O autor do texto mais votado receberá um catálogo dos nossos livros de Poesia, de onde poderá escolher um livro . Sortearemos um dos comentários/votos para receber um exemplar do livro "As flores do meu lindo jardim". - Só serão elegíveis para este sorteio os comentários/votos que nos forneçam uma forma de contacto (podem permanecer anónimos no voto, se nos solicitarem isso, apagaremos do comentário o contacto antes de o publicarmos). -
Feito o sorteio do número da sorte do Totoloto de 05/04/2023, saiu o número 13, de todos os votantes com 13 ou números terminados em 3, só validou o seu voto o votante 3, Timóteo Pernas, que é, assim, duplo vencedor. Muitos parabéns!
Estão encerradas as votações, obrigada a todos os que votaram e um agradecimento ainda maior aos autores que participaram.
Os nossos parabéns ao autor Timóteo Pernas e ao seu texto "Lugar vazio". Em breve vai receber o nosso catálogo de livros de Poesia de onde poderá escolher um livro como prémio.
Usaremos o número da sorte do totoloto do próximo dia 5 de Abril para atribuir o prémio a um dos votantes que se tenha identificado. Se votou como anónimo e ainda não forneceu um contacto, tem até ao final do dia 3 de Abril para o fazer.
E agora é tempo do Desafio de Abril!
(6) nem a poesia voa
carcaças dos homens que se dizem de Deus,
amarrados por colarinhos brancos,
são movidos por moinhos de vento,
que giram ao contrário.
as montanhas caíram e as estrelas deixaram de luzir,
o sol ofuscou-se, escondendo-se do caminhar de quem precisa de abortar,
a consciência dos males trazidos, nos mares,
que não são oceanos.
a tragédia é infinda e até as chuvas de inverno se escondem,
no relampejar dos passos incontidos e bafos lancinantes,
do querer esconder os crimes das flores cruzadas nos caminhos,
férteis das crianças nuas a brincar.
tais homens que se dizem da verdade,
são iguais a Herodes na matança das crianças,
levando o pai de Jesus a escondê-lo nos passos estrangeiros,
mas os bem-me-queres não se escondem.
a matança ordenada pelo patriarca,
mais as fugidias tentativas do esconder, sonegando,
não se escondem por entre as tempestades de granizo,
antes dão a conhecer as ratazanas da hipocrisia.
os voos dos pássaros aflitos, por tais abutres,
dão a conhecer os ninhos em se querem entolhar,
e as árvores choram pelas flores que os ventos lhes levaram,
as crianças, Senhor, as crianças.
correr, brincar, barafustar, andar de lá para cá,
partir um vidro, chamar um nome feio, que ouviram dos chamados adultos,
são estes os pecados das crianças, que brincam e jogam à bola,
não se compadecem com afetos mal-amados.
nem a poesia tem vontade de voar,
nem os peixes estão seguros nos mares altos,
nem as florestas podem cantar ao som do vento,
porque eles andam aí de colarinho branco.
Joaquim Armindo
(5) Maria
Vi o rosto lindo e sereno
contemplei-o com alegria
esse rosto de Maria
que me olhava com amor
era doce e tão terno
olhava-me com doçura
que belo era seus rosto
mas com um ar de dor
parecia querer dizer
que é preciso rezar
o sofrimento do mundo
necessita de muito amor.
Adosinda Ferreira Dias
(4) ADN
Seu útero em flor,
Trazia sementes ancestrais
E Almas acorrentadas.
Com raiva de Liberdade.
Seu trisavô fora escravo,
Transportado para a antiga Flandres.
Seu bisavô fugira para o Norte de África.
Seu avô, em fuga,
Alto e forte como um trovão,
Adoecera e fora acolhido pelos elegantes guerreiros Masai.
Apaixonara-se e engravidara
Uma bela jovem e esguia.
Pelos costumes foram banidos.
Tiveram o primogénito na África Central
E a filha na Serra Leoa.
Ludovina nascera já no Congo, em Kinshasa.
Fora virgem e menina trabalhar
Para casa portuguesa.
O sr. fez-lhe quatro filhos.
Um rapaz, três raparigas.
A sra. obrigou-o a perfilha-los.
Duas vieram estudar para Lisboa.
Tornaram-se enfermeiras.
Uma casou outra nunca.
Ivonne era de uma imensa cultura,
Bela, bondosa, desapegada de bens.
Enfermeira chefe parteira,
Lia e escrevia.
Cabelo alisado e mulata clara.
Casou com um branco alto de antiga família.
Deu à luz um belo rapaz branco de olhos verdes.
Veio a falecer da segunda gravidez.
Sobreviveu a menina.
Igualzinha ao irmão mas mais escura e
De olhos amêndoa.
Foi ícone da miscigenação.
Deixou um vazio eterno
No marido e no filho
E uma falta desconhecida na filha.
Bastos Vianna
(3) “LUGAR VAZIO”
Entraste… saíste… sonhaste… voltaste…
Quiseste… voaste… desejaste…
Estiveste onde? Perguntei-te eu…
Mas tu nunca me respondeste!
E, no entanto, o teu lugar continua vazio.
Foste mais longe: choraste…
Mas nunca me disseste o porquê?
E eu na expetativa: urgia,
No envolto silêncio que nos envolvia.
Eu, simplesmente sentia-me só,
Porque tu nunca te revelaste
E, nunca me deste espaço para te amar,
Porque simplesmente o teu lugar continua vazio.
Mas, em mim algo gritava,
Algo em mim tentava explodir
Porque tu nunca te propuseste revelar teu mistério,
E, eu continuava carente, na expetativa:
De um amor sonhado um dia!
Porque simplesmente, o teu lugar, ainda continuava vazio.
Gritei, rasguei meu peito nas ondas do mar,
Rebelde eco de um novo nascimento
Em que o som se revelava no batimento de nossos corações!
Crentes irmãos de alma e de coração…
Sangue após sangue, do mesmo sangue,
Onde tu te revelaste a mim
E, em segredo me estendeste a mão
E, sorrindo um para o outro, sentimos nela o vazio do vento,
Que se emaranhava na terra batida de nosso olhar…
Porém, o teu lugar ainda estava vazio.
Disse ao silêncio: és meu amigo!
E, à música: és minha companheira!
Porque nesta estrada de longo caminho
Aprende-se a discernir tudo o que de bom
O mundo tem para nos dar, e nós ao mundo!
E, se eu ao teu corpo ceder,
Até o meu coração correr sem parar,
Faz-me nos teus braços, encontrar o meu lugar!
Vejo no céu o horizonte, no mar o desejo
Quando olho a tua boca, pretendendo dar-lhe um beijo…
Deixando para trás meu lugar
Em que apenas repousa o corpo de uma alma nua!
Porque à lua entrego as lágrimas de meu coração
Na esperança que ela me ouça, e me tenha por irmão…
Timóteo Pernas
(2) OS MEUS SENTIMENTOS, HOJE
Hoje, novo dia de 93 anos
Sequência de uma vida de fé;
Sou bafejado de dons soberanos
Da luz do Além sem ver quem é…
Docilidade à minha mãe, prudente,
Analfabeta, sem medo dos doutores
Não se acobarda jamais dos lentes
Com humor, paladar multi-sabores…
Incarnei um pouco o ser da minha mãe
Até a fé adulta de transferir montanhas;
Viver humilde, pobre a aprender também
Com o vai-vem de mentes mais profanas…
Há na vida misteriosa solidez
De que o humilde vive nesta esfera
Sabe discernir com justiça a sua vez
Egoísmos afáveis em disfarce na terra…
Tanta vez ou sempre em último lugar
A sobremesa de homem virtuoso;
Discernir em paz e em paz contemplar
A íntima corrente a adoçar o seu gosto…
Infinita paz, viver sem ambições
A consciencializar do mundo o egoísmo
Quem é o maior? Jesus às multidões: -
O que sabe viver como simples menino…
Florentino Mendes Pereira
26-10-2022
(1) O MEU ESTILO DE SER
Na etapa de plenitude de ser
Parece que a gente me pertence
Falo sempre em tom de aprender
Noto que o povo me desconhece…
Até na idade bem avançada
A sensação que vivo cada dia:
A morte é a meta aguardada
E já não me sinto preso à vida…
Por isso cresceu de vez a liberdade
Incapaz mais do que nunca de agir mal
Natural, não sou imune à maldade,
Sinto-me, porém, incapaz de a incarnar.
É esta a base da felicidade e sorriso
Da abertura a toda a pessoa humana
Com todas me expando falo e brinco
E deixo-a feliz; sente que é soberana…
Florentino Mendes Pereira
28-10-2022
Esperamos que as leituras tenham sido do seu agrado. Não se esqueça de votar e de divulgar esta iniciativa.
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Voto no 4 ADN
ResponderEliminarMuito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 5. Temos o seu contacto em arquivo, caso seja o vencedor.
EliminarVoto no ADN (4) - Laurasscunha@yahoo.com
ResponderEliminarMuito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 4. Temos o seu contacto em arquivo, caso seja o vencedor.
EliminarVenho por este meio votar no meu poema (3) "Lugar Vazio"; do qual sou o autor Timóteo Pernas.
ResponderEliminarMuito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 3. Temos o seu contacto em arquivo, caso seja o vencedor.
EliminarEu Débora Pernas voto no poema (3) "Lugar Vazio" de Timóteo Pernas.
ResponderEliminarMuito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 2. Temos o seu contacto em arquivo, caso seja a vencedora.
EliminarEu Raul Pernas voto no poema (3) Lugar Vazio" de Timóteo Pernas.
ResponderEliminarMuito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 1. Temos o seu contacto em arquivo, caso seja o vencedor.
EliminarEu voto no poema 3- Lugar vazio de Timóteo Pernas
EliminarPara onmyway2heaven: é preferível votar comentando a notícia do que respondendo a um dos outros votos, desta vez vamos aceitar... Muito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 39. Para validarmos a sua candidatura ao prémio para o votante necessitamos de uma forma de contacto. Por favor, envie-nos um email para geral@tecto-de-nuvens.pt ou para tectodenuvens@hotmail.com com o assunto "Votante nº "6 para fornecer contacto.
EliminarPara onmyway2heaven: é preferível votar comentando a notícia do que respondendo a um dos outros votos, desta vez vamos aceitar... Muito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 39. Para validarmos a sua candidatura ao prémio para o votante necessitamos de uma forma de contacto. Por favor, envie-nos um email para geral@tecto-de-nuvens.pt ou para tectodenuvens@hotmail.com com o assunto "Votante nº "7" para fornecer contacto.
EliminarEu, Rute Fernandes voto no poema (3): "Lugar Vazio" de Timóteo Pernas
ResponderEliminarEu, Alberto Ribeiro, voto no poema nr 3, "Lugar Vazio", de Timóteo Pernas
ResponderEliminarVoto no poema ADN (4), um lindo tributo.
ResponderEliminarPoema "Maria" (5).
ResponderEliminarMuito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 11 . Para validarmos a sua candidatura ao prémio para o votante necessitamos de uma forma de contacto. Por favor, envie-nos um email para geral@tecto-de-nuvens.pt ou para tectodenuvens@hotmail.com com o assunto "Votante nº 11" para fornecer contacto.
EliminarVoto em "Maria"
ResponderEliminarVoto em "Maria"
ResponderEliminarMuito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 13 . Para validarmos a sua candidatura ao prémio para o votante necessitamos de uma forma de contacto. Por favor, envie-nos um email para geral@tecto-de-nuvens.pt ou para tectodenuvens@hotmail.com com o assunto "Votante nº 13" para fornecer contacto.
EliminarEu, Ana Fernandes, voto no poema nr 3, "Lugar Vazio, de Timóteo Pernas
ResponderEliminarMuito obrigada. Foi-lhe atribuído o número 14 . Para validarmos a sua candidatura ao prémio para o votante necessitamos de uma forma de contacto. Por favor, envie-nos um email para geral@tecto-de-nuvens.pt ou para tectodenuvens@hotmail.com com o assunto "Votante nº 14" para fornecer contacto.
EliminarVoto no poema nr 3, "Lugar Vazio, de Timóteo Pernas. Luis Sanches
ResponderEliminarVoto no poema "ADN".
ResponderEliminarO meu voto vai para o poema n°3 Lugar Vazio. Ana Sanches
ResponderEliminarEu voto no poema 4, "ADN". É uma pena que o sr. Pernas e os amigos não percebam que estão a desvirtuar estas iniciativas. É uma votação para o autor com o texto favorito, não uma votação para quem tem mais amigos. Não tarda ninguém vota e logo depois ninguém participa. Moderação em tudo, é a regra...
ResponderEliminarUm pequeno esclarecimento, de facto, é permitida a votação do próprio autor do trabalho, dos amigos do autor e até é permitido votar mais do que uma vez. É certo que nós próprios pedimos moderação e bom senso nas votações, precisamente para não frustrar outros participantes e outros votantes, e estaremos sempre atentos a eventuais abusos.
EliminarEu, Gonçalo Fonseca, voto no poema (3) - "Lugar Vazio" do autor Timóteo Pernas.
ResponderEliminarEu, Sílvia Fonseca, voto no poema (3) Lugar Vazio de Timóteo Pernas
ResponderEliminarVoto no poema 3 - Lugar Vazio
ResponderEliminarEu, Miguel Sanches, voto no poema (3) Lugar Vazio de Timóteo Pernas.
ResponderEliminarEu, Miguel Sanches, voto no poema 3, Lugar Vazio, de Timóteo Pernas.
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