
Quando olho a tua boca, pretendendo dar-lhe um beijo…
Deixando para trás meu lugar
Em que apenas repousa o corpo de uma alma nua!
Porque à lua entrego as lágrimas de meu coração
Na esperança que ela me ouça, e me tenha por irmão…

Timóteo Pernas

 


(2) OS MEUS SENTIMENTOS, HOJE


Hoje, novo dia de 93 anos
Sequência de uma vida de fé;
Sou bafejado de dons soberanos
Da luz do Além sem ver quem é…

Docilidade à minha mãe, prudente,
Analfabeta, sem medo dos doutores
Não se acobarda jamais dos lentes
Com humor, paladar multi-sabores…

Incarnei um pouco o ser da minha mãe
Até a fé adulta de transferir montanhas;
Viver humilde, pobre a aprender também
Com o vai-vem de mentes mais profanas…

Há na vida misteriosa solidez
De que o humilde vive nesta esfera
Sabe discernir com justiça a sua vez
Egoísmos afáveis em disfarce na terra…

Tanta vez ou sempre em último lugar
A sobremesa de homem virtuoso;
Discernir em paz e em paz contemplar
A íntima corrente a adoçar o seu gosto…

Infinita paz, viver sem ambições
A consciencializar do mundo o egoísmo
Quem é o maior? Jesus às multidões: -
O que sabe viver como simples menino…

Florentino Mendes Pereira
26-10-2022


(1) O MEU ESTILO DE SER


Na etapa de plenitude de ser
Parece que a gente me pertence
Falo sempre em tom de aprender
Noto que o povo me desconhece…

Até na idade bem avançada
A sensação que vivo cada dia:
A morte é a meta aguardada
E já não me sinto preso à vida…

Por isso cresceu de vez a liberdade
Incapaz mais do que nunca de agir mal
Natural, não sou imune à maldade,
Sinto-me, porém, incapaz de a incarnar.

É esta a base da felicidade e sorriso
Da abertura a toda a pessoa humana
Com todas me expando falo e brinco
E deixo-a feliz; sente que é soberana…

Florentino Mendes Pereira 
28-10-2022


Esperamos que as leituras tenham sido do seu agrado. Não se esqueça de votar e de divulgar esta iniciativa.
Já sabe que os comentários estão sujeitos a moderação, motivo pelo qual o seu comentário (ou voto) não aparece de imediato. Não precisa de continuar a enviar por ainda não ter aparecido no blogue.
Por favor, certifique-se de que está a comentar na postagem correcta, apesar de frequentemente o fazermos, não temos qualquer obrigação de transferir os comentários para as postagens pretendidas. Antes de escrever na caixa de comentários, verifique se logo acima encontra este texto e os textos dos participantes, se não os consegue ver, não é a postagem correcta, e também não o é se não tiver mais comentários. Muito obrigada.

terça-feira, 14 de março de 2023

Novo livro em pré-lançamento: "Memórias da Escola - de aluna a educadora -, de Maria Lucília Teixeira Mendes

 


Memórias da Escola; Maria Lucília Teixeira Mendes

156 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2023. PVP: 13€

De todas as memórias que marcam a nossa vida, sem dúvida as da escola ocupam um lugar muito especial, em particular quando se esteve dos dois lados da carteira…

A autora esteve desses dois lados (…)

São memórias dela, que também são nossas (…) que nos ajudam a pessoalizar a História (…) Rimos e choramos, ansiamos e celebramos, junto com a autora todas estas experiências, todas estas memórias.



No dia 26 de Março de 2023, Dia do Livro Português, vamos lançar mais um livro com as sempre muito vívidas memórias de Maria Lucília Teixeira Mendes. Desta vez focou-se nas suas vivências tanto como aluna como, mais tarde, como educadora. É um conjunto de histórias muito interessante, algumas inéditas, outras já publicadas e premiadas nas nossas colectâneas. É uma viagem pelo tempo e por várias partes do país, sempre muito marcante, muito inspiradora e simultaneamente clássica e actual.

Aproveite para fazer esta viagem por tão fascinantes memórias e depois, se lhe vier a inspiração e a generosidade, partilhe-as aqui.

Entretanto, e em antecipação à efeméride, não perca a oportunidade de ter já um exemplar (ou mais) do livro a preços muito especiais.


Compre 1 exemplar por 13€ 10€ ou 5 exemplares por 65€ 48,75€ + Portes

Ou

Por apenas 13€ compre o livro “Memórias da Escola” e receba grátis o livro “Memórias de Almendra”. 22€ 13€ + portes



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Em compras, após descontos, no valor igual ou superior a 50€ oferecemos os portes para Portugal Continental.


Todos os pedidos de compra devem ser endereçados para loja@tecto-de-nuvens.pt até ao final do dia 25 de Março de 2023.

Passatempo "Memórias da Escola" - VENCEDOR

 A propósito do novo livro de Maria Lucília Teixeira Mendes, deixamos aqui um desafio, que é também um passatempo. Até 15 de Abril de 2023 pode fazer (usando os comentários) a sua participação. Se não se quiser identificar e deixar um contacto logo com a participação, aguarde que a sua participação seja numerada e depois envie-nos um email com a informação em falta.

Partindo do princípio de que a falta de participação se deve, não à falta de memórias, mas à falta de conhecimentos para colocar a participação nos comentários, vamos também abrir a possibilidade de nos enviarem as vossas memórias por email (geral@tecto-de-nuvens.pt e tectodenuvens@hotmail.com). E vamos alargar o prazo até 30 de Abril 2023.
Há prémios à espera...

Parabéns Gina Cardoso por um comentário tão sentido e tão de encontro ao livro que também ele reflecte as duas faces do ensino: quem aprende e quem ensina.
Vai receber um exemplar deste livro e, para matar saudades, material escolar... 
E muito obrigada também aos dois outros participantes que, como prometido, receberão também material escolar...
Os prémios serão enviados muito em breve.



"De todas as memórias que marcam a nossa vida, sem dúvida as da escola ocupam um lugar muito especial, em particular quando se esteve dos dois lados da carteira…
Maria Lucília Teixeira Mendes esteve desses dois lados e em comum ficou a atenção ao detalhe, aos pormenores, pequenos que sejam, que dão tempero à vida. Resumidamente, presta atenção a tudo aquilo que faz uma boa história. Ao longo destas páginas vamos acompanhando a autora, da menina cheia de vida e ainda muita vontade de aprender, à educadora cheia de miminhos para dar e sempre muito envolvida nas comunidades onde esteve.
(…)
A nossa História e a nossa Cultura é feita de Memórias e essa, talvez, tenha sido a melhor lição que a Escola nos ensinou. Que seja uma lição que não se perca…"
in Prefácio

Gostaríamos de vos convidar a partilharem a vossas melhores memórias da escola, seja como alunos ou como professores/educadores (se for essa a vossa profissão). Usem os comentários para fazer as vossas partilhas e habilitem-se a vários prémios. Muito apropriadamente teremos material escolar para distribuir e para o melhor comentário (será a autora do livro a escolhê-lo) haverá um exemplar do livro.


Como permitimos também o envio de participações por email, vamos passar também para este espaço as participações via comentários para que nenhum testemunho se perca.

na minha escola primária

apesar de fundada em mil oitocentos e oitenta e oito ainda lá está. era uma escola privada. mas não para os meninos ricos. era para todos. e só digo meninos. naquela altura onde havia meninos não podiam existir meninas. eram as ordens do estado novo. teria de haver duas entradas. uma para meninos. outra para meninas. e aquela escola tinha duas entradas. mas como foi fundada por um senhor chamado diogo cassels que não era católico romano a escola estava interdita. ele fundou a escola para todos os meninos e meninas fossem de que religião fossem. embora fosse anglicano. a escola tinha uma cantina que em tempos servia uma boa sopa ao meio-dia para todos os que tivessem fome. aliás foi a primeira cantina a funcionar neste meu Portugal. no natal davam bolsas em dinheiro às crianças. eu tive algumas. também àqueles que não podiam forneciam calças, casaco, camisa, meias, cuecas, chancas. sabem o que são chancas? certamente que sabem. independentemente do credo religioso. das minhas
professoras só duas eram evangélicas. era assim que se dizia.
havia uma sala para a primeira classe. outra para a segunda classe. e mais uma grande dividida em duas. numa ficava a terceira classe e noutra a quarta classe. lembro-me que nas paredes existiam os retratos dos veneráveis salazar e tomás. era obrigatório. também me lembro da régua que existia em cada sala. para bater nas mãos é claro. quando era preciso. (agora desculpem. mas não conto mais. eram só vinte linhas).

Joaquim Armindo


A época de voltar às aulas , era uma das minhas estações favoritas do ano. Eu adorava ir à escola e até chorava se por qualquer motivo não pudesse ir . Conviver com as demais crianças, ter cadernos e lápis novos era uma alegria. 
IPA


Memórias da Escola são guardadas com muito carinho. Eu adorava ir para a escola, aprender tudo e mais alguma coisa. Com a devida autorização superior, a minha mãe foi a minha professora primária, pelo que também conheço uma versão do ser Professor. Os meus Colegas da escola primária continuam a ser meus Amigos. Ainda hoje, passados que vão cerca de 40 anos, tenho, entre antigos Professores, Amigos na verdadeira acepção da palavra. Quem me dera puder andar sempre na Escola! Saudades imensas!

Gina Cardoso


quarta-feira, 8 de março de 2023

Dia Internacional da Mulher 2023

 Neste Dia Internacional da Mulher 2023 partilhamos o texto da autora Ilda Pinto Almeida...






Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, deflagra um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".
Pela História temos encontrado mulheres de destaque na luta pela igualdade como MARIA LAMAS, mulher que rompe com os tabus da sua geração, mãe cuidadora, e amiga, atenta a diferentes gerações, amante livre de preconceitos, jornalista, escritora, intelectual, activista comprometida com a democratização e com a paz. Mas, na verdade, nem sempre é lembrada ESTER*, a primeira grande mulher a lutar dentro de uma sociedade patriarcal pelo seu lugar. Órfã de pai e mãe e foi capaz de sobressair.
Ela não precisou de um feriado, mas de dignidade , perseverança e ousadia.
O mundo precisa de paz e a paz precisa de mulheres.
As mulheres são inovadoras, empreendedoras, cientistas, líderes, elas têm a capacidade de ser tudo aquilo que elas quiserem ser.
Mais uma vez comemoramos este Dia Internacional dedicado à mulher e o meu coração está inquieto pelas tantas mulheres que sofrem pelo mundo. Por aquelas que neste momento fogem das guerras, e da perseguição.
Poderia dizer-te tanta coisa, MULHER, mas não me ocorre mais nada de novo. Já se diz tanta coisa repetida por aí. Precisamos de ações justas e não de politicas inconscientes que retiram aquilo que foi conquistado até aos dias de hoje e que se sobrepõem ao que é verdadeiramente uma Mulher.
Hoje quero também lembrar a MULHER MIGRANTE, audaz, tantas vezes esquecida, heroína, que no meio das adversidades sabe conquistar um lugar de destaque na sociedade.
Que a paz seja uma constante e a alegria bata à porta de cada mulher do mundo.
O meu coração chora com aquelas que choram. Deus abençoe e proteja a roseira do jardim.
Feliz Dia para ti.
Ilda Pinto Almeida


*Rainha persa cuja história é narrada no Livro de Ester, Antigo Testamento.

quinta-feira, 2 de março de 2023

Desafios de autores para autores: Março e Abril 2023

 Como habitualmente, chegado o início de Março apresentamos os Desafios que celebraram os géneros literários... Assim, em Março celebramos a Poesia (que tem o seu dia a 21 de Março) e em Abril (que a 23 tem o Dia Mundial do Livro) vamos festejar a Prosa.

Ambos os desafios terão votação do público e haverá prémios que serão anunciados quando as participações forem colocadas online.
Os desafios de Poesia têm, desde já, a recepção aberta com o prazo a terminar ao final do dia 20, segunda-feira. Estarão online no dia 21 de Março, data em que as votações abrirão (serão encerradas a 31 de Março, 2023).
E logo a partir do dia 1 de Abril e até ao final do dia 22 de Abril receberemos os textos de prosa. No dia 23 de Abril de 2023 colocaremos os textos online e abriremos as votações, que vão terminar a 30 de Abril.


Dia Mundial da Poesia


Os poemas são de tema e estilo livre. Os poemas devem chegar-nos até às 20 horas do dia 20 de Março, que é para termos tempo de os organizar no blogue.
Até 31 de Março de 2023, quem visitar o blogue (Notícias das Nuvens) poderá votar no poema favorito. – Não há limites para as votações, que serão feitas no próprio blogue, nos comentários. (Lembramos que nos nossos blogues os comentários são monitorizados – para evitar spam, vírus e pessoas desocupadas… - pelo que só depois de aprovados os comentários é que eles ficam visíveis no blogue). Os autores podem fornecer links para o blogue aos seus contactos e nas suas redes sociais.

Dia Mundial do Livro

O desafio para este mês é livre, um pequeno texto, com menos de 20 linhas (podem usar uma folha A5 como referência) sobre o que quiserem, seja um livro que vos tenha marcado, um pequeno conto de vossa autoria, um pensamento (que pode vir acompanhado de uma foto tirada por vós); o início de um livro que planeiam escrever (ou já escreveram, mas ainda não publicaram)...
Neste dia, em prosa, celebraremos a palavra escrita como forma de comunicação, de expressão de sentimentos, de companhia, de forma de viajar (pela memória, por exemplo), etc.
Mais para a frente, voltaremos aos detalhes deste Desafio.


Envie os seus trabalhos para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com