"Um dia com..." é uma espécie de página de diário, real ou fictício, aqui cada autor pode fazer o relato de um episódio, fazer uma reflexão, colocar um pensamento, uma foto...
Estará disponível todo o ano, independentemente de outros projectos a correr aqui no Blogue. E está aberto a todos, se tiver algo que queira partilhar, pode enviar para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com indicando no assunto "Um dia com...". Podem enviar quantas participações quiserem.
Mesmo a propósito neste Dia da Mãe, um esperado regresso por parte dos seus muitos admiradores. Maria Lucília Teixeira Mendes escreveu por seu próprio punho (literalmente) esta homenagem ao amor em forma de mãe ou à mãe representação do amor.
A Mãe
O mundo era escuro, tão triste, medonho,
As flores sem cor.
E aos seres da terra faltava o sustento
Força p’ra viver
E então, Deus disse: - “Faça-se a luz!
E a luz brilhou em todo o esplendor.
As flores sorriram e mil tons coloridos
E os animais, livres pelos campos,
De cada iguaria sorviam o sabor
Na terra sem água, dura, ressequida,
A vida murchava ao morrer a seiva
Que a alimentava e a tinha de pé
Então, disse Deus: - Que se abre o céu!
E a chuva caiu das nuvens fecundas
Em pingas tão longas que se derramaram
Nos campos, nos montes e em cada jardim
Trazendo a vida à morte temida
Andavam na rua meninos chorosos,
Tão feridos, tão sujos, famintos, medrosos,
Sem calor, abrigo
Sem qualquer refúgio para repousar
Então, disse Deus: - Faça-se o amor!
E o amor brotou, tão lindo, tão puro,
Sorridente, terno.
Em jeito perfeito de uma mulher
A ela correram os meninos do mundo
Pedindo colinho, carícias, ternura
Seguros p´ra sempre do amor de mãe.
Deus olhou feliz a obra criada
E desceu à terra em corpo de menino
Por querer p’ra si uma mãe também!
Que poema bonito! Votos sinceros de umas rápidas melhoras, para que possa oferecer muitas mais palavras escritas!
ResponderEliminarEm nome da autora, muito obrigada. É provável que ela não tenha oportunidade de vir ver os comentários ao blogue, mas eu certificar-me-ei de que todos lhe chegam, por outra via.
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