terça-feira, 5 de novembro de 2024

Regressam os Desafios: " Caem as folhas" (Outono) + S. Martinho

 




Estão de regresso os desafios e, muito apropriadamente, retomamos com um que fala da mudança de estação. Este é um desafio reciclado (ou renovado, se quiserem considerar o Outono) do anos anteriores. "Caem as folhas" continua a ser o nome do desafio que andará à volta destas folhas, sejam as das árvores ou outras, que caem e se renovam. Podem trabalhar o Outono, a inspiração, os ciclos da vida, etc.
O desafio volta a incluir as opções conto (pequeno), fotografia/desenho e, claro continua a poesia. Podem participar com mais do que um trabalho.
Podem começar, de imediato, a enviar trabalhos. Os trabalhos serão publicados no blogue no dia 11 de Novembro.
E porque o tempo quente se prolongou e como tal só agora nos vamos dedicar ao Outono, escolhemos publicar o Desafio no dia de S. Martinho, um clássico de Outono/Inverno, uma festa com colorido e calor.
Como tal, abrimos também a possibilidade de participações com as populares quadras dedicadas à festividade, combinando assim dois Desafios habituais. No entanto, o Desafio não se fica pelas quadras, pois não é exclusivamente um desafio de S. Martinho. Simbolicamente, o S. Martinho marca uma última oportunidade para festas de exterior antes de entrar o frio e o Inverno. O desafio é, pois, escrever ou sobre os últimos dias de bom tempo ou sobre os primeiros dias de frio, ou sobre os dois, ou memórias de S. Martinho.
Prosa ou poesia, memórias ou ficção. Estilo livre.
Concluindo, a 11 de Novembro 2024 publicaremos textos ou imagens sobre a mudança da estação (simbólica ou literal) em "Caem as folhas" e/ou mais especificamente escrever sobre os primeiros dias de frio ou os últimos de calor com o pretexto de festas como o S. Martinho que marcam a transição da vida do exterior para a do interior. Como bónus para os leitores também poderemos ter quadras de S. Martinho.
Os autores podem escrever sobre qualquer das temáticas e com quantas participações quiserem. Aceitamos trabalhos até ao final do dia 10 de Novembro.
Do dia 11  até ao dia 30 de Novembro 2024 estarão abertas as votações para o trabalho favorito. O vencedor receberá um prémio (a divulgar aquando da publicação do desafio).
Só contaremos os votos dos votantes que se identificarem, podem votar como anónimos mas depois deverão enviar um email para um dos endereços fornecidos e indicando o número que lhes foi atribuído. Os votantes entrarão num sorteio para receberem uma lembrança, também a divulgar.
E assim, abrimos oficialmente o regresso à rotina e à escrita.
Bom trabalho!

Envie os seus trabalhos para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com



terça-feira, 22 de outubro de 2024

Votação para o texto favorito do livro "Uma viagem de férias"

  Vote no seu texto favorito e ganhe um conjunto de duas canecas com a ilustração da capa e 1 conjunto de 10 postais iguais à capa do livro…







Para votar recorte esta página e envie para: Tecto de Nuvens, Rua Camilo Pessanha, 152; 4435-638 Baguim do Monte.
Por sms (terá de incluir os seus dados completos para receber o prémio) para 960131916.
Por email para geral@tecto-de-nuvens.pt com o título: Melhor texto colectânea de férias.
Aceitamos votações até 15 de Novembro de 2024 (data do email, sms ou carimbo do correio). A todas as participações será atribuído um número, por ordem de chegada. – Serão excluídas as participações que não tragam os dados necessários para o envio do prémio -.
O vencedor do melhor texto será anunciado no blogue “Notícias das Nuvens” e nas redes sociais de todos os autores participantes nesta colectânea.
O vencedor do passatempo será aquele cuja participação tiver o número (ou terminação de número) igual ao do número da sorte do sorteio do Totoloto de 20 de Novembro de 2024.
- A seguir ao sorteio do Totoloto será sorteado um participante de entre todos os que tiverem número ou terminação de número (caso haja mais do que um) igual ao sorteado para o Totoloto, e esse será o vencedor. -
A todos os participantes que nos facultarem o endereço de email comunicaremos o número atribuído à chegada. Tentaremos fazer o mesmo com os sms, mas é mais prático com endereços de email.
Também o vencedor deste passatempo será anunciado no nosso blogue e nas redes sociais dos autores, a partir da segunda-feira seguinte ao sorteio do Totoloto.
Obrigada pela sua participação.

domingo, 20 de outubro de 2024

Passatempo "Amigo meu, meu amigo é?" Ganhe livros autografados!

 🏆 Passatempo. Ganhe livros autografados! 📚


“Introspetiva, a linha ficou a refletir, pensando para si própria:
- Quem cuida de nós é nosso amigo?
- Sim, teu amigo é quem não te despreza, se preocupa contigo e te ampara.”



Ilustração do livro (autoria de Julieta)


Vamos atribuir um livro autografado pela autora às primeiras 10 respostas que contenham uma sugestão para nome da personagem "linha".

Se a sugestão for acompanhada por alguma compra (o endereço da nossa loja online está no final desta postagem, poderá ver os artigos e respectivas promoções, o pedido terá que ser feito para o endereço de email: loja@tecto-de-nuvens.pt) , pagará apenas os portes relativos à compra. - Também poderá comprar exemplares deste livro (a enviar para um ou mais endereços). - Se só participar no passatempo, cobraremos simbolicamente 1€ pela embalagem e envio. Em qualquer dos casos, o assunto do seu email deverá ser "Passatempo Nina Pianini".


 
Amigo meu, meu amigo é?; Nina Pianini
72 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2024 PVP:10,00€


Nunca perguntaste a ti próprio: “Amigo meu, Meu Amigo é?” Aqui te damos algumas pistas que te poderão ajudar a escolher os teus amigos.

- Livro com ilustrações a cores de Julieta. -



E ainda:

Este livro é sobre uma das coisas mais importantes para miúdos e graúdos, a AMIZADE
Para quem nos quiser escrever 2 ou 3 linhas sobre a amizade (que depois publicaremos aqui no blogue) temos um exemplar do livro em capa dura (uma edição abreviada que não se encontra à venda).*




Nota: aplicam-se as mesmas condições de envio que ao livro autografado. Podem concorrer a ambas as versões do passatempo ou apenas a uma.


*Limitado ao stock existente


Loja online

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Nina Pianini, autora de "Amigo meu, meu amigo é? ", em entrevista

 

Nina Pianini (pseudónimo), 62 anos, está de regresso!

Já este ano falámos com ela sobre outros seus textos destinados aos mais novos e também sobre a sua participação na colectânea de Natal de 2023. Voltamos a falar para que ela nos apresente o seu mais recente livro "Amigo meu, meu amigo é?", ficando também a promessa de que, também este ano, a vamos encontrar na nossa colectânea de Natal.

Neste seu livro para os mais novos (também obrigatório para os mais velhos...) aborda a importante questão da amizade num harmonioso casamente entre os textos e os desenhos a cores da Julieta, que ilustrou o livro.

Apesar de o trabalho inicial se ter destinado a uma versão (não comercializada) em capa dura; é sobre a versão alargada e em capa mole (com ainda mais ilustrações a cores) que a autora nos vai falar.
 Nina Pianini, de voz própria e na primeira pessoa:

  Este seu novo livro aborda uma questão primordial na vida de uma pessoas: a amizade. Conte-nos como e porquê resolveu escrever este livro e qual o impacto que pretende que tenha nos mais novos, e também, já agora, nos menos novos que também entrem em contacto com ele?

A publicação do livro “ Amigo meu, Meu amigo é?” surgiu no âmbito da oportunidade proporcionada pela Tecto de Nuvens numa das suas Campanhas promocionais a que aderi com bastante entusiasmo. Significou a concretização de um sonho, de uma conquista de longa data em publicar um livro de capa dura!...

Este meu anseio levou a que tivesse de ser muito assertiva quanto ao tipo de  história que merecesse essa dita honra.

Após muita concentração e reflexão em selecionar qual a história entre toneladas de histórias que já escrevi, não foi nada fácil. Não podia escolher um texto qualquer, tinha de ser uma história que o leitor quisesse ler, voltar a ler e reler e, se possível,  na melhor das circunstâncias se tornasse num clássico.

Não senti qualquer indecisão quando peguei no meu rascunho da história “ Amigo Meu, Meu amigo é?”. A riqueza imaginativa marcante no texto e o impacto do potencial da sua mensagem no público infantil a que se destina, tinha os ingredientes certos para merecer o investimento em capa dura!*

O enriquecimento do texto e o arranjo final levou-me numa fantasia de paralelismo com a geometria e deliciei-me divertida a escrevê-lo. Por tal, foi uma experiência muito gratificante escrever este livro, principalmente pela sua temática que leva a refletir sobre a amizade e promove mudança no leitor.

Este livro “ Amigo meu, Meu amigo é?” induz ao aperfeiçoamento das nossas escolhas através da identificação do leitor com as personagens e situações, apresentando questões e problemas com os quais frequentemente todos nós somos confrontados no dia-a-dia, mas de que usualmente ninguém fala.

A finalidade do livro é, por tal, ativar no leitor a consciencialização de habilidades sociais para encontrar verdadeiras amizades, promovendo mudanças positivas no leitor.

*Como se explica na resposta seguinte, a versão em capa dura foi feita numa tiragem limitada, quase de teste. O livro que agora se promove é em capa mole e com ilustrações a cores. Contudo, o processo descrito acima foi usado para escolher a história e não tanto a sua forma de apresentação, pelo que o processo foi comum a ambas as versões do livro. Preste atenção ao nosso blogue caso tenha interesse na versão em capa dura, brevemente saberá como a obter.

  Fale-nos um pouco sobre este livro, incluindo, também, a importância, da ilustração. Qual é a sensação que tem ao ver, agora, os seu livro nas mãos?

A fim de medir o impacto do livro “ Amigo meu, Meu amigo é?” procedeu-se a uma pré-avaliação a partir de uma pequena tiragem prévia (em capa dura, com menos imagens e numa versão mais abreviada do texto), tendo-se verificado uma excelente adesão junto de uma pequena amostra de pais e professores especializados bibliotecários.

Consideraram de um modo geral que, era um livro bastante educativo, particularmente rico nas comparações que faz, que promove reflexão e debate e o desenvolvimento de habilidades sociais e de valores, manifestando afirmações positivas a favor do livro como:

“Hoje em dia, há muitos livros infantis que falam da amizade do ursinho ou da perda do amiguinho, mas raramente se fala do problema propriamente dito ou se põe a criança a saber questionar ao fazer escolhas como este livro faz.”

“O leitor-criança muitas vezes é posto em situações de leitura passiva que não promovem a reflexão. Este livro “ Amigo meu, Meu amigo é?” contraria essa corrente e dá asas para uma leitura ativa e eficaz de criar mudança destacando logo no título a sua diferença pela forma de pergunta.”

“Num mundo em que o ecrã se apodera do dia a dia de todos e em que as redes sociais proliferam, existe o perigo das crianças e jovens se deixarem facilmente influenciar . este perigo tem de ser combatido. Este livro constitui uma boa ferramenta para levar crianças e jovens a refletir sobre essas questões.”

Perante esta excelente recetividade do livro ajudou a acreditar na sua aceitação pelo público em geral. 

Quanto aos desafios passados durante a fase de produção do livro, assumo que o desafio maior em relação aos problemas que encontrei na execução do livro, foi encontrar um ilustrador devido ao curto espaço de tempo em que as ilustrações tiveram de ser executadas. A importância da ilustração era para mim essencial. Pretendi que o livro tivesse ilustrações que ajudassem a tornar o livro mais apelativo e atraente para o público-infantil, pelo que optei por contatar entidades formadoras de ilustração e encontrei uma jovem ilustradora de Animação 3 D que, apesar da sua falta de experiência editorial/gráfica, se veio a tornar uma excelente colaboradora. Aprendemos juntas, superando as falhas que iam aparecendo. E, no entretanto, tornamo-nos amigas e o nosso duo já está a funcionar de forma muito gratificante para ambas. 

  Existe alguma parte do livro, em particular, que goste mais. Porquê?

Sem querer desvendar o final, destaco a apoteose final quando a personagem principal do livro, após tantas tentativa-erro frustradas, descobre por si mesma quem afinal era seu amigo de verdade…aquele que estava lá sempre presente nas horas más e boas, que a conhecia melhor do que ninguém aceitando suas limitações e a ajudava insistentemente, dia a dia, a melhorar.

Quem seria?

Aconselho a lerem o livro para o descobrirem.

Acreditem que o final, foi também desafiante para mim. Como autora, constituiu um dilema que me deixou bastante surpreendida à medida que o seu desenlace se foi desenhando ao escrevê-lo.

Por tal, aconselho a ler. Até porque acontecem sempre coisas mágicas quando os escritores escrevem e eu como autora também ao escrever fui descobrindo que, quando encontramos amigos verdadeiros, sentimos que temos alguém em quem podemos confiar e contar, alguém com quem podemos compartilhar nossas alegrias e tristezas, nossos medos e sonhos. Tal como no dizer de Cícero: "Um amigo é, por assim dizer, um segundo eu" e comprovado num estudo recente do ISCTE ( Instituto Universitário de Lisboa), em que as crianças mostraram preferir brincar com crianças que têm interesse pelas mesmas brincadeiras, levando o investigador Pacheco, R. (2017) a sugerir aos pais: “Ajude as crianças a identificarem estes interesses partilhados”, pois uma “relação de amizade é caracterizada pela  união, semelhança e afeto positivo” como defendia Goldman, B. D., & Buysse, V. (2007) in Friendships in very young children.

   Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler/comprar o seu livro? O que acha mais apelativo nele?

A atualidade da temática da Amizade acarreta especial importância perante as novas formas de interação e relacionamento social que têm um impacto significativo no desenvolvimento social das crianças. Os perigos para crianças/jovens, referidos em estudos, da influência das Redes Sociais, das amizades virtuais, da falta de interação face a face, do risco de isolamento do mundo real ao passarem muito tempo online, do Bullying e insegurança online em que crianças expostas a conteúdos inapropriados ou a pessoas mal-intencionadas, assim como da dependência excessiva de dispositivos eletrônicos para socialização, podem prejudicar o desenvolvimento de habilidades de comunicação e resolução de problemas no mundo real. Daí se destaca a importância em desenvolver, desde muito cedo, habilidades sociais essenciais como empatia, cooperação e resolução de conflitos que ajudará a criança a fazer amizades, a lidar com desafios em suas interações e a desenvolver competências sociais.

Este livro transforma-se numa excelente ferramenta de recurso para pais e educadores proporcionando uma ótima estratégia para conversar sobre todas as diferentes sensações que a amizade pode provocar, fazendo com que as crianças reconheçam melhor aquilo que sentem, tornando-se num tema fundamental a ser discutido e/ou debatido em casa ou na escola ou junto dos amigos.

Relembre-se de que, as amizades são importantes para o bem-estar das crianças. Muitas vezes, é com o suporte dos amigos que as crianças se sentem confiantes para embarcar nas aventuras do dia-a-dia, adquirindo novas competências, 

Epicuro defendia que: "Não é tanto a ajuda de nossos amigos que nos ajuda, mas a confiança de sua ajuda".

Para que a criança aprenda sobre o valor da amizade, é necessário, por tal, gerar nelas, noções, conhecimentos, habilidades, emoções, vivências, sentimentos e que a preparemos para viver com harmonia e respeito.

As crianças devem saber quem é um bom amigo e porquê, como se comportam os bons amigos, e como manter uma boa amizade.

Proporcionar uma educação de qualidade que prepare os jovens para os desafios futuros, incentivando o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas. incluem desafios que personagens precisam superar, ensinando as crianças sobre a importância da colaboração e da resolução de problemas.

Assim, o livro “ Amigo meu, Meu amigo é?” enquadra-se no método Montessori pela relevância dada ao quotidiano e enfoco na autonomia e importância do ser, ajudando o leitor a refletir sobre a forma como seleciona seus amigos e o modo como se relaciona em consonância com os estudos que confirmam que as crianças necessitam de adquirir “competências que lhes permitam fazer escolhas eficazes durante as suas interações com os outros” Gloeckler, L. R., Cassell, J. M., & Malkus, A. J. (2014).


† O livro, sem querer revelar demasiado, para além da amizade, aborda outras questões muito sérias e muito actuais, que passam pelo desenvolvimento da personalidade, mas também, de alguma forma, o aceitar da própria imagem, e como estas questões causam pressão e desconforto, mesmo quando as influências externas são bem intencionadas. – Fale-nos um pouco sobre isto e sobre qual a mensagem que quis passar.

Para além da intencionalidade presente no livro “ Amigo meu, meu amigo é?” em valorizar como é essencial saber selecionar as amizades, apresenta também outros fatores subjacentes educacionais que o educador saberá facilmente reconhecer tendo em conta o seu treino pedagógico-didático, nomeadamente o facto de que ter bons amigos é vital para a felicidade, o bem-estar e mesmo para a saúde em qualquer etapa da vida influenciando positivamente a confiança, segurança e felicidade. Dados recolhidos de vários estudos desenvolvidos pelas faculdades de psicologia comprovam que crianças com amigos tendem a ser mais felizes e menos propensas a desenvolver problemas emocionais. 
 A nível mundial, a temática da Amizade assumiu já preponderante valor universal tendo a Eurocid proclamado: o Dia Internacional da Amizade, que se celebra anualmente a 30 de julho, para dignificar o papel que a amizade detém na concretização dos valores.
Em Portugal, várias instituições se dedicam a promover a saúde mental e o bem-estar das crianças ajudando-as a criar amizades e desenvolver habilidades sociais, nomeadamente a Universidade de Coimbra que coordena o projeto europeu “Let’s Talk About Children”, que engloba 9 países participantes, visando promover a saúde mental de crianças de contextos familiares vulneráveis, incentivando a criação de redes de apoio e amizade. As amizades beneficiam as crianças criando sentimentos de pertencimento e de segurança, que contribuem para reduzir o stress e a ansiedade que podem surgir nas primeiras interações sociais.
Nesse âmbito, o livro “ Amigo Meu, meu Amigo, é?”, integra muito mais que falar sobre o poder da amizade e como fazer amigos ou amigas, incorpora a empatia, confiança, lealdade e gentileza com o outro abrindo portas importantes para toda nossa vida!
“A amizade é uma alma que habita dois corpos; um coração que habita duas almas.” Defendia Aristóteles, pela profundidade e conexão especial que a verdadeira amizade pode proporcionar. Assim, a amizade constitui um sistema de apoio ao desenvolvimento socio emocional e autoconhecimento da criança, desenvolvendo a sua própria identidade e atributos como competência social, altruísmo, negociação, empatia, habilidade para lidar com conflitos e divergências de opiniões. Para a criança/jovem, um amigo é uma segurança, é um recurso para os momentos piores (verbalizar os problemas e “desabafar” são fatores protetores ao longo da vida) na descoberta do mundo e na vida relacional. Ter essa rede ajudará a criança a lidar com as novidades e transições típicas dessa etapa da vida, algo essencial para o desenvolvimento de mecanismos de confronto saudáveis.

O grande escritor Roald Dahl, in A girafa, o pelicano e eu( p.79) escreveu: “Adeus, amigo, mas não fique triste, pois é bom saber que a amizade existe”. 

  Não resisto a perguntar: há potencial para mais livros dentro deste género? Que novos projectos tem em mãos?

No caso deste livro “ Amigo meu, Meu amigo é?” o seu potencial abrange leitores de todas as idades e culturas. Todos sentem o desafio de encontrar a amizade verdadeira. É um livro com impacto na mudança e valorização dos valores e ética.

Como autora, tento levantar o véu de inquietudes internas de que nunca se falam porque nunca há tempo para se falar, numa época em que o telemóvel não para de tocar e em que milhões de sms milhões voam nas redes…e o momentâneo é fútil.

Muitas das vezes, o mercado livreiro opta por “flores” e “coraçõezinhos” inferiorizando ou infantilizando a literatura infantil de forma redutora aos parâmetros idílicos de um mundo perfeito, por vezes, até demasiado perfeito, escondendo as dificuldades, os problemas…Será que, lendo apenas textos de nuvens encantadas, a criança/jovem fica preparada para enfrentar o que a vida lhe reserva? Essa é a questão.

Por tudo isso, torna-se cada vez mais imprescindível o papel interventivo de uma autora. Durante séculos, foi relevante o papel interventivo dos escritores tal como se recorda por exemplo na obra “ Os Miseráveis” de Vítor Hugo. Seus textos refletem a sociedade, por vezes dura e crua, através da sua visão percetiva da atualidade presente de forma a conseguir fazer refletir e antever para onde caminha no futuro. Essa atitude interventiva, atenta e crítica fomenta a mudança interna do leitor na relação biunívoca com o livro, mas também influencia a sua ação de cidadania na vivência em sociedade.

 Deste modo, continuo a escrever obras e a aumentar a minha bibliografia, tentando dignificar valores como respeito, empatia, e responsabilidade social, para que crianças e jovens se tornem cidadãos conscientes e ativos na sociedade, dando assim o meu contributo para ajudar a construir uma melhor sociedade em que a paz, a aceitação da diversidade e os valores sejam valorizados para o bem-estar.

Este mês finalizei um álbum ilustrado explorando o desenvolvimento do bebé e relação mãe-filho. As ilustrações são fabulosas e estou a enquadrar o texto em cada página. Vai ser um livro que muito irá agradar aos pais que são confrontados com aquela eterna pergunta: “ Como nasci?”. Através de uma história, o livro conta como o bebé cresce e se sente, sendo útil tanto para crianças como para futuras mães que desconhecem as fases de crescimento do bebé.

Um outro livro que terminei e que já está a ser ilustrado é uma aventura divertida sobre uma sociedade cruel dominada sob o poder dos Deuses em que o amor não existia e a ação de um menino endiabrado.

Tenho um outro livro sobre Os sentimentos do camaleão e de como ultrapassar seus medos que também está a ser ilustrado e que irá agradar aos meus pequenos leitores porque é um camaleãozinho muito problemático e indefeso.

Enfim, tenho sempre muitos projetos entre mãos… mas o meu gosto de escrever em exclusividade para o público infantil prevalece em todas as obras que escrevo e é a todas as crianças e jovens que eu dedico o que escrevo com o desejo de escrever histórias que lhes agradem.

Crianças contentes, autora feliz!

 

 


 Pode obter mais informações sobre o livro aqui.

Pode ler ou reler a outra entrevista da autora aqui.


sábado, 12 de outubro de 2024

Um dia com... " "Ilda Pinto em ainda a digressão de promoção do livro "Todavia eu me alegrarei..."

 "Um dia com..." é uma espécie de página de diário, real ou fictício, aqui cada autor pode fazer o relato de um episódio, fazer uma reflexão, colocar um pensamento, uma foto...

Estará disponível todo o ano, independentemente de outros projectos a correr aqui no Blogue. E está aberto a todos, se tiver algo que queira partilhar, pode enviar para geral@tecto-de-nuvens.pt ou tectodenuvens@hotmail.com indicando no assunto "Um dia com...". Podem enviar quantas participações quiserem.

A autora já regressou aos Estados Unidos, mas por cá ficaram as memórias destes encontros tão especiais em promoção do seu novo livro (saiba mais aqui), e por lá a vontade de continuar a promover estes encontros e de, a breve trecho, lançar o volume II.
Aqui ficam as imagens, mais abaixo os links para as reações de quem a recebeu..



TODAVIA EU ME ALEGRAREI foi apresentado e entregue!
Foi chamado, este trilho de , A Rota das Comunidades Terapêuticas de toxicodependência. Houve além destas clínicas terapêuticas a visita a duas Residências Seniores.
Por agora, chegou ao fim. O regresso avizinha-se.
No dia 24 de agosto saía para o aeroporto com destino ao país do Sol e dos livros onde se lê em português. Viajava sem propostas e sem contactos, sem qualquer referência destes lugares.
Sem saber o que iria fazer, mas com a certeza que tinha que entregar umas boas centenas de exemplares aos que mais necessitavam de uma palavra de ânimo. Palavras de afirmação, confiança, de que é possível mesmo quando as circunstâncias mais difíceis estão presentes.
Vagueei no pensamento por algumas vezes durante horas, dias e dias , sem saber a direção a tomar. Preocupada, mas sempre em paz. Fiz alguns contactos, mas as respostas tardavam e no meu tempo o tempo era limitado. Houve promessas, foram isso mesmo, promessas.
Um dia olhei para mim e perguntei -me; “O que faço com a generosidade daqueles que confiaram em mim?“
· The Lord will provide- Foi esta a resposta que o meu coração entendeu e recebeu de bom agrado e gratidão, e foi assim que postei escrevendo publicamente, confiando, esperando na promessa que acabava de receber. E o resultado aconteceu e chegou ao final desta etapa com chave de ouro. Sabendo eu, que aquele que está em controle é maior que todos os obstáculos que nos queiram causar. - Se Deus é por mim quem será contra mim e agindo Deus, quem impedirá ? Quem é maior do que Ele ? Ele sujeitou todas as coisas debaixo dos pés de Cristo, para ser o cabeça sobre todas as coisas!…
Desta forma deu-se início à Rota das Comunidades Terapêuticas de toxicodependentes. Uma maratona de entregas, palestras e experiências que decorreram por dias. Houve momentos que encontramos os fogos pelo caminho e de vez em quando traziam alguns arrepios, mas valeu a pena.
Não tenho palavras suficientes para descrever o quanto eu tenho vivenciado e vivido. Estou imensamente grata a Deus por me ter escolhido e grata também à diáspora (sabemos quem são) pela sua boa vontade e a todos que deste lado me acompanharam e ajudaram a abrir portas . Obrigada aos que incansavelmente trabalharam neste projeto de voluntariado, meu marido e Luísa. Obrigada.


Santa Casa da Misericórdia de Vouzela

Santa Casa da Misericórdia de Vouzela




Comunidade Vida e Paz

Santa Casa da Misericórdia de Vouzela

Ran - Centro de Recuperação

Centro Social Padre Avelino Jorge , Gaia

Centro Social Padre Avelino Jorge , Gaia



Santa Casa da Misericórdia de Vouzela



quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Novo livro infantil de Nina Pianini: "Amigo meu, meu amigo é?"

 O livro sobre uma das coisas mais importantes para miúdos e graúdos, a AMIZADE…

 “Introspetiva, a linha ficou a refletir, pensando para si própria:

- Quem cuida de nós é nosso amigo?

- Sim, teu amigo é quem não te despreza, se preocupa contigo e te ampara.”

 


Amigo meu, meu amigo é?; Nina Pianini
72 páginas, capa mole; Tecto de Nuvens, 2024 PVP:10,00€


Nunca perguntaste a ti próprio: “Amigo meu, Meu Amigo é?” Aqui te damos algumas pistas que te poderão ajudar a escolher os teus amigos.
- Livro com ilustrações a cores de Julieta. -




Livro disponível nas principais plataformas online nacionais e internacionais.

Pode encomendar o livro enviando email paraloja@tecto-de-nuvens.pt

sábado, 21 de setembro de 2024

Ilda Pinto Almeida, autora do livro "Todavia eu me alegrarei - Pensamentos, ideias e reflexões sobre a vida - Vol. I", em entrevista

 

Já sabemos que dispensa apresentações, seja como autora, seja como artista plástica, a Ilda Pinto Almeida, até porque já a entrevistamos este ano a propósito dos 3 livros (dois individuais e um colectivo) que lançou ainda no primeiro trimestre. Mas como regressa hoje, 21 de Setembro, Dia Mundial da Gratidão, com um livro de reflexões sobre a vida, não tínhamos mesmo como deixar passar a oportunidade de, a tendo em Portugal, a voltar a ouvir.

Como se recordarão, o livro "Todavia eu me alegrarei - Pensamentos, ideias e reflexões sobre a vida - Vol. I" que a autora agora apresenta, foi o livro vencedor do nosso voucher de aniversário. Voltamos a dar os parabéns à autora e deixamos que seja ela a explicar a motivação que levou à escrita deste livro e também a forma como o anda a apresentar.
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Ilda Pinto Almeida, de viva voz e na primeira pessoa:

  Conte-nos como é que surgiu a ideia de reunir todos estes textos, dispersos e não necessariamente publicados, e qual o objectivo deste livro?

O surgimento deste pequeno livro é um desejo antigo que, hoje posso dizer, está no caminho da sua concretização; e estou grata com prazer e alegria por este primeiro volume. Sempre gostei de reflectir naquilo que está ao meu redor, o pormenor chama-me à atenção. - Isto deve ser importante para cada um de nós; a sensibilidade é algo que devemos usar diariamente. Os revezes da vida não têm que ser sempre amargos, achar contentamento nas coisas simples que nos rodeiam é bom. -
Cada vez que escrevia algo sentia, no meu coração, que podia ajudar outros a encontrar o valor de si próprios na beleza da criação, que a cada dia nos ensina gratuitamente. De maneira que fui escrevendo/anotando as reflexões repentinas que me surgiam. Mais tarde, passava para um caderno essas palavras soltas, por vezes gravadas no telemóvel, corrigindo aquilo que me foi trazido ao coração e à mente. Tenho também o hábito quando assisto a uma palestra de tirar as minhas próprias definições e conclusões, escrevinhando conceitos, pareceres, para mais tarde, mediante a minha tese, colocar frases que façam sentido, para, oportunamente, incentivar positivamente a outros.
Quando reparei que tinha tantas frases e pequenos textos escritos dispersos, pensei juntá-los em um pequeno livro, para mais tarde expô-los, e assim o seu objectivo chegasse a ser concretizado: levar ao público alegria e paz, sabendo que a vida nem sempre nos dá o desejo ambicionado; mas em vez de gastarmos o tempo com lamentações, raiva e até vinganças, porque não colocarmos o nosso olhar no que é o valor do fôlego de vida, podendo alcançar bênção através de pequenas lições de beleza, confiança, amor, oportunidades, sabedoria e tantas outras coisas.
Eu penso que as páginas deste livro trazem ao leitor a oportunidade de fazer uma meditação mais profunda, distraindo-o da circunstância, dando-lhe encorajamento, fortalecendo o leitor a confiar, a agradecer, e a ter fé que as possibilidades existem, colocando em prática o que houver de melhor em si.
Queria fazer chegar ao público algo que lhe fizesse bem à alma e ao mesmo tempo que os alegre e os desperte positivamente a cada dia. É um projecto que penso que tem publico, sendo um livro, sem tempo, sem época e que pode ser lido como o leitor quiser. Vejo-o como um livro considerável e precioso para o público em geral.

  É um projecto em que já tinha vindo a pensar e ao qual quer dar continuidade. Em que medida é que este livro se aproxima, ou afasta, dos seus outros livros?


Sim, um trabalho que tem vindo a ser feito há bastante tempo, mas que por vários motivos foi ficando sempre nos ficheiros. Não tinha e não tenho uma ideia muito visível da sua aceitação no mercado de língua portuguesa e fico sempre com a reserva do que é que poderá acontecer, mas creio que o tempo lhe trará simpatizantes e fiéis.
Já na recta final e antes de o livro dar entrada na gráfica obtive o apoio generoso de particulares da diáspora na aquisição de centenas de exemplares. Esses exemplares irão ser entregues, gratuitamente, a instituições que estejam dispostos a recebê-los: desde lares a lugares de reabilitação. Este gesto veio confirmar validade da edição deste meu desejo que tinha estado em pausa. Até porque este projecto também já tinha sido vencedor de um voucher de edição, um primeiro incentivo para avançar, e a aquisição veio dar-me o reforço que eu precisava; uma espécie de validação da edição deste primeiro volume. É o meu gosto dar continuidade a este trabalho que tanto me alegra e me é querido, e é por isso que já tenho o volume II em andamento. Vamos ver o que o futuro traz…
Eu gosto sempre de deixar uma palavra de reflexão ao leitor, durante ou no final de cada obra. Eu diria que este trabalho não se afasta muito da minha forma de escrever, embora o livro propriamente dito seja bastante diferente de todos os meus outros livros.

  Este livro não tem qualquer espécie de organização. É intencional, deduz-se, mas há um objectivo nessa falta de organização formal?

Não é um livro de temática organizada, nem nunca foi essa a minha intenção. O meu objectivo principal é fazer com que o leitor tenha a liberdade de abrir (em qualquer parte do livro) ler e sentir. Meditar sobre as palavras desse preciso instante, e quem sabe lhe possa vir a ajudar a apreciar, acalmar, agradecer o momento em que se encontra.

  Existe alguma parte, ou temática, do livro, em particular, que goste mais. Porquê?

Não. O valor das palavras são sempre especiais em cada momento. A circunstância (de cada um e de cada momento) cria a particularidade das palavras, dando-lhe o seu valor específico nessa ocasião por onde os olhos passearam.

  Indique as razões pelas quais aconselharia as pessoas a ler este livro? O que acha mais apelativo nele? Aconselharia este livro a algum tipo de público em particular?

Um livro para todos porque creio que todos nós, a qualquer momento, necessitamos de uma palavra própria. Aquela palavra que queremos dar ou queremos receber mas que às vezes fica presa, que não é tão bem construída o quanto o deveria ser, ou, talvez por receio, não queremos ou não temos o valor suficiente para a dizer ao nosso semelhante. Depois é um livrinho que pode viajar com o leitor para qualquer lugar sem ocupar grande espaço. Até cabe no bolso!

  Tem optado por apresentar os livros em pequenas reuniões informais. O que é que está a retirar dessa experiência? E em que medida é que acha que o futuro pode passar mais por este tipo de apresentações (cada vez mais adoptadas já por alguns nomes grandes da literatura mundial)?

É sempre muito gratificante encontrar quem goste de me ler, sentir momentos especiais nas suas palavras é força para escrever mais. Um lançamento é feito com gentes que se encontram e se propõem ao ato de conhecer. O autor e o livro devem ter proximidade ao leitor. E é isso que tem acontecido. Tenho dado a conhecer de uma forma mais informal e a interação desliza maravilhosamente. A aprendizagem tem sido cheia de substância para os dois lados. Por exemplo, na poesia (que é muitas vezes olhada e entendida de uma forma negativa pela maior parte da população, que dizem não entender), se levarmos até ao leitor essa mesma poesia numa forma simples, como tenho vindo a fazer com o livro “Sons Poéticos”, o publico torna-se muito mais receptivo e por vezes até se extraem palavras de admiração sobre este género de textos. A interação tem sido magnífica e a poesia ganha leitores. Tenho a certeza que muitos passaram a ver a poesia com outro olhar; e comigo/do meu lado fica uma experiência feliz e enriquecedora. Por isso acredito que, seja qual for o género de escrita, o contacto directo com o leitor será uma mais-valia para ambos os lados. Tenho tido momentos gratificantes de experiências únicas e ainda de enorme aprendizagem. Este público conta histórias e ouve histórias que abrilhantam a socialização seja ela sobre verso ou sobre prosa. Surgem conversas das mais variadas que vão deixando transparecer sentimentos dos mais diversos.
Não há lugar específico para dar a conhecer um livro. Estas ocasiões têm sido muito agradáveis e incomuns, e estou muito satisfeita desde que decidi que iria fazer diferente. Este é o caminho para que o nosso povo se aproxime dos livros naturalmente, sem se sentir incómodo e estranho na presença dos livros e dos seus autores.
A literatura leva-se.


Leia ou releia a outra entrevista da autora em: https://tectonuvens.blogspot.com/2024/05/ilda-pinto-almeida-autora-dos-livros-o.html


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