sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Ilda Pinto Almeida em entrevista



E, à laia de prenda de Natal, deixamos aqui mais uma entrevista a encerrar outro ciclo de três.
Ilda Pinto Almeida, natural de Vouzela mas residente nos Estados Unidos, 57 anos, publicou este ano Chuva de Graça (tanto em capa mole como em capa dura) e foi a vencedora do texto favorito do público na nossa segunda colectânea (Olhar de Amor) com o poema "Reflexo do meu desejo". Também foi dela a inspiração para a nossa primeira colectânea Vamos Celebrar! (poemas de Natal).
Nesta entrevista a autora, recipiente este ano do prestigiado Anim'Arte da Literatura, que é também artista plástica,  fala em particular do livro Chuva de Graça e do poema "Reflexo do meu desejo", mas deixa portas abertas para espreitarmos para o seu mundo cheio de arte (o quadro que se vê na fotografia é de sua autoria).

Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?
Sempre gostei de escrever, especialmente poesia. É um chamado que vem desde os tempos de escola, onde por essas alturas já iniciava o gosto de encher as folhas em branco das sebentas.

Qual o papel que a escrita ocupa na sua vida?
A escrita ocupa um lugar muito importante, pois ela é a forma de transportar para o papel ideias, pensamentos ou até vivências. Acredito que quando escrevo levo aos leitores conhecimento e paz, pelo menos é esse o meu desejo

Sempre sonhou publicar um livro?/Publicar um texto num livro
Não! Nunca foi essa a minha intenção, mas o certo é que aconteceu em 2009 pela editora Tecto de Nuvens. Hoje tenho quatro livros editados. Os sonhos não sonhados acontecem.

Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o seu livro nas mãos?/O que significa para si ter o texto favorito dos leitores?
Escrever é fascinante e levar ao leitor palavras escritas pelos meus dedos e vindas de dentro é gratificante. É um filho nascido com nome e registo.
Já tive textos escolhidos e premiados. É um sentimento muito honroso ver o trabalho reconhecido. É sentir uma força redobrada.

Tem algum projecto a ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de escrever
O futuro a Deus pertence. Mas gostaria de ver as várias crónicas que já foram publicadas em revistas, futuramente, juntas num livro só.
Guardo uma história infanto-juvenil de várias páginas que gostaria de ver ilustrada e publicada. É uma paixão antiga, quem sabe um dia este sonho se possa realizar e ver em grande letras o título “NOS SEGREDOS DO RIO” de Ilda Pinto, nas bancas. J

Fale-nos um pouco sobre o seu livro. /texto*
Os conteúdos, normalmente, seja prosa ou poesia, são baseados em realidades que passam à minha volta, histórias ou crónicas de vida baseadas em factos verídicos. Gosto essencialmente, em poesia, de falar do espiritual, de levar até ao leitor uma verdade por vezes desconhecida, mas que faz, ou deveria fazer, parte do nosso dia a dia. A minha inspiração pode vir de uma simples conversa com alguém ou de algum momento que está a acontecer ao meu redor.

*--O que inspirou o seu texto (indique se é conto ou poema)?
É um poema “Reflexo do meu desejo”. O texto foi inspirado por uma peça de arte (uma colagem) que eu estava a preparar para uma exposição sobre o Dia dos Namorados. Para essa colagem inspirei-me numa das silhuetas da colecção “Blue Nude” (“Nu Bleu”) de Matisse e pensei em fazer um reflexo dela. Enquanto trabalhava a colagem foi-me surgindo o poema que é sobre a essência da relação amorosa, o modo como as pessoas se vêem, se completam e, a dado momento, também se reflectem.

Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?
Sempre que termino um texto fico delirante por alguns dias, depois escrevo outro e já o anterior deixou de me despertar. Por isso não tenho favoritos, ou melhor , será sempre o que está em mãos.

Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro/texto? O que acha mais apelativo no seu livro/texto?
Eu sempre digo uma frase muito simples, que é minha, e que a repito por escrito sempre que coloco fotos das minhas obras ao fazer publicidade;
“Adquira livros que fazem bem à alma e alegram o coração”

Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?
Penso que tanto a minha poesia como também os meus escritos em prosa tenham uma grande dose de alento, uma mensagem do amor e de superação às vidas mais desgastadas. Gosto levar até cada um dos leitores a reflexão daquilo que somos e do que é que somos capazes. Dizer-lhes que é possível, com fé, chegar. A fé é a firme certeza das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem como certas, ela é o veículo para alcançar o sonho.

Qual o papel das redes sociais na vida e na divulgação da obra de um autor? E na sua?
As redes sociais são demasiado importantes nos dias que correm. Hoje temos inúmeras formas de divulgação as quais devemos de aproveitar. Só assim podemos passar fronteiras. Por exemplo, no meu caso :
Vivo longe da língua portuguesa e são as redes a alavanca para mostrar o que escrevo. Foi através das redes sociais que o meu trabalho foi mostrado ao público e veio a ser reconhecido. Foi através do Facebook que a GICAV (Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu) teve conhecimento do meu trabalho e devido a isso fazer-me recipiente do Prémio Anim’Arte; e o mesmo de passou com outras instituições e outros prémios (nacionais e internacionais). As redes sociais são uma janela para o futuro; futuro que, antes, era reservado, apenas, a um grupo de escritores e de editoras.

Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
Sim.
Gosto de António Aleixo, Sophia de Melo Brayner, do livro de Salmos e Cantares de Salomão; isto na poesia.

Gosto de José Luís Peixoto, Fernando Sabino, Aquilino Ribeiro, José Régio. Mas leio bastante literatura cristã onde muitos dos autores são estrangeiros e desconhecidos do público português, como por exemplo; L C. Seandiuzzi, Tim Lahaye- Jerry Jenkins, etc.












Chuva de Graça – Jeshua Welcome -, Ilda Pinto Almeida
112 Páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2018, PVP 12€
A inspiração (Graça) cristã domina a visão, e os sentimentos, da autora que demonstra a presença de Deus através da Poesia. É um convite não à religião, mas à contemplação e à admiração. Um convite a olhar com atenção o que nos rodeia e quem nos rodeia e procurar o melhor, o positivo e também o humor.
É uma inspiração que brota e nutre qual chuva, lava, refresca e renova.



Olhar de Amor - Colectânea de Poesia – Vários autores 
76 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2017, PVP 13€
Nesta colectânea há amor para todos os gostos, e para todos os feitios, cabe ao leitor rever-se nesses momentos, aprender outros, ansiar por mais alguns e descobrir a chave para a felicidade. A receita é simples, basta ver tudo com um certo olhar: Olhar de Amor!
Livro entregue em saco de organza, acompanhado por marcador de livro e cartão de dedicatória/oferta.





Vamos Celebrar! – Colectânea de Poesia de Natal – Vários autores
72 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2016, PVP 10,00€

Colectânea de poesia sobre a temática do Natal.





Todos os títulos disponíveis na nossa loja online e nas principais livrarias online.
Para encomendas e informações escreva para: loja@tecto-de-nuvens.pt

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Um novo título para encerrar o ano



E porque no Natal também se tratam assuntos sérios, encerramos o ano com a apresentação de mais um livro:  "A Minha Luz – (Re)pensar o morrer com dignidade", de Luís Filipe Fernandes


A Minha Luz – (Re)pensar o morrer com dignidade -: Luís Filipe Fernandes
76 páginas; Tecto de Nuvens, 2018, PVP  5,00€


Este livro é o testemunho de um enfermeiro com uma rica experiência no contacto com doentes terminais ou em grande sofrimento. Numa altura em que se discute a legalização da eutanásia e suicídio assistido em Portugal traz-nos importantes reflexões éticas, teológicas, técnicas e científicas que nos ajudam a fundamentar e consolidar a nossa consciência cristã para melhor responder aos desafios colocados pelo relativismo, o hedonismo e a cultura da morte com os quais somos cada vez mais confrontados nos dias de hoje.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Jeracina Gonçalves em entrevista

Continuamos o ciclo de entrevistas, hoje com Jeracina Gonçalves, 74 anos, autora de "Histórias de Gente Simples". Fala-nos do seu mais recente livro e deixa também um apontamento sobre a sua participação na colectânea "Natal, Natais - colectânea de poesia - " onde assina 3 dos poemas.



  Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?
Não sei bem, nem como nem porquê. Mais ou menos sempre escrevi em papéis, que depois perdia ou esquecia por aí, como desabafo, para guardar memórias… Sei lá! Era uma forma de guardar o que não queria esquecer, de me abstrair da realidade que, às vezes, me magoava e voar um pouco para além dela, de registar o que me emocionava e fazia feliz, ou que me indignava...
Há uns anos, após uma jornalista ter-me perguntado por que escrevia, fiz um pequeno poema. Registo aqui um pequeno trecho:

“Por que escrevo?
Não sei.
Escrevo com o coração;
Abro a porta ao meu Ser
Liberto a minha emoção.”

Creio que nisto se resume a razão porque sempre, mais ou menos, escrevi.

  Qual o papel que a escrita ocupa na sua vida?
A escrita, neste momento, é uma terapia, uma forma de dar asas ao tempo, que desaparece num fechar de olhos levando-me a clamar por mais. É o meu psicólogo, o meu psiquiatra, o meu “Xanax”… É uma forma de me sentir viva e jovem; é uma forma de manter a minha mente ativa alimentando os meus neurónios.

  Sempre sonhou publicar um livro?/Publicar um texto num livro?
A publicação nunca foi o meu objetivo primário. Para mim o importante é escrever, é dar liberdade ao que me vai na alma; é exorcizar as emoções negativas e vibrar com as positivas; é dar liberdade ao meu pensamento…
E os três livros que publiquei aconteceram, porque apareceu um objetivo capaz de satisfazer a minha alma, muito para além da simples publicação.
Textos, já publiquei alguns, em coletâneas várias. Tantas vezes caíram propostas no email, que resolvi começar a participar em algumas.

  Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o seu livro nas mãos? 
Um livro é um pedaço de nós, que atiramos para o mundo. É quase como um filho. E haverá sensação melhor que ter um filho nos braços?
Claro que manusear um livro nosso dá-nos a sensação de concretização, de obra feita. E, principalmente, quando com essa obra sabemos que estamos a contribuir para ajudar a realizar os sonhos de alguém. É muito bom.

  Tem algum projecto a ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de escrever
Tenho muita coisa escrita, a precisar de revisão. E continuo a escrever. Todos os dias tenho de escrever qualquer coisa. Quanto a publicar… não sei. Depende do objetivo que apareça. Publicar, apenas por publicar, sinceramente, não estou muito inclinada. Mas… quem sabe o dia de amanhã?

  Fale-nos um pouco sobre o seu livro. /texto*.
Não há muito a dizer sobre ele. É apenas uma pequena coletânea de pequenos contos, escritos no tempo, quase todos baseados em factos concretos. Focam sentimentos que considero importantes nas relações humanas: a solidariedade, a amizade, a solidão na velhice, a droga, a emigração: problemas dos nossos dias, histórias do dia-a-dia de gente simples.

*--O que inspirou o seu texto (indique se é conto ou poema)?

São três poemas inspirados na Essência do Natal, neste tempo tão adulterada, tão perdida entre fitas e papeis metalizados.
Claro que qualquer livro tem partes melhores, mais bem conseguidas, que outras. E o meu livro tem histórias melhores que outras; mas todas são espelho de relações humanas, de sentimentos humanos fortes, profundos, que mexem com a sensibilidade do leitor.

  Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro? O que acha mais apelativo no seu livro?
Não sei o que é mais apelativo no meu livro. O meu livro fala de sentimentos. E já tive quem me dissesse, que não conseguiu parar, e leu-o de uma vez só, do princípio ao fim; já tive quem me disse que chorou; já tive quem me dissesse que lhe fez lembrar as próprias vivências… Cada qual sente-o à sua maneira.

  Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?
Quando escrevo não penso muito na mensagem que quero transmitir. Escrevo sobre o que à minha volta me fez sentir algo que transborda em mim e preciso de fazer fluir. Mas gosto de passar emoções, que possam criar no leitor o desejo cuidar e ajudar a construir um ambiente limpo e um mundo mais justo, mais solidário e preocupado com os que sofrem.

  Qual o papel das redes sociais na vida e na divulgação da obra de um autor? E na sua?
As redes sociais têm um papel importante na divulgação de um autor; dão a conhecer o nome e a sua obra. Mas não sei se terão muita influência na venda das obras de novos autores, que aparecem sem terem por trás montada toda uma engrenagem de marketing apoiada em grandes editoras e distribuidoras.

  Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
Gosto de ler. Fui uma leitora compulsiva durante a minha adolescência e juventude. Agora… nem tanto. Mas gosto de ler um bom livro de vez em quando.





Apresentação do livro "MARmúrios" de Bastos Vianna



Decorreu no passado dia 15 de Dezembro, na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, a apresentação oficial do livro "MARmúrios - Pensamentos e reflexões - de Bastos Vianna. A apresentação esteve a cargo do Professor e fotógrafo José  Vieira  e a declamação de textos a cargo da actriz  Maria Manuel Almeida.







Algum do feedback que o autor está a receber:

"..alma cheia de gerúndios!"

"Orgulhando, emocionando e “babando” a muita felicidade pela beleza da essência de quem escreve, a magia de quem fotografa e o sentimento de quem tão bem DIZ!"

"do ❤️ só sai amor! "- Yola Villar

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Novo livro


Teve hoje lançamento oficial mais um livro: "Uma Pluma no Natal", de Pedro Forte, uma última sugestão para o Natal, e não só.
Um terço das receitas deste livro reverte a favor do Centro Social de Soutelo (https://www.centosocialsoutelo.org/)

Uma Pluma no Natal e outros contos; Pedro Forte
86 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2018
PVP 9,00€
A leitura deste livro de contos transporta-nos para mundos onde reina a magia. Acompanhamos personagens fantásticas e nós passamos a querer ser como elas, ou a querer viver com elas! Ler estes contos também é viver alegrias, ou partilhar as aflições do nosso herói ou da nossa heroína, é a descoberta de um segredo fabuloso ou a amizade improvável entre duas pessoas de estratos sociais opostos, e isso vai-nos fazer repensar muitas das certezas que temos da vida!...



Pedro Forte em entrevista


No dia em que lança oficialmente o seu primeiro livro "Uma Pluma no Natal e outros contos" estivemos à conversa com Pedro Forte, 44 anos, que tem a particularidade de também ter sido um dos vencedores da votação do texto favorito por parte dos leitores das nossas colectâneas. Ganhou com a sua participação na nossa colectânea de Natal do ano passado ("A Árvore de Natal e o Presépio") com o conto que agora dá título ao seu primeiro livro "Uma Pluma no Natal".
      É sobre ambos os seus trabalhos (livro e texto vencedor) que nos vai falar.



Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?
A escrita apareceu por necessidade de organizar as ideias. Apercebi-me que por vezes no decurso de uma discussão de ideias me faltavam os argumentos, nomes ou datas para defender uma posição. Ao passar para o papel os tópicos acerca de determinados temas do meu interesse, percebi que, para além de me ajudar a memorizar, conseguia dessa forma organizar melhor as ideias. De pequenas sínteses, para consumo próprio, passando por artigos de caráter político, até aos contos, fiz o percurso da necessidade até chegar à escrita por paixão.

Qual o papel que a escrita ocupa na sua vida?
A escrita de um conto traduz-se num exercício de prazer. No entanto, ocupa um espaço muito reduzido na minha vida, infelizmente…
Vai-se colocando à frente do prazer todas aquelas obrigações diárias, trabalho, obrigações domésticas, etc…

  Sempre sonhou publicar um livro?/Publicar um texto num livro?
Na realidade até publicar o meu primeiro conto, nunca tinha pensado em fazê-lo! A experiência surgiu como resposta a um desafio que me foi feito.

Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o seu livro nas mãos?/O que significa para si ter o texto favorito dos leitores?
No meu quotidiano sou normalmente muito racional. Tento que todas as minhas ações se justifiquem com um propósito. Mas quando estou dedicado à escrita de um conto dou mais liberdade ao lado emocional. Passo dias a pensar nas minhas personagens e na minha cabeça consigo vê-las, e até mesmo ouvi-las! Eu sei como elas são e até conheço a sonoridade da sua voz! O conto desenvolve-se, tem avanços e recuos. Procuro a simplicidade e ao mesmo tempo fluidez na leitura. Tento conferir-lhe um determinado ritmo.
Saber que um texto ao qual eu me dediquei bastante, dias a fio, a pensar nele, a dar-lhe substância, a empolgar-me com a sua ação, transformar-se depois em algo que agradou a quem o leu é, para mim, uma grande satisfação!

 Tem algum projecto a ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de escrever?
Tenho algumas coisas na minha cabeça, outras já começadas, mas estão longe de poderem ser publicadas.
Escrever é uma coisa que me dá prazer fazer. No entanto, para escrever é necessário estarem reunidos uma série de requisitos. Tenho que ter a minha cabeça limpa de grandes preocupações, preciso de recolher a “um cantinho”, colocar os auscultadores, ouvir a “minha” música e deixar-me levar… E essas condições nem sempre se conjugam!

  Fale-nos um pouco sobre o seu livro. /texto.
Uma Pluma no Natal e outros contos, surge após o conto que deu nome agora a este livro, quando foi publicado, a primeira vez, numa coletânea em que participaram vários autores, ter sido votado como o que mais agradou aos leitores dessa mesma coletânea. 
Juntando o conto em questão, com um outro também já publicado, o "Gil e a Águia", e que foi também bem acolhido pelos leitores, acrescentei-lhe dois inéditos, "O Fabuloso Segredo do Sr. Bonifácio" e " O Tozé e o Bernardo", formando-se assim um conjunto de contos que se pretende que sejam de leitura fácil para pequenos e graúdos. 
Os contos encerram em si personagens que vivem simultaneamente aventuras emocionantes, e ao mesmo tempo, são confrontados com dilemas sempre tão atuais e presentes na vida de todos nós. 
Ao longo das aventuras destes contos, os personagens são confrontados com o que é essencial e com o que é acessório na vida de uma pessoa, com o estereótipo da família convencional, com o dilema do envelhecimento e como a sociedade em geral o encara, e com a clivagem existente em estratos sociais opostos. 
Foi minha intenção não apresentar respostas, não fazer afirmações do que é certo e do que é errado, mas sim expor as fragilidades de muitas teorias acerca da vida, que se ouvem a cada esquina, e que por vezes podem constituir certezas muito vazias ou cruéis!

  Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?
O livro como é constituído por quatro contos, eu destacaria que em cada um deles há uma parte em que as personagens sentem um revés na sua vida e essa parte, supostamente marcante na vida delas, será aquela que mais destacaria.

 Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro/texto? O que acha mais apelativo no seu livro/texto?
O livro apresenta uma escrita que se pretende proporcionar uma leitura fluída, aquilo a que eu classifico como uma leitura de ritmo corrido.
Há momentos em que se documentam tradições que, entretanto, praticamente se perderam e que seguramente as gerações mais novas já não conhecem e desta forma, com a sua leitura, vão tomar conhecimento da sua existência.
Por outro lado, descrevem-se lugares, paisagens, que não existindo rigorosamente como são descritas, são baseadas em lugares que eu já visitei e que me marcaram profundamente. Por exemplo no “Gil e a Águia” o Parque Natural do Douro Internacional está em boa parte lá descrito, ou no caso do “Fabuloso Segredo do Sr. Bonifácio” temos um largo poeirento da estação ferroviária, igual a muitas existentes no interior do nosso país e que, infelizmente, já não chegam lá quaisquer comboios…
No fim, o leitor terá tido oportunidade de viver as aventuras dos personagens, umas divertidas, outras não, e será levado a fazer-se algumas questões para si mesmo…

Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?
Eu não tenho um estilo definido, até porque não sou um veterano nas andanças da escrita. No entanto, neste livro que agora se publica, eu identificaria um estilo aproximado nos três primeiros contos, com uma narrativa mais romanceada, com alguma atenção dada à utilização de figuras de estilo que permitam ao leitor aproximar-se da ação e inclusivamente sentir a ansiedade vivida pelos personagens.
No conto “O Tozé e o Bernardo” o estilo é intencionalmente orientado para a leitura em voz alta, com uma sonoridade e ritmos muito próprios, imaginando que alguém está a ler par um filho ou para um neto.

 Qual o papel das redes sociais na vida e na divulgação da obra de um autor? E na sua?
Atualmente as redes sociais dominam a sociedade dita ocidental. Se bem dominadas as técnicas de comunicação através delas, estas redes são muito úteis a divulgar a obra de um autor. No meu caso, posso dizer que não uso muito estas plataformas de comunicação devido ao facto de sentir que elas absorvem muito o tempo das pessoas não lhes deixando ocuparem-se com outras atividades que, entretanto, foram colocadas em segundo plano.
O que eu vejo hoje, são as pessoas com o seu smartphone na mão, a percorrerem o dedo no display a ver não sei o quê, horas a fio, e atividades como a ida ao teatro ou cinema, a visita de um museu, a leitura de um romance, a visualização de um documentário na televisão, a fotografia, a pintura, a tapeçaria, e muitas mais atividades, ficaram esquecidas.

 Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
Sim. Gosto. Tenho sempre livros na minha mesinha de cabeceira que estão a ser lidos.

Jornais e revistas também fazem parte das minhas leituras. Só não leio mais porque o tempo não o permite!


A Árvore de Natal e o Presépio - Colectânea de Contos – Vários autores

128 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2017
PVP 12,00€
Dez autores e dezasseis contos para celebrar o Natal, feliz e colorido tenha saído das memórias, sido baseado em acontecimentos reais ou sendo completamente ficcionado.
Um Natal alegre mesmo quando as circunstâncias não o parecem augurar.
Um livro para ser lido dos avós aos netos e escrito por netos (o mais novo com 9 anos) e alguns avós… É a história da magia que se repete em família no tempo de antes, no de agora ou no de faz-de-conta, porque o Natal é mágico e acontece em todos os tempos.

 Uma Pluma no Natal e outros contos; Pedro Forte
86 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2018
PVP 9,00€
A leitura deste livro de contos transporta-nos para mundos onde reina a magia. Acompanhamos personagens fantásticas e nós passamos a querer ser como elas, ou a querer viver com elas! Ler estes contos também é viver alegrias, ou partilhar as aflições do nosso herói ou da nossa heroína, é a descoberta de um segredo fabuloso ou a amizade improvável entre duas pessoas de estratos sociais opostos, e isso vai-nos fazer repensar muitas das certezas que temos da vida!...




Todos os títulos estão disponíveis na nossa loja online e nas principais livrarias online.
Encomendas ou pedidos de informação em loja@tecto-de-nuvens.pt


sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Margarida Haderer em entrevista




E continuamos a nossa série de entrevistas agora com Margarida Haderer, 63 anos, autora de alguns livros e com participações em várias colectâneas. A sua presença nesta  leva de entrevistas deve-se à particularidade de se ter tornado numa musa inspiradora para as nossas colectâneas tendo os seus textos dado nome a duas delas: "Em tons de Valsa aguarela-fogo" (conto com o mesmo título) e o mais recente "Natal, Natais" (do poema "Natal Natais").
É precisamente sobre esses textos que nos vai falar.

  Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?
Comecei a escrever poesia e alguns contos curtos aos doze anos, diria que pelos dois motivos. Por paixão, porque me dava imenso prazer, de alguma forma por necessidade, porque serenava a minha alma de adolescente e, através das palavras soltava o meu “grito”. Escrita talvez demasiado intimista, mas qual não a é, mais ou menos? É o autor a descrever a sua visão da vida, das pessoas, do mundo, à sua maneira. Mesmo quando narra, narra à sua maneira.

  Qual o papel que a escrita ocupa na sua vida?
Uma espécie de vício, que me apazigua e me faz crescer, uma “bengala” que me ajuda a enfrentar o fluir da vida, nas suas alegrias e nos seus momentos mais difíceis. Escrevo por impulso, sonho poemas a dormir, e, quando os recordo ao acordar, corro a escrevê-los. Escrevo mais quando fujo da rotina e “hiberno” uns dias algures por esse Portugal. Escrevo por puro prazer. Adoro um bom desafio, como por exemplo, traduzir poesia para inglês. Só para mim cheguei a arriscar Fernando Pessoa e Florbela Espanca – um verdadeiro arrojo! E até gosto de, por graça, imitar a poesia trovadoresca. Enfim…

  Sempre sonhou publicar um livro?/Publicar um texto num livro?
Publiquei o meu primeiro texto em prosa no jornal da escola quando ainda estudante, aí pelos meus treze anos, inspirada no acontecimento do tremor de terra em 1967, salvo erro, que me tinha assustado muito. Curiosamente os meus poemas começaram a ser publicados, já como professora, no jornal da escola onde leccionei por volta de 30 anos. Não sonhei ao início publicar, de facto, mas fui influenciada nesse sentido por colegas e amigos. Mais tarde, sim, quis publicar um livro de poesia, talvez levada pelo cliché – fazer um filho, plantar uma árvore, escrever um livro. Era mais um desafio – gosto de arriscar -, e também muito uma parcela de realização pessoal.

  Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o seu livro nas mãos?/O que significa para si ter o texto favorito dos leitores?
Os meus textos não foram os favoritos dos leitores em ambas as colectâneas. O que de todo não me desiludiu. Não considero a crítica o mais importante para um autor. Acredito na arte pela arte, desde muito jovem. Claro que ver os meus textos num livro e tê-lo na mão, “cheirá-lo” e saber que os meus “gritos” poderão ser os “gritos” mudos dos meus leitores, é reconfortante e faz-me feliz. Nunca tive a pretensão de ser uma escritora famosa e viver da escrita, é claro. Sejamos realistas. Escrever e partilhar, ainda que com poucos leitores, já me consegue preencher.

  Tem algum projecto a ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de escrever
Costumo dizer que escreverei até que a voz me doa e a caneta me pese na mão. Terei sempre essa” aflição” dentro do peito. Contudo, para já, tendo conseguido publicar três livros de poesia, tenho-me ficado e ficarei como co-autora em colectâneas várias, que considero uma mais-valia para o mundo literário português, uma forma muito meritosa de dar a conhecer novos autores. Um novo livro, talvez um dia. Não fecho totalmente a porta. Contudo, é difícil porque dispendioso, lançar uma edição de autor. As editoras, é claro, só publicam edições suas em casos muito especiais, infelizmente nem sempre atendendo à qualidade, mas por vezes preocupando-se com o protagonismo do autor, seja ele uma figura do espectáculo ou da televisão, ou tão só o parente de um famoso. Coisas… O que conta é o seu próprio lucro.

  -O que inspirou o seu texto (indique se é conto ou poema)?
No conto Em tons de valsa aguarela-fogo parti de vivências pessoais que apimentei com fantasia e imaginação. Gosto de histórias suspensas, abertas a diferentes interpretações por parte dos leitores. Gosto de “tocar” no espiritual, e também muito de associar a vivência humana à natureza. Somos filhos dela. A minha escrita é muito contemplativa, muito sonhadora, muito atrevida no imaginário. Neste conto abordo quatro formas de arte: a pintura, a música, a dança, o teatro e, claro, a escrita, como forma.
No poema Natal Natais parto também de vivências pessoais, que penso serem também as vivências de muitas outras pessoas. Ultrapasso a tradição de cariz mais religioso, definindo o Natal como uma vivência de união, calor humano e partilha, desejando que os Natais sejam eternos e se repitam sempre, vividos dentro do espírito do nascimento… de um novo renascer mais humano e envolvente: Natal é ser presente”. Diria que o poema fala de memórias, de sentires e de esperança.

  Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?
No conto gosto em particular das últimas linhas. Penso que fecham a história com chave de ouro e deixam muito em aberto ao leitor. Dão que pensar, imaginar, fantasiar, sonhar e questionar sobre a efemeridade da vida humana, como que sem princípio e sem fim. Pressente-se uma certa amargura em relação ao ciclo da vida, à morte, como se tudo ficasse incompleto, e subentende-se o desejo íntimo de que cada vida se prolongasse ou completasse numa outra. Após a morte da protagonista, única no conto: “Desce então a cortina sobre o palco de Moliére. Descansa finalmente o ponto. Reaparecem uma última vez os actores, mão na mão, personagens secretos de mil vidas vividas ou sonhadas. Os aplausos, esses, são silenciosos. Apenas se ouve em surdina um trecho de Strauss – uma das suas mais belas valsa .” Em jeito de conclusão, cito Shakeaspeare: “All the world is a stage and we merely players.”

  Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler os seus /textos? O que acha mais apelativo nos seus textos?
É-me difícil responder objectivamente. Talvez o poderem ver-se a elas próprias, nos seus anseios, alegrias e tristezas. Gostaria de despertar nos leitores o apego à natureza, a importância subtil da contemplação neste mundo frenético em que vivemos, onde tudo se olha mas nada ou pouco se vê. Parar e reflectir, sonhar de quando em vez, mas seguir em frente, projectando-se na vida e nos outros, com uma certa aura de encantamento que atenua os estragos provocados pelas tempestades mais agrestes.

  Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?
Penso que a minha poesia bem como os meus escritos em prosa, talvez poética, desce aos degraus mais profundos da existência humana, nos seus altos e baixos. Penso que de alguma forma enalteço a riqueza/pobreza do ser humano neste emaranhado de viveres e sentires que é o nosso percurso de vida. Gosto de pensar e de abrir a porta ao pensamento e à reflexão. Gosto de viver e de sentir. Assim todos gostássemos…

  Qual o papel das redes sociais na vida e na divulgação da obra de um autor? E na sua?
As redes sociais são importantes. O problema é chegar até elas. O escritor amador tem que ser o seu próprio obreiro, e muitas vezes, não sabe como operar. Tem que mover-se frequentemente sozinho e nem sempre é bem acolhido. Confesso que tenho tido bastantes dificuldades em dar visibilidade ao que escrevo.Também é verdade que algumas editoras, mais ou menos conhecidas, oferecem algum ou muito incentivo, bem como orientação, como a vossa. Talvez um curso intensivo… Tendo há muitos anos atrás tentado a ajuda de uma personalidade conhecida na área da poesia, sofri um rude golpe e, para além de NADA, fui mais tarde plagiada num breve programa de rádio. Uma mancha negra no meu percurso. Mas aprendamos com os nossos erros!

  Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
As minhas leituras são muito diversificadas. Vou da poesia clássica à moderna, dos autores portugueses clássicos aos actuais, aos estrangeiros na poesia ou na prosa. Salto do romance ao policial, nunca o político, pouco o livro histórico. Aprecio uma boa história de amor, delicio-me com uma boa saga familiar, mas também me encanto facilmente com livros que relatam vidas e vivências fortes que têm ou tiveram lugar em determinados períodos da História, nesta ou naquela parte do mundo, em épocas mais longínquas ou mais próximas. Também tenho o hábito de ler um mesmo livro mais do que uma vez, alguns já lidos na juventude, aos quarentas e mais recentemente pelos sessentas. Como é lógico, de cada vez o “vejo” com olhos diferentes. Em suma, gosto de ler, sempre gostei, mas estranhamente ou não, à parte a pretensão de ser diferente ou original, não me recordo de ser influenciada por este ou aquele escritor.








Em tons de Valsa aguarela-fogo - Colectânea de Contos – Vários autores
128 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2017,  PVP 12€









Natal, Natais - Colectânea de Poesia – Vários autores
70 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2018  PVP 9,00 €








Títulos da autora no catálogo Tecto de Nuvens







De Amore, Margarida Haderer
68 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2009, PVP 8,07€










Voltei, Margarida Haderer
80 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2009, PVP 8,07€





Todos os títulos estão disponíveis na nossa loja online e nas principais livrarias online.
Encomendas ou pedidos de informação em  loja@tecto-de-nuvens.pt

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Quito Arantes em entrevista






Continuamos a nossa sessão de entrevistas com Francisco (Quito) Arantes, 58 anos, que em 2018 reimprimiu duas das suas primeiras publicações: "O Chalé de Cork" (já em segunda edição, e que se encontrava esgotada) e  "A Janela Aberta" (que estava prestes a esgotar e agora passou a ter um formato ligeiramente diferente). Aproveitamos estas duas reimpressões para recordar o momento da publicação e que marcou, também, o início da carreira deste autor. 

  Conte-nos como e porquê começou a escrever, por paixão ou por necessidade?
Comecei a escrever como se de uma terapia fosse. Apesar de já na juventude gostar de entrevistar os meus colegas, sobre a escola e assuntos que decorriam na época como o 25 de Abril de 1974. Nunca se escreve um livro como uma necessidade primária. Até porque a vida de escritor não dá de comer a quase ninguém em Portugal.

  Qual o papel que a escrita ocupa na sua vida?
A escrita desempenha um papel muito importante na minha vida é quase como uma necessidade de um novo fôlego para a vida. Escrevo sobre várias temáticas da sociedade, mas onde me sinto melhor e mais confortável é na escrita romanceada.

  Sempre sonhou publicar um livro?
Depois da minha psicóloga da altura me incentivar a publicar um livro sobre as minhas memórias, ganhei força para escrever o primeiro romance “O Chalé de Cork”

  Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o seu livro nas mãos?
Significa que a mensagem nele transcrita foi atingida, e é com muita alegria que tenho leitores que emprestam livros meus, ficam sem eles, e voltam a comprar.

  Tem algum projecto a ser desenvolvido, actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de escrever?
Neste momento tenho três livros em curso, dois estão parados e um tenho desenvolvido pensando editá-lo para o ano que vem. A vontade de escrever vem instantaneamente e vontade de escrever tenho quase sempre, assim como ler autores que desconhecia.

  Fale-nos um pouco sobre o seu livro.
  O livro “A Janela Aberta!, trata a história de uma pequena rapariga da serra, que sonha um dia ser médica; é órfã de pai e mãe e é a avó, que é viúva, quem lhe dá asas para voar. A ida para Lisboa torna-a mais madura, mas quando menos se espera cai numa teia de tráfico humano.
É um romance com um final feliz, apesar de várias tragédias pelo caminho.

   Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?
        Gosto da descrição da serra, da neve, do natal, com a visita do médico da aldeia.

  Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler o seu livro/texto? O que acha mais apelativo no seu livro/texto?
A vontade de nunca desistir das nossas convicções, mesmo em condições adversas.

  Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo de mensagem gosta de passar no que escreve?
            Honestidade, afeto, justiça social, lealdade.

  Qual o papel das redes sociais na vida e na divulgação da obra de um autor? E na sua?
É importante para dar a conhecer a obra e o autor, não quer dizer com isso que se venda muitos livros pelas redes sociais, mas se mantivermos páginas relacionadas com a nossa escrita passamos a ser mais conhecidos como escritores.

  Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
Adoro ler, sou um leitor de impulsos, Às vezes leio sem parar, um, dois livros, outras vezes, vou lendo de vagar, consoante a minha disposição para a leitura.




"O Chalé de Cork" e "A Janela Aberta" estão à venda na nossa loja online e nas principais lojas online. Pedidos e informações também em  loja@tecto-de-nuvens.pt





O Chalé de Cork; Quito Arantes
Tecto de Nuvens, 2016 (2ª edição); 11€









A Janela Aberta; Quito Arantes
Tecto de Nuvens, 2010; 9,50€



Janela Aberta, Quito


84 páginas; capa mole, Tecto de Nuvens, 201