Continuamos a nossa sessão de entrevistas com Francisco (Quito) Arantes, 58 anos, que em 2018 reimprimiu duas das suas primeiras publicações: "O Chalé de Cork" (já em segunda edição, e que se encontrava esgotada) e "A Janela Aberta" (que estava prestes a esgotar e agora passou a ter um formato ligeiramente diferente). Aproveitamos estas duas reimpressões para recordar o momento da publicação e que marcou, também, o início da carreira deste autor.
Conte-nos como e porquê começou a escrever,
por paixão ou por necessidade?
Comecei
a escrever como se de uma terapia fosse. Apesar de já na juventude gostar de
entrevistar os meus colegas, sobre a escola e assuntos que decorriam na época como
o 25 de Abril de 1974. Nunca se escreve um livro como uma necessidade primária.
Até porque a vida de escritor não dá de comer a quase ninguém em Portugal.
Qual o papel que a escrita ocupa na sua
vida?
A
escrita desempenha um papel muito importante na minha vida é quase como uma
necessidade de um novo fôlego para a vida. Escrevo sobre várias temáticas da
sociedade, mas onde me sinto melhor e mais confortável é na escrita romanceada.
Sempre sonhou publicar um livro?
Depois
da minha psicóloga da altura me incentivar a publicar um livro sobre as minhas
memórias, ganhei força para escrever o primeiro romance “O Chalé de Cork”
Qual é a sensação que tem ao ver, agora, o
seu livro nas mãos?
Significa
que a mensagem nele transcrita foi atingida, e é com muita alegria que tenho
leitores que emprestam livros meus, ficam sem eles, e voltam a comprar.
Tem algum projecto a ser desenvolvido,
actualmente? Pensa publicar mais algum livro? Continua a sentir vontade de
escrever?
Neste
momento tenho três livros em curso, dois estão parados e um tenho desenvolvido
pensando editá-lo para o ano que vem. A vontade de escrever vem
instantaneamente e vontade de escrever tenho quase sempre, assim como ler autores
que desconhecia.
Fale-nos um pouco sobre o seu livro.
O livro “A Janela Aberta!, trata a história de uma pequena rapariga da
serra, que sonha um dia ser médica; é órfã de pai e mãe e é a avó, que é viúva,
quem lhe dá asas para voar. A ida para Lisboa torna-a mais madura, mas quando
menos se espera cai numa teia de tráfico humano.
É um
romance com um final feliz, apesar de várias tragédias pelo caminho.
Existe
alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?
Gosto da descrição
da serra, da neve, do natal, com a visita do médico da aldeia.
Indique as razões pelas quais aconselharia
as pessoas a ler o seu livro/texto? O que acha mais apelativo no seu livro/texto?
A
vontade de nunca desistir das nossas convicções, mesmo em condições adversas.
Qual é o seu estilo de escrita ou que tipo
de mensagem gosta de passar no que escreve?
Honestidade, afeto, justiça social,
lealdade.
Qual o papel das redes sociais na vida e na
divulgação da obra de um autor? E na sua?
É
importante para dar a conhecer a obra e o autor, não quer dizer com isso que se
venda muitos livros pelas redes sociais, mas se mantivermos páginas
relacionadas com a nossa escrita passamos a ser mais conhecidos como
escritores.
Gosta de ler? Que tipo de leitor é que é?
Adoro
ler, sou um leitor de impulsos, Às vezes leio sem parar, um, dois livros,
outras vezes, vou lendo de vagar, consoante a minha disposição para a leitura.
"O Chalé de Cork" e "A Janela Aberta" estão à venda na nossa loja online e nas principais lojas online. Pedidos e informações também em loja@tecto-de-nuvens.pt
O Chalé de Cork; Quito Arantes
Tecto de Nuvens, 2016 (2ª edição); 11€
A Janela Aberta; Quito Arantes
Tecto de Nuvens, 2010; 9,50€
A
Janela Aberta, Quito
84 páginas; capa mole, Tecto de Nuvens, 201
Sem comentários:
Enviar um comentário